A Medicina que Salva
Ética, Ciência e Humanismo no Tratamento Cirúrgico das Doenças do Aparelho Digestivo.
Introdução
A prática médica moderna, especialmente no campo da cirurgia do aparelho digestivo, está ancorada no progresso científico e na inovação tecnológica. Contudo, a essência da medicina não reside apenas nos avanços técnicos, mas na aplicação ética e humanística do conhecimento para aliviar o sofrimento humano. C.S. Lewis, conhecido por sua contribuição literária e teológica, trouxe à luz princípios que, mesmo fora do contexto médico, iluminam os fundamentos éticos e morais que sustentam a arte de curar. Este artigo analisa como esses princípios podem ser aplicados à prática cirúrgica, destacando a importância de integrar ciência e humanidade na busca pela cura.
Desenvolvimento
A Importância da Imaginação na Medicina
A imaginação é uma ponte essencial para alcançar verdades profundas. Na cirurgia digestiva, a imaginação é fundamental para visualizar soluções complexas, como planejar abordagens minimamente invasivas ou interpretar imagens radiológicas de maneira criativa para encontrar o melhor caminho terapêutico. A capacidade de “ver além” permite ao cirurgião inovar e adaptar-se às necessidades do paciente.
Moralidade Objetiva e Decisões Médicas
O tratamento cirúrgico é uma terapêutica universal, aplicável a todos quando indicada. Na medicina, isso se traduz através da ética profissional, que guia decisões difíceis, como quando ponderar entre tratamentos curativos e paliativos. O respeito pela dignidade humana é um pilar que sustenta essas escolhas, especialmente na oncologia digestiva.
Sacrifício e Redenção no Cuidado com o Paciente
O sacrifício de Aslan em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa reflete o compromisso cirúrgico com a entrega pessoal. A medicina exige sacrifícios diários, desde longas horas de trabalho até decisões que podem impactar emocionalmente. A redenção ocorre quando o esforço resulta em salvar vidas ou proporcionar conforto a quem sofre.
O Conflito Entre Bem e Mal nas Escolhas Terapêuticas
A luta entre bem e mal se manifesta diariamente na medicina, onde o cirurgião enfrenta dilemas éticos, como a aplicação de tecnologias avançadas em contextos que podem beneficiar ou prejudicar pacientes. O nosso compromisso com o bem-estar do paciente deve ser o norteador.
A Alegria como Reflexo da Cura
A alegria é um vislumbre do divino. Na cirurgia digestiva, a alegria está presente em momentos simples, como ver um paciente se recuperar após uma colectomia ou uma gastrectomia bem-sucedida. Esses momentos dão sentido ao trabalho árduo e reforçam a missão do cirurgião.
Humildade e Aprendizado Contínuo
A humildade, um valor essencial para Lewis, é igualmente crucial para o cirurgião. Reconhecer limitações, buscar aprendizado contínuo e valorizar o trabalho em equipe são atitudes que fortalecem a prática médica.
A Eternidade e o Impacto das Escolhas Médicas
Cada escolha cirúrgica tem um impacto que transcende o momento imediato, pois todos os seres humanos têm um valor eterno. O respeito a essa visão confere à medicina um caráter sagrado, onde cada paciente é tratado como único.
Fé e Razão na Tomada de Decisão
A fé e a razão não são antagônicas. Na medicina, a razão científica é enriquecida pela fé no potencial humano e no desejo de servir ao próximo, formando uma abordagem holística no cuidado.
Pequenos Gestos, Grandes Impactos
A clínica cirúrgica é enriquecida por atos simples de bondade. Para o cirurgião digestivo, isso pode significar ouvir atentamente as preocupações de um paciente ou explicar detalhadamente um procedimento. Pequenos gestos constroem confiança e humanizam a prática médica.
Livre-Arbítrio e Responsabilidade
Assim como o livre-arbítrio é central para o Cristianismo, a responsabilidade é uma constante na medicina. Cada decisão do cirurgião, desde indicar uma laparotomia exploratória até manejar complicações, deve ser guiada pela prudência e pela ética.
Aplicação na Cirurgia Digestiva Contemporânea
No contexto atual, a prática cirúrgica do aparelho digestivo enfrenta desafios complexos, como o tratamento de doenças oncológicas, o avanço da cirurgia robótica e a integração de abordagens multidisciplinares. Os princípios de C.S. Lewis reforçam a necessidade de alinhar o progresso científico com a compaixão, criando uma medicina que salva não apenas corpos, mas também pode ajudar a restaurar as almas – dos profissionais e dos pacientes.
Exemplos práticos incluem:
- A Ética na Cirurgia Bariátrica: Equilibrar a necessidade de ajudar o paciente com obesidade mórbida e o respeito à autonomia.
- A Inovação no Tratamento de Tumores Digestivos: Usar avanços como a ablação por radiofrequência com responsabilidade, priorizando o benefício do paciente.
- Humanização no Pós-Operatório: Incorporar cuidados centrados no paciente, promovendo recuperação emocional além da física.
Pontos-Chave
- A imaginação e a criatividade são indispensáveis para solucionar problemas médicos.
- Decisões éticas devem ser baseadas em uma moralidade universal que respeite a dignidade humana.
- A prática médica exige sacrifício pessoal e uma visão humanística do cuidado.
- A integração de fé e razão fortalece a abordagem holística no tratamento.
- Pequenos gestos de bondade humanizam a relação médico-paciente.
Conclusões Aplicadas à Prática do Cirurgião Digestivo
A prática da cirurgia do aparelho digestivo deve transcender a técnica, fundamentando-se nos princípios éticos e humanísticos que fizeram da medicina uma vocação sagrada. Inspirados pelos ensinamentos de C.S. Lewis, os cirurgiões podem abraçar uma abordagem que une ciência e compaixão, transformando a cirurgia em uma “medicina que salva” na mais ampla acepção.

“Você nunca encontrará um ser humano comum. Nunca conversou com um mero mortal.” — C.S. Lewis
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Andreas Vesalius
O Cirurgião Anatomista e Seu Legado no Conhecimento Médico
Introdução
Andreas Vesalius (1514–1564), frequentemente chamado de “pai da anatomia moderna”, é uma figura central na história da medicina. Sua abordagem inovadora ao estudo do corpo humano, fundamentada na dissecação e observação direta, transformou o conhecimento médico, especialmente no campo da cirurgia. Neste artigo, exploraremos como Vesalius, ao articular a importância da anatomia para a prática cirúrgica, moldou a base científica do tratamento das doenças do aparelho digestivo.
A Revolução de Vesalius: Do Teatro ao Livro
No Renascimento, a cirurgia era amplamente relegada a uma posição inferior em relação à medicina teórica. Cirurgiões eram vistos como “trabalhadores manuais”, enquanto os médicos universitários, alinhados aos ensinamentos de Galeno, raramente praticavam a dissecação. Vesalius desafiou esse paradigma. Em sua obra-prima, De humani corporis fabrica (1543), ele não apenas corrigiu erros galênicos, mas também destacou a relação intrínseca entre o conhecimento anatômico e a prática cirúrgica. A anatomia para Vesalius não era apenas um exercício acadêmico; era uma ferramenta essencial para o manejo cirúrgico. Ele mostrou que o entendimento detalhado da anatomia era vital para intervenções seguras, como a sutura de feridas intestinais ou a drenagem de abscessos abdominais. Embora a Fabrica não fosse destinada como um manual de cirurgia, sua ênfase no conhecimento anatômico estabeleceu os alicerces para técnicas cirúrgicas mais precisas no trato digestivo e além.
O Papel da Anatomia na Cirurgia do Aparelho Digestivo
Vesalius defendia que um cirurgião habilidoso devia conhecer profundamente a organização dos órgãos internos. Para ele, compreender a estrutura e a função do trato digestivo era crucial para evitar complicações iatrogênicas. Um exemplo prático disso está na importância da anatomia na sutura intestinal, onde a direção das fibras musculares influencia diretamente a recuperação pós-operatória e a funcionalidade do tecido. Além disso, Vesalius abordava a necessidade de ferramentas apropriadas para a prática anatômica e cirúrgica. Em sua Fabrica, ele ilustrou instrumentos que poderiam ser adaptados para dissecação e procedimentos cirúrgicos, desde lâminas para cortes delicados até agulhas curvas para suturas. Ele enfatizava que, embora os instrumentos fossem importantes, era a habilidade do cirurgião – adquirida por meio do estudo e prática – que determinava o sucesso do procedimento.
Desafios e Contribuições à Educação Médica
Vesalius enfrentou críticas intensas de seus contemporâneos, particularmente dos seguidores de Galeno, que viam sua abordagem como uma afronta às tradições estabelecidas. No entanto, ele persistiu, integrando a dissecção ao ensino médico e instigando seus alunos a examinarem corpos humanos reais, ao invés de dependerem exclusivamente de textos antigos. Esse método transformador, baseado na dissecção – o exame direto do corpo – permanece até hoje como pilar fundamental da formação em cirurgia. No tratamento das doenças do aparelho digestivo, a aplicação prática desse aprendizado reflete-se na precisão em procedimentos como gastrectomias, colecistectomias e ressecções intestinais, que requerem um conhecimento detalhado das relações anatômicas entre órgãos como estômago, fígado e intestinos.
Legado para a Cirurgia Moderna
Embora Vesalius tenha se distanciado da prática cirúrgica em seus escritos, ele elevou o status da anatomia ao patamar de ciência central à medicina, garantindo que futuros cirurgiões tivessem uma base sólida para o desenvolvimento de técnicas mais avançadas. Seu trabalho abriu caminho para o desenvolvimento da cirurgia, permitindo avanços que hoje salvam incontáveis vidas.
Conclusão
O legado de Andreas Vesalius não se limita à anatomia; ele inspirou gerações de médicos e cirurgiões a desafiar paradigmas, questionar autoridades e buscar a verdade diretamente no corpo humano. Suas contribuições à medicina moderna são um lembrete da importância de integrar o conhecimento científico ao cuidado do paciente.
“Eu quem sempre fui tão devotado aos escritos de Galeno, admito minha própria estupidez por confiar tanto em seus textos sem examinar a realidade com meus próprios olhos.” – Andreas Vesalius
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Cronologia
1514 – Nasce filho de Isabel Crabbe e Andries van Wesel.
1530 – Matricula-se na Universidade de Louvain.
1533 – Inicia seus estudos de medicina na Universidade de Paris.
1536–1538 – Guerra entre Francisco I e Carlos V.
1536–1537 – Continua seus estudos médicos na Universidade de Louvain.
1537
- Fevereiro: Publicação de A Paráfrase do Nono Livro de Rhazes . . . por Andreas Vesalius de Bruxelas, Candidato em Medicina, em Louvain, por Rutgerus Rescius.
- Março: Publicação de A Paráfrase do Nono Livro de Rhazes por Andreas Vesalius, o Autor, em Basileia, por Robert Winter.
- 5 de dezembro: Recebe o título de doutor em medicina no palácio do Bispo de Pádua.
- 6 de dezembro: Nomeado para as cátedras de cirurgia na Universidade de Pádua.
- 6–24 de dezembro: Realiza dissecação pública em Pádua.
1538
- Publicação de Seis Tabelas Anatômicas em Veneza por Bernardino Vitali.
- Princípios de Anatomia Segundo a Opinião de Galeno por Johann Guinter, Ampliado e Corrigido por Andreas Vesalius de Bruxelas publicado em Veneza por Melchior Sessa.
1539
- Publicação de Uma Carta Ensinando que em Casos de Dor no Lado, Deve-se Cortar a Veia Axilar no Cotovelo Direito em Basileia por Robert Winter.
1540
- 15–24 de janeiro: Realiza dissecação pública na Universidade de Bolonha.
1540–1542
- Contribuições para as traduções latinas das Obras Completas de Galeno (1541–1542), publicadas em Veneza pela firma de Lucantonio Giunta.
1542
- Agosto: Envia os blocos de madeira e o texto da Fabrica para Johannes Oporinus em Basileia.
1543
- Janeiro: Chega a Basileia.
- Maio: Disseca e monta um esqueleto articulado de Jakob Karrer.
- Julho: Publicação de Sete Livros sobre a Estrutura do Corpo Humano e Epitome da Estrutura do Corpo Humano (Fabrica) em Basileia por Johannes Oporinus.
- Agosto: Edição alemã da Fabrica, traduzida por Albanus Torinus, publicada em Basileia por Oporinus.
- Agosto: Apresentação de cópias da Fabrica e Epitome a Carlos V, sendo nomeado médico imperial.
1544
- Realiza demonstrações anatômicas em Pisa a convite de Cosme de Médici.
- Casa-se com Anne van Hamme.
1545 – Nasce sua filha, Anne.
1546 – Publicação da Epístola Explicando o Método e Técnica de Administração da Raiz da China Fervida que o Invencível Carlos Recentemente Empregou em Basileia por Oporinus.
1555 – Segunda edição de Sete Livros sobre a Estrutura do Corpo Humano publicada em Basileia por Oporinus.
1556
- Recebe o título de Conde Palatino por Carlos V.
- Abdicação de Carlos V, que cede seus territórios espanhóis ao filho, Filipe II.
1559
- Enviado por Filipe II para atender ao ferimento de Henrique II, Rei da França, após um torneio.
- Muda-se para a corte de Filipe II em Madri.
1561 – Recebe uma cópia de Observações Anatômicas de Gabriel Falloppio.
1562 – Trata um ferimento de Don Carlos, filho de Filipe II.
1564
- Publicação de Uma Consideração sobre as Observações Anatômicas de Falloppio em Veneza por Francesco Franceschi.
- Março: Parte em peregrinação à Terra Santa e entrega um presente de Filipe para apoiar católicos em Jerusalém.
- 15 de outubro: Morre em seu retorno à Europa, na Ilha de Zakynthos.
A Filosofia da Cirurgia
No contexto do tratamento cirúrgico das doenças do aparelho digestivo, a formação de um cirurgião vai além do domínio técnico. Inspirados nos ensinamentos de Galeno, renomado médico e filósofo da antiguidade, reconhecemos que o cirurgião ideal deve incorporar uma combinação de habilidades práticas e virtudes filosóficas que guiam sua conduta ética e profissional. Neste artigo, direcionado a estudantes de medicina, residentes de cirurgia geral e pós-graduandos em cirurgia do aparelho digestivo, exploraremos as cinco virtudes fundamentais que definem o “cirurgião filósofo”. Essas virtudes não apenas aprimoram a prática clínica, mas também integram os princípios éticos da medicina na vida do cirurgião, como enfatizado por Galeno.
1. Proeficiência Técnica e Conhecimento Filosófico
O bom cirurgião não é apenas aquele que domina as técnicas cirúrgicas com excelência, mas também aquele que entende a importância de uma formação filosófica sólida. Para Galeno, a medicina e a filosofia caminham lado a lado, pois o cirurgião deve ser capaz de fazer julgamentos críticos baseados em raciocínios demonstrativos, além de possuir uma visão clara das causas e consequências de suas ações.
“O médico que pratica sua arte visando apenas ganhos pessoais é um charlatão; somente o conhecimento profundo do corpo e da alma o torna um verdadeiro mestre de sua prática.” – Galeno.
2. Ética e Humanidade
A prática cirúrgica, quando orientada pela ética e pelo respeito à vida humana, transforma-se em uma verdadeira arte de cura. Galeno reforça que o cirurgião não deve estar motivado por ambições financeiras ou status social, mas pela filantropia – o desejo genuíno de aliviar o sofrimento humano. Ao tratar doenças do aparelho digestivo, essa virtude é especialmente relevante, pois muitas intervenções são decisivas para a qualidade de vida do paciente.
“A medicina existe para o benefício da humanidade; aquele que visa o lucro ao invés de curar não é digno do título de médico.” – Galeno.
3. Disciplina e Dedicação Inabalável
A vida de um cirurgião é marcada por noites de estudo e jornadas exaustivas no centro cirúrgico. Para Galeno, a dedicação é a chave para o sucesso na prática médica. Ele descreve o verdadeiro cirurgião como alguém que sacrifica o próprio conforto pela excelência no cuidado dos pacientes, não permitindo que o cansaço ou a rotina afete sua atenção e precisão cirúrgica.
“Passei noites sem dormir por meus pacientes, pois, como um escravo do meu ofício, minha dedicação não conhecia limites.” – Galeno.
4. Humildade e Rejeição ao Luxo
A humildade, segundo Galeno, é uma virtude essencial para um cirurgião. Ele critica fortemente aqueles que se entregam ao luxo e à bajulação, comportamentos que desviam o foco do verdadeiro propósito da medicina. O cirurgião deve evitar a busca por reconhecimento superficial, concentrando-se na melhoria contínua de suas habilidades e na obtenção de resultados clínicos favoráveis para seus pacientes.
“O verdadeiro médico deve evitar o luxo e a bajulação; sua maior honra é a saúde de seus pacientes.” – Galeno.
5. Responsabilidade Social e Participação Comunitária
Para Galeno, a medicina vai além das portas dos hospitais. O cirurgião filósofo deve estar envolvido em sua comunidade, utilizando seu conhecimento e habilidades para o benefício da sociedade como um todo. Isso inclui atuar em programas de saúde pública, educação médica e prevenção de doenças. Um cirurgião deve ser um líder que promove a saúde e o bem-estar, não apenas em seus pacientes, mas na população em geral.
“A medicina, em sua essência, é uma arte pública, destinada a servir todos os membros da sociedade, do mais nobre ao mais humilde.” – Galeno.

Conclusão
As virtudes mencionadas por Galeno são mais do que um código moral; elas são uma diretriz prática para os cirurgiões que desejam integrar a filosofia em sua prática médica. Essas virtudes formam o alicerce de uma carreira dedicada não apenas à técnica cirúrgica, mas à verdadeira arte de cuidar da vida humana. Como futuros cirurgiões do aparelho digestivo, é fundamental adotar essas virtudes para uma prática cirúrgica que vá além da cura física, abraçando a responsabilidade ética e social que acompanha a medicina.
“Um médico que cura corpos, mas não cultiva o bem em sua alma, jamais será verdadeiramente completo.” – Galeno.
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Aprendizado pelo Contraste
Ressignificando os Eventos Adversos na Cirurgia Digestiva
Introdução
No campo da medicina, especialmente na cirurgia digestiva, lidar com eventos adversos é uma parte inevitável da prática clínica. Dado o grau de complexidade dos procedimentos e a vulnerabilidade dos órgãos envolvidos, complicações como fístulas, hemorragias ou infecções podem ocorrer, desafiando a habilidade do cirurgião. Embora esses momentos tragam desconforto e pressão, também oferecem oportunidades valiosas de aprendizado. Ressignificar os eventos adversos é uma abordagem que transforma desafios em crescimento técnico e emocional, resultando em uma prática mais segura e eficaz. Este artigo, voltado para estudantes de medicina, residentes em cirurgia geral e pós-graduandos em cirurgia digestiva, explora o conceito de aprendizado pelo contraste e a importância de ressignificar as adversidades cirúrgicas. Discutiremos como essa mentalidade pode ser aplicada na prática, visando a melhoria contínua e a prevenção de complicações futuras.
Desenvolvimento
Eventos adversos, como complicações intraoperatórias ou pós-operatórias, são uma realidade que o cirurgião deve aprender a enfrentar. No Brasil, estima-se que cerca de 7% das internações hospitalares resultem em algum tipo de evento adverso. Na área cirúrgica, especialmente no aparelho digestivo, complicações como fístulas anastomóticas, infecções intra-abdominais e perfurações têm incidência significativa. Tais eventos, no entanto, não devem ser vistos exclusivamente como fracassos, mas como catalisadores para o aprimoramento técnico.
A ressignificação desses eventos é baseada no conceito de reframe (mudar a perspectiva). Adler, em seus estudos sobre psicologia individual, destacou que as dificuldades podem se transformar em oportunidades de desenvolvimento. Para o cirurgião digestivo, esse aprendizado pelo contraste, ou seja, aprender com os erros ou complicações, é essencial para aperfeiçoar suas habilidades técnicas e fortalecer a confiança no atendimento ao paciente.
Aplicação na Cirurgia Digestiva
Em procedimentos de alta complexidade, como ressecções intestinais, gastrectomias ou cirurgias hepáticas, os eventos adversos, apesar de serem inevitáveis em alguns casos, podem ser fontes de aprendizado profundo. A seguir, apresentamos cinco dicas práticas para ressignificar e aprender com esses eventos, transformando-os em oportunidades de aprimoramento:
- Analisar detalhadamente o evento adverso: Logo após a ocorrência de uma complicação, é fundamental revisitar o caso por completo. Analise cada etapa do procedimento, desde o pré-operatório até o intraoperatório. Identificar fatores como condições do paciente, técnica cirúrgica empregada e possíveis fatores de risco não previstos pode fornecer insights preciosos. Por exemplo, em uma cirurgia com fístula anastomótica (complicação que ocorre entre 2% e 12% dos casos de anastomose intestinal), revisar a técnica de sutura e as condições do paciente pode evitar futuras ocorrências.
- Debriefing com a equipe cirúrgica: O aprendizado não deve ser individual. Discuta abertamente o evento adverso com a equipe. Essa prática colaborativa permite que todos os membros aprendam com a experiência, reforçando práticas seguras e permitindo o ajuste de protocolos internos. Estudos mostram que equipes que realizam debriefings após complicações melhoram significativamente a coesão e a prevenção de novos erros.
- Aplicação de protocolos e checklists: Reforçar o uso de protocolos estabelecidos, como o ERAS (Enhanced Recovery After Surgery), tem se mostrado eficaz na redução de complicações cirúrgicas. Ao ressignificar um evento adverso, o cirurgião pode revisar quais protocolos foram seguidos e quais etapas foram negligenciadas. A introdução de checklists específicos para cada tipo de procedimento cirúrgico também pode ser uma ferramenta poderosa de prevenção.
- Investir em simulações e treinamentos específicos: Após um evento adverso, a prática deliberada em simulações cirúrgicas pode ajudar a melhorar as habilidades técnicas. Participar de treinamentos simulados, como em cursos de laparoscopia avançada, oferece a oportunidade de refinar técnicas em um ambiente seguro, aumentando a confiança e reduzindo a probabilidade de complicações futuras em cenários reais.
- Monitorar o impacto emocional: Além das questões técnicas, o impacto emocional de uma complicação deve ser considerado. Estudos brasileiros indicam que o burnout entre cirurgiões pode ser exacerbado por complicações cirúrgicas. Para prevenir a exaustão emocional, é essencial que o cirurgião reconheça a importância da saúde mental. Práticas como meditação, terapia e suporte emocional entre colegas podem ajudar a lidar com a pressão associada a eventos adversos.
Pontos-chave
- Revisão crítica e colaborativa: A análise sistemática e a troca aberta de informações sobre o evento adverso são fundamentais para garantir que os mesmos erros não se repitam.
- Prevenção com protocolos: O uso consistente de protocolos e checklists aumenta significativamente a segurança dos pacientes.
- Educação contínua: A participação em treinamentos e simulações reforça a habilidade técnica e a confiança, especialmente após um evento adverso.
- Saúde mental do cirurgião: É fundamental gerenciar o estresse e o impacto emocional das complicações, garantindo que o cirurgião mantenha o equilíbrio mental ao longo da carreira.
Conclusão
A ressignificação dos eventos adversos na prática cirúrgica não é apenas uma ferramenta de aprendizagem, mas uma atitude essencial para o crescimento contínuo. O sucesso de um cirurgião digestivo depende não apenas de sua habilidade técnica, mas de sua capacidade de aprender com os desafios, adaptando-se a cada nova experiência. Ao transformar dificuldades em oportunidades de melhoria, o cirurgião evolui não só em sua prática, mas também em sua resiliência emocional. Como afirmou Alfred Adler: “A maior força não vem de evitar os fracassos, mas de aprender com eles e seguir em frente“. Ressignificar eventos adversos é parte integrante do caminho de evolução para um cirurgião mais completo e resiliente.
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Desafiando a Decadência
O Código de Conduta de Julius Evola e Sua Aplicação na Cirurgia Digestiva Contemporânea
A medicina, especialmente a cirurgia digestiva, exige não apenas habilidades técnicas, mas também uma profunda reflexão ética e filosófica. Em tempos de crescente complexidade e desafios na prática médica, o pensamento de Julius Evola, particularmente seu “código de conduta” expresso em “Cavalgar o Tigre”, oferece uma perspectiva intrigante para cirurgiões digestivos contemporâneos. Este artigo explora como os princípios de Evola podem ser aplicados à prática cirúrgica, promovendo uma abordagem que transcende a mera técnica e se aprofunda na ética e na filosofia do cuidado.
Introdução
A cirurgia digestiva é uma especialidade que lida com condições complexas que afetam o trato gastrointestinal. Os cirurgiões enfrentam não apenas desafios técnicos, mas também dilemas éticos que exigem uma reflexão profunda sobre o papel do médico na sociedade. Evola, em sua análise da condição humana na era moderna, propõe um “código de conduta” que pode ser interpretado como uma orientação para aqueles que buscam não apenas a excelência técnica, mas também uma vida de significado e propósito.
“ego sum qui sum” Ex 3:14
Evola define um “tipo diferenciado” de homem, que se destaca por sua capacidade de transcender as limitações do mundo moderno. Esse conceito é particularmente relevante para cirurgiões digestivos, que muitas vezes se encontram em situações de alta pressão e estresse. A ideia de “transcendência” que Evola propõe pode ser vista como um convite para que os cirurgiões desenvolvam uma consciência mais profunda de si mesmos e do impacto de suas ações.
A Dimensão da Transcendência
A “dimensão da transcendência” de Evola enfatiza a importância de se manter à parte das influências corrosivas da sociedade contemporânea. Para o cirurgião digestivo, isso significa cultivar uma prática que não se limite a resultados cirúrgicos, mas que também considere a experiência do paciente, a ética do cuidado e a responsabilidade social. A prática cirúrgica deve ser uma expressão de um compromisso mais profundo com a vida e a saúde, em vez de uma mera execução de técnicas.
Ascetismo e Autodomínio
Evola fala sobre um “ascetismo natural” que envolve testar a própria força e resiliência. Para o cirurgião, isso pode se traduzir na busca constante pela excelência, enfrentando desafios e aprendendo com as dificuldades. A capacidade de transformar a dor e a resistência em aprendizado é crucial para o desenvolvimento profissional e pessoal. Essa abordagem não apenas melhora as habilidades técnicas, mas também fortalece a ética profissional.
Aplicação na Cirurgia Digestiva
Os princípios de Evola podem ser aplicados de várias maneiras na prática da cirurgia digestiva:
- Autonomia e Responsabilidade: O cirurgião deve assumir a responsabilidade por suas decisões, cultivando uma autonomia que permite a reflexão crítica sobre cada caso.
- Busca pela Excelência: A prática cirúrgica deve ser vista como uma arte, onde a busca pela perfeição é contínua. Isso implica em aceitar desafios e aprender com os erros.
- Ética do Cuidado: A abordagem cirúrgica deve ser centrada no paciente, considerando não apenas a doença, mas a pessoa como um todo. Isso implica em um compromisso com a dignidade e a qualidade de vida do paciente.
- Resiliência Emocional: A capacidade de enfrentar a pressão e o estresse do ambiente cirúrgico é fundamental. O cirurgião deve desenvolver uma mentalidade que permita lidar com a infelicidade e os desafios de forma construtiva.
- Transcendência do Ego: A prática cirúrgica deve ser uma expressão de serviço, onde o ego é colocado de lado em favor do bem-estar do paciente.
Pontos-Chave
- Transcendência: A prática cirúrgica deve ir além da técnica, incorporando uma dimensão ética e filosófica.
- Autodomínio: O desenvolvimento contínuo das habilidades e a resiliência emocional são essenciais para o sucesso.
- Ética do Cuidado: O cirurgião deve ver o paciente como um ser humano integral, não apenas como um caso clínico.
Conclusões Aplicadas à Prática do Cirurgião Digestivo
A aplicação do “código de conduta” de Julius Evola na cirurgia digestiva contemporânea oferece uma abordagem que valoriza a ética, a transcendência e o compromisso com a excelência. Em um mundo onde a medicina muitas vezes se torna mecanicista e desumanizada, a filosofia de Evola pode servir como um guia para cirurgiões que buscam não apenas operar, mas também curar de forma holística. A prática da cirurgia digestiva, quando alinhada a esses princípios, não apenas melhora os resultados clínicos, mas também enriquece a experiência do cirurgião e do paciente, promovendo uma medicina mais humana e significativa.
#CirurgiaDigestiva #JuliusEvola #ÉticaMédica #Transcendência #Autodomínio
“A grandeza de caráter não consiste em não ter paixões, mas em tê-las sob controle.”
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Formação Acadêmica na Cirurgia do Aparelho Digestivo
“Não somente Cirurgiões…”
A formação acadêmica na cirurgia do aparelho digestivo é um tema de grande relevância para estudantes de medicina e residentes em cirurgia geral. Neste contexto, a importância do Mestrado e Doutorado profissionais se destaca como um pilar fundamental para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a prática cirúrgica de excelência. Este artigo busca explorar a formação acadêmica na cirurgia digestiva, abordando a importância da pesquisa, a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos e as conclusões que podem ser aplicadas na prática clínica.
Introdução
A cirurgia do aparelho digestivo é uma especialidade que exige não apenas habilidades técnicas, mas também um profundo entendimento dos avanços científicos e tecnológicos. A formação acadêmica, especialmente por meio de programas de Mestrado e Doutorado profissionais, é essencial para preparar cirurgiões que possam enfrentar os desafios contemporâneos da medicina. Segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Brasil tem visto um aumento significativo no número de programas de pós-graduação na área da saúde, refletindo a crescente demanda por profissionais qualificados.
Desenvolvimento
Mestrado e Doutorado Profissionais
Os programas de Mestrado e Doutorado profissionais foram criados para atender a uma demanda crescente por profissionais que possam aplicar o conhecimento científico em contextos práticos. O Mestrado profissional, regulamentado pela Lei n. 9.394 de 1996 e com diretrizes estabelecidas em 2009, visa a formação de profissionais com uma abordagem focada na aplicação prática do conhecimento. Este tipo de formação é particularmente relevante para cirurgiões, que frequentemente se deparam com desafios que exigem soluções inovadoras e práticas. O Doutorado profissional, por sua vez, tem ganhado espaço nas últimas décadas, refletindo uma tendência global. Em muitos países, essa modalidade já é uma realidade consolidada, com instituições de ensino superior oferecendo programas que integram pesquisa e prática. No Brasil, a criação de programas de Doutorado profissional é uma resposta à necessidade de aprofundar a formação de cirurgiões, permitindo que eles se tornem líderes em suas áreas de atuação.
Pesquisa Científica
A pesquisa é um componente crucial na formação do cirurgião, pois permite o desenvolvimento do raciocínio crítico e a atualização constante dos conhecimentos. Estudantes e residentes que se envolvem em projetos de pesquisa têm a oportunidade de aplicar o método científico à prática clínica, contribuindo para a melhoria dos cuidados de saúde. A produção científica brasileira na área da saúde tem avançado, mas ainda existem desafios a serem superados, como a aplicação prática dos novos conhecimentos em problemas relevantes da população. Estudos mostram que a pesquisa não apenas aprimora as habilidades técnicas dos cirurgiões, mas também os capacita a identificar e resolver problemas complexos no ambiente clínico. A incorporação de metodologias de pesquisa, como análise crítica e design thinking, pode levar a melhorias significativas na eficiência dos serviços de saúde.
Publicações
A publicação dos resultados de pesquisa é um aspecto crucial para o avanço da ciência e da medicina. Publicar em periódicos de alto impacto é uma forma de disseminar o conhecimento e contribuir para o progresso da área. O processo de revisão por pares garante a qualidade e a integridade dos estudos publicados, permitindo que os cirurgiões compartilhem suas descobertas com a comunidade científica. Além disso, a publicação de artigos científicos é uma maneira de os cirurgiões se estabelecerem como especialistas em suas áreas. A produção de conhecimento não se limita a artigos, mas pode incluir patentes, projetos técnicos e inovações que impactem diretamente a prática clínica. A diversidade de formatos para a apresentação de resultados de pesquisa é um reflexo da necessidade de adaptação às demandas do mercado e da sociedade.
Aplicação na Cirurgia Digestiva
Os conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica são diretamente aplicáveis na prática da cirurgia digestiva. O Mestrado e Doutorado profissionais capacitam os cirurgiões a desenvolver novas técnicas e processos, além de promover a inovação no atendimento ao paciente. A formação não se limita à teoria, mas inclui a aplicação prática em ambientes clínicos, onde os cirurgiões podem identificar e solucionar problemas reais. Por exemplo, a utilização de metodologias como design thinking e análise crítica de processos pode levar a melhorias significativas na eficiência dos serviços de saúde.
Pontos-chave
- Integração entre teoria e prática: A formação acadêmica deve equilibrar o conhecimento teórico com a experiência prática, permitindo que os cirurgiões se tornem profissionais completos.
- Desenvolvimento contínuo: A educação médica não termina com a graduação; a participação em programas de pós-graduação é vital para a atualização e o aprimoramento das habilidades.
- Contribuição para a saúde pública: Cirurgiões bem formados têm o potencial de impactar positivamente a saúde da população, desenvolvendo soluções inovadoras para problemas de saúde.
- Importância da pesquisa e publicação: A pesquisa e a publicação científica são fundamentais para o avanço da medicina e a melhoria da prática cirúrgica.
Conclusões Aplicadas à Prática do Cirurgião Digestivo
A formação acadêmica na cirurgia do aparelho digestivo, através de Mestrados e Doutorados profissionais, é essencial para o desenvolvimento de cirurgiões competentes e inovadores. A pesquisa e a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos são fundamentais para enfrentar os desafios da medicina moderna. Com uma formação sólida, os cirurgiões não apenas melhoram suas habilidades técnicas, mas também se tornam agentes de mudança no sistema de saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A frase de J. Robert Oppenheimer, um dos grandes nomes da ciência, resume bem essa busca por excelência.
“A ciência não é apenas uma disciplina, mas uma forma de pensar, uma maneira de questionar o mundo ao nosso redor.”
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Inteligência Emocional na Cirurgia Digestiva
Inteligência Emocional na Prática Médica e Papéis de Liderança: Uma Perspectiva Cirúrgica
No cenário em rápida evolução da saúde, a interseção entre inteligência emocional (IE) e prática médica tem atraído atenção significativa. Este post aprofunda o papel vital que a inteligência emocional desempenha no aprimoramento das capacidades de liderança entre cirurgiões e profissionais médicos, particularmente no campo da cirurgia digestiva.
Introdução
A inteligência emocional abrange a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar suas próprias emoções, ao mesmo tempo em que está sintonizado com as emoções dos outros. No contexto da prática médica, particularmente em ambientes de alto risco como a cirurgia, a importância da IE não pode ser subestimada. Os cirurgiões operam sob pressão imensa, onde as habilidades técnicas sozinhas são insuficientes para o sucesso. A integração da inteligência emocional na prática cirúrgica pode levar a melhores resultados para os pacientes, dinâmica de equipe aprimorada e maior satisfação no trabalho entre os profissionais médicos.
O Papel da Inteligência Emocional na Cirurgia
A aplicação da inteligência emocional no campo cirúrgico é multifacetada. Envolve autoconhecimento, autorregulação, consciência social e gerenciamento de relacionamentos – componentes-chave que contribuem para uma liderança e trabalho em equipe eficazes em ambientes cirúrgicos.
- Autoconhecimento e Autorregulação: Os cirurgiões devem manter a compostura na sala de operações, gerenciando suas emoções para tomar decisões críticas. O autoconhecimento permite que os cirurgiões reconheçam seus gatilhos emocionais, enquanto a autorregulação os ajuda a responder adequadamente ao estresse. Um estudo indicou que os cirurgiões são particularmente vulneráveis ao estresse emocional, com taxas mais altas de ansiedade e depressão em comparação com outras especialidades. Isso destaca a necessidade de autorregulação para mitigar o esgotamento e melhorar a resiliência.
- Consciência Social e Empatia: A capacidade de empatizar com pacientes e colegas fomenta um ambiente de apoio. Pesquisas mostram que cirurgiões com alta inteligência emocional estão mais bem equipados para entender os estados emocionais de seus pacientes, levando a uma comunicação e satisfação do paciente melhoradas. No Brasil, onde o sistema de saúde enfrenta desafios como limitações de recursos e alta carga de pacientes, fomentar a empatia pode melhorar significativamente a experiência do paciente.
- Gerenciamento de Relacionamentos: A liderança eficaz na cirurgia requer a capacidade de gerenciar relacionamentos dentro de uma equipe multidisciplinar. Os cirurgiões devem colaborar com anestesiologistas, enfermeiros e outros profissionais de saúde, exigindo fortes habilidades interpessoais. Estudos demonstraram que equipes cirúrgicas com alta inteligência emocional exibem melhor comunicação e trabalho em equipe, levando a melhores resultados cirúrgicos.
Pontos-Chave
- Impacto no Atendimento ao Paciente: A inteligência emocional se correlaciona diretamente com a segurança e satisfação do paciente. Cirurgiões que conseguem gerenciar suas emoções e entender os sentimentos de seus pacientes têm mais chances de fornecer um atendimento compassivo, o que é crucial em ambientes cirúrgicos.
- Treinamento e Desenvolvimento: Incorporar o treinamento de inteligência emocional nos currículos de educação cirúrgica pode equipar os futuros cirurgiões com as habilidades necessárias para navegar na complexidade emocional de seus papéis. As escolas médicas brasileiras estão começando a reconhecer a importância da IE em seus currículos, enfatizando o desenvolvimento de habilidades comportamentais junto com o treinamento técnico.
- Liderança na Cirurgia: Como líderes cirúrgicos, a capacidade de inspirar e motivar os outros é primordial. Cirurgiões com alta inteligência emocional pode fomentar um ambiente de trabalho positivo, reduzindo as taxas de rotatividade e melhorando a satisfação no trabalho entre a equipe. Isso é particularmente relevante no Brasil, onde os profissionais de saúde muitas vezes enfrentam altos níveis de estresse e esgotamento.
Conclusão
A inteligência emocional não é apenas uma habilidade acessória para profissionais médicos; é um elemento fundamental que aprimora a prática cirúrgica e a liderança. Cultivando autoconhecimento, empatia e fortes habilidades de gerenciamento de relacionamentos, os cirurgiões podem melhorar sua eficácia na sala de operações e além. À medida que avançamos no campo da cirurgia digestiva, é imperativo priorizar a inteligência emocional no treinamento e na prática. A integração da IE na educação cirúrgica beneficiará não apenas os profissionais individuais, mas também melhorará a qualidade geral do atendimento ao paciente no Brasil e globalmente.”Os cirurgiões não são apenas responsáveis pelos aspectos técnicos da cirurgia, mas também devem ser capazes de se conectar com seus pacientes em um nível humano.” — Moshe Schein Gostou? Deixe um comentário ✍️, compartilhe em suas redes sociais e/ou envie sua pergunta via 💬 Chat Online em nosso DM no Instagram.#InteligênciaEmocional #LiderançaCirúrgica #EducaçãoMédica #CirurgiaDigestiva #AtendimentoaoPatiente
Lições Militares Aplicadas à Cirurgia Digestiva
Introdução
Na arena cirúrgica, especialmente na cirurgia digestiva, a pressão para salvar vidas e tomar decisões rápidas se assemelha às intensas batalhas enfrentadas pelos soldados na linha de frente. O termo “Cirurgião de Infantaria” evoca a imagem de um líder determinado, que conduz sua equipe com a mesma intensidade e estratégia que um comandante militar no campo de batalha. No Brasil, onde as cirurgias de emergência, especialmente as abdominais, representam uma parte significativa da prática cirúrgica, as lições aprendidas dos campos de batalha podem oferecer insights valiosos para a otimização dos cuidados cirúrgicos.

Desenvolvimento do Tema
O conceito de “Cirurgião de Infantaria” sugere uma abordagem ativa e prática, onde o cirurgião não só lidera sua equipe, mas também toma decisões cruciais em tempo real, muitas vezes sob condições de extrema pressão. Assim como um comandante militar deve destruir o inimigo antes de ser destruído, o cirurgião deve intervir rapidamente para evitar a progressão de uma doença potencialmente fatal. No Brasil, onde as doenças digestivas, como o câncer colorretal e as complicações de doenças hepáticas, continuam a ser uma das principais causas de mortalidade, a agilidade e a precisão nas decisões cirúrgicas são essenciais.
Um ponto crítico para o “Cirurgião de Infantaria” é conhecer o inimigo e seus próprios homens. Na cirurgia, isso se traduz em compreender profundamente a patologia que se está tratando e as limitações e forças da equipe cirúrgica. Um estudo recente no Brasil mostrou que a comunicação eficaz dentro da equipe cirúrgica está diretamente relacionada a uma redução nas complicações pós-operatórias, destacando a importância de conhecer e coordenar bem sua equipe.
A estratégia militar de atacar nos pontos fracos pode ser comparada à identificação de áreas vulneráveis na anatomia ou fisiologia do paciente que precisam de intervenção imediata. Na cirurgia digestiva, isso pode significar a escolha de uma abordagem minimamente invasiva para tratar uma doença antes que ela se agrave. No Brasil, a laparoscopia, por exemplo, tornou-se uma ferramenta essencial para o “Cirurgião de Infantaria”, permitindo intervenções precisas com menor tempo de recuperação para os pacientes.
Outro aspecto vital é a economia de recursos. Assim como em uma batalha, onde munição e suprimentos devem ser racionados, na cirurgia, o uso racional de recursos — como suturas, tempo cirúrgico e sangue — é fundamental. Cada ponto de sutura, cada exame solicitado deve ter um propósito claro. Em um país com um sistema de saúde público como o SUS, onde os recursos podem ser escassos, essa estratégia é especialmente relevante.
Pontos-Chave
- Liderança e Decisão na Linha de Frente: Assim como o comandante lidera suas tropas do front, o cirurgião deve conduzir a operação da mesa cirúrgica, não de um posto de comando distante. Isso garante que as decisões sejam tomadas com base na observação direta e na avaliação constante da situação.
- Economia de Recursos: A eficiência no uso de recursos é tão importante na cirurgia quanto na guerra. Em um ambiente onde os recursos são limitados, como no sistema de saúde brasileiro, cada decisão deve ser ponderada com o máximo de cuidado para evitar desperdícios.
- Condução Colaborativa da Cirurgia: O “Cirurgião de Infantaria” valoriza a contribuição de toda a equipe, mas, em última análise, a decisão é sua. É fundamental ouvir os conselhos, mas ter a confiança e o conhecimento para tomar a decisão final.
- Evitar Fogo Amigo: Na cirurgia, isso se refere a evitar danos desnecessários aos tecidos saudáveis. A precisão cirúrgica e o manejo delicado dos tecidos são fundamentais para reduzir a morbidade e acelerar a recuperação do paciente.
- Moral e Motivação: Manter alta a moral da equipe cirúrgica é tão crucial quanto a técnica cirúrgica. Estudos mostram que uma equipe motivada e bem coordenada pode fazer a diferença nos resultados pós-operatórios.
Conclusões Aplicadas à Prática da Cirurgia Digestiva
O “Cirurgião de Infantaria” é, acima de tudo, um líder que se adapta rapidamente às condições mutáveis da “batalha” cirúrgica, tomando decisões informadas e assertivas para salvar vidas e melhorar os desfechos dos pacientes. No Brasil, onde as condições de trabalho podem ser desafiadoras e os recursos limitados, a aplicação dessas lições pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso em um procedimento cirúrgico. A liderança efetiva, o uso racional dos recursos, e o foco em manter a equipe motivada são pilares que devem guiar a prática de qualquer cirurgião, especialmente aqueles que enfrentam as demandas e desafios da cirurgia digestiva de emergência.
Como afirmou o grande cirurgião René Leriche: “Todo cirurgião carrega em sua mente um cemitério, ao qual ele deve ir de tempos em tempos para se ajoelhar diante das sepulturas de seus erros”. Esta citação lembra que, assim como na guerra, na cirurgia, os erros podem ser fatais, e é por isso que a preparação, o conhecimento e a liderança são tão essenciais.
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A Jornada para a Excelência Cirúrgica
O domínio da prática cirúrgica é um desafio que requer dedicação, perseverança e uma abordagem sistemática. Neste artigo, exploraremos os aspectos fundamentais que moldam o caminho em direção à excelência cirúrgica, com um enfoque especial na cirurgia do aparelho digestivo. A premissa do “Regra dos 10.000 horas”, popularizada por Malcolm Gladwell em seu livro “Outliers”, sugere que a maestria em qualquer campo requer aproximadamente 10.000 horas de prática deliberada. No entanto, ao analisar a realidade do treinamento cirúrgico, observamos que os residentes de cirurgia geralmente documentam cerca de 850 casos durante sua formação, muito aquém do marco estabelecido pela regra.
Apesar dessa aparente discrepância, os princípios da prática deliberada permanecem cruciais no desenvolvimento das habilidades cirúrgicas. Assim como os jogadores de basquete, os residentes em cirurgia são encorajados a se concentrar na refinação de técnicas e no aprimoramento a cada oportunidade de aprendizado. Essa abordagem, alinhada com os ensinamentos do lendário técnico Pete Carril, enfatiza a importância do trabalho em equipe, da atenção aos detalhes e do foco no momento presente. No Brasil, dados recentes revelam que o número médio de casos operados e documentados por residentes em cirurgia geral é de aproximadamente 850, corroborando a discrepância entre a “Regra dos 10.000 horas” e a realidade do treinamento cirúrgico nacional. Essa realidade evidencia a necessidade de uma abordagem complementar que vá além da simples quantificação de horas de prática.
A natureza da cirurgia engloba os três atributos fundamentais que, segundo Gladwell, tornam o trabalho satisfatório: autonomia na tomada de decisões e no desenvolvimento de habilidades técnicas, complexidade inerente aos diversos procedimentos cirúrgicos e a tangível conexão entre esforço e recompensa, refletida no bem-estar do paciente e na compensação profissional do cirurgião.
Essa tríade de características, aliada à oportunidade de salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, torna a cirurgia uma profissão profundamente gratificante. De acordo com um estudo recente realizado no Brasil, 92% dos cirurgiões declararam estar satisfeitos com sua carreira, evidenciando a recompensa intrínseca da prática cirúrgica.
Embora o modelo de treinamento cirúrgico não se ajuste perfeitamente à “Regra dos 10.000 horas”, os princípios da prática deliberada, do trabalho em equipe e da satisfação intrínseca da cirurgia permanecem como pilares fundamentais na jornada rumo à excelência cirúrgica. Ao abraçar essa abordagem holística, os profissionais da área cirúrgica do aparelho digestivo podem alcançar o domínio de sua especialidade e proporcionar cuidados de saúde de alto nível aos pacientes.
“A cirurgia é uma arte e exige uma mente artística; as mãos do cirurgião devem ser hábeis e suas decisões, rápidas.” – Harvey Cushing
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30 de Julho | Dia do Cirurgião Geral
A jornada cirúrgica começa muito antes de alguém ser reconhecido como cirurgião. Desde cedo, na faculdade ou até antes, os estudantes enfrentam a competitividade intensa da medicina, especialmente na cirurgia. As escolhas entre seguir o que realmente gostam ou o que é necessário para alcançar o próximo passo são constantes. É fácil perder de vista o porquê de querer se tornar médico ou cirurgião em primeiro lugar, ao se prender ao que é exigido pelo caminho.
A medicina e a cirurgia são profissões que requerem conhecimento extenso e habilidades apuradas. Também exigem discrição e confiabilidade, com um contrato social que mantém os profissionais a padrões elevados de competência e responsabilidade moral. Como Tom Krizek explica, uma profissão é uma declaração de um modo de vida “em que o conhecimento especializado é usado não primariamente para ganho pessoal, mas para o benefício daqueles que precisam desse conhecimento.”
Desafios Éticos na Escola de Medicina
Os desafios éticos para os estudantes de medicina são muitos. Inicialmente, chegam com intenções altruístas e preocupações com a segurança financeira, dada a alta despesa da educação médica. Isso pode influenciar os graduados a escolherem especializações que permitam pagar suas dívidas mais rapidamente, impactando negativamente o sistema de saúde ao reduzir a disponibilidade de provedores de cuidados primários.
Durante a formação clínica, os estudantes começam a interagir com pacientes e enfrentam dilemas sobre como lidar com as opções de tratamento e os eventos adversos associados. As demandas acadêmicas podem ser avassaladoras, e os valores humanísticos podem se perder, fazendo com que vejam as interações com pacientes como obstáculos. Nesse período, decidem qual especialidade seguirão e precisam entender a vida de um cirurgião e se conseguem equilibrar essa carreira com uma vida familiar satisfatória.
Residência Cirúrgica: Teste de Resistência e Resiliência
Os residentes cirúrgicos iniciantes enfrentam uma carga de trabalho imensa e exaustão, vendo, por vezes, a doença como “o inimigo” a ser vencido. Precisam aprender a construir relações de confiança com os pacientes e lidar com a morbidade e mortalidade resultantes de suas ações. É crucial que compartilhem suas experiências com amigos e familiares para obter suporte. Nos níveis intermediários, a responsabilidade aumenta, com ênfase no conhecimento técnico e na ética, além de ensinar e liderar residentes mais novos. O residente sênior deve coordenar eficientemente a equipe, ensinar e tomar decisões complexas, preparando-se para a carreira definitiva.
O Cirurgião Completo: Equilíbrio Entre Pressão e Ética
O cirurgião treinado precisa diferenciar entre incentivos financeiros e o que é certo para o paciente. As pressões profissionais intensificam o desafio de equilibrar cuidados com pacientes, família, educação, ensino e pesquisa. Tomar decisões corretas, como escolher entre um evento familiar importante e uma cirurgia, é um dilema frequente. É essencial lembrar que a presença na vida dos filhos é única e insubstituível.
Sabendo Quando Parar
Para os cirurgiões seniores, como aqueles acima de 65 anos considerando aprender nova tecnologia robótica, surge a reflexão sobre quando desacelerar ou parar. Murray Brennan resume bem o dilema do cirurgião sênior que se sente frustrado com a perda de autonomia devido às regulamentações e restrições, levando muitos a abandonar a prática.
Concluindo com Graça
Cada cirurgião deve continuamente traçar um caminho que integre objetivos pessoais e profissionais, mantendo valor, equilíbrio e satisfação. Devem cultivar hábitos de renovação pessoal, autoconsciência emocional e conexão com colegas, encontrando significado genuíno no trabalho para enfrentar os desafios. Como descrito por Rothenberger, o cirurgião mestre sabe quando aplicar ou alterar regras e quando a inação é a melhor opção. Esse indivíduo raro combina habilidades cognitivas, técnicas e de tomada de decisão para atender às necessidades específicas do paciente, demonstrando intuição clínica, criatividade e humildade.
“Um cirurgião é tão bom quanto seu último procedimento, mas é a reflexão constante e a busca pela melhoria que define a excelência.”
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A Essência de uma Carreira Cirúrgica: Você Está Pronto?
Ingressar em uma carreira cirúrgica é uma jornada para uma profissão intelectualmente exigente, profundamente satisfatória e incrivelmente recompensadora. A cada ano, mais pessoas se candidatam a se tornar cirurgiões do que há vagas disponíveis, destacando o atrativo e o prestígio desse campo. No entanto, ter sucesso nesse caminho requer mais do que apenas excelência acadêmica; exige uma combinação única de habilidades e atributos pessoais.
A Cirurgia é a Carreira Certa para Você?
Para se destacar na cirurgia, você deve possuir as seguintes qualidades:
- Conhecimento Especializado: Diagnósticos precisos dependem de um extenso conhecimento médico.
- Habilidades de Comunicação: A interação eficaz com equipes médicas, pacientes e famílias é crucial. Ouvir e conquistar confiança são componentes chave.
- Destreza Manual: A habilidade manual é essencial para a prática cirúrgica.
- Experiência em Cuidados: Experiência em cuidados pré e pós-operatórios é indispensável.
- Adaptabilidade: À medida que a medicina evolui, suas habilidades e técnicas também devem evoluir.
- Liderança: Orientar uma equipe e mentorar futuros cirurgiões requer liderança forte.
- Resiliência Emocional: Lidar com situações difíceis com calma e apoiar sua equipe são vitais.
- Curiosidade Intelectual: O desejo de aprender continuamente e melhorar é essencial.
Características de um Bom Cirurgião
Ser um bom cirurgião é subjetivo e varia de acordo com as perspectivas de colegas, pacientes e a comunidade em geral. No entanto, os elementos fundamentais permanecem consistentes:
- Destreza Manual: Esta é a base do trabalho cirúrgico. Sem mãos habilidosas, um cirurgião não pode operar.
- Conhecimento Clínico: Uma compreensão abrangente dos princípios médicos e científicos é vital.
Equilibrando Habilidades e Conhecimento
Os cirurgiões frequentemente se destacam em habilidades técnicas ou conhecimento teórico, mas os melhores combinam ambos. Um técnico brilhante pode carecer de profundidade em teoria médica, enquanto um cirurgião bem instruído pode não ser tão habilidoso na sala de operações. O cirurgião ideal encontra um equilíbrio entre esses extremos, proporcionando um atendimento abrangente.
Traços de Personalidade
Resiliência física e psicológica, capacidade de trabalhar sob pressão e a capacidade de improvisar são indispensáveis. Capacidade intelectual, honestidade, coragem e comunicação eficaz definem ainda mais um cirurgião de sucesso. Liderança e a habilidade de inspirar confiança tanto em pacientes quanto em membros da equipe também são críticas.
O Papel do Bom Senso
O bom senso preenche a lacuna entre o conhecimento teórico e a aplicação prática. É uma qualidade inata que permite a alguns cirurgiões interpretar intuitivamente os dados dos pacientes e tomar decisões acertadas. Aqueles com bom senso podem dissecar tecidos com precisão e tomar a difícil decisão de quando não operar, garantindo os melhores resultados para seus pacientes.
Conclusão
“A cirurgia requer um equilíbrio de habilidades e conhecimento, aprimorados pela resiliência e pelo bom senso. Como René Leriche afirmou de forma eloquente, ‘Devemos pensar no propósito da nossa arte e entender especialmente o lado humano de alguns problemas terapêuticos.'”
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Código de Conduta Cirúrgica (NOTTS3)
Imagine um ambiente onde a precisão é vital, a comunicação é essencial e cada membro da equipe desempenha um papel crucial no bem-estar do paciente. Este é o cenário da sala de cirurgia (OR). Se a etiqueta da OR representa um código de conduta – respeito, comunicação, modelo mental compartilhado e trabalho em equipe – as boas maneiras representam os comportamentos que personificam esse código. Regras simples que deveriam ter sido aprendidas desde cedo, mas que, com algumas orientações, podem integrar de maneira eficaz residentes juniores e estudantes na equipe da OR.
Aqui estão algumas diretrizes essenciais:
- Seja educado.
- Seja respeitoso.
- Seja humilde.
- Aprenda os nomes de todos.
- Ofereça ajuda sem ser solicitado.
- Peça ajuda quando necessário.
- Agradeça aos seus colegas.
- Mantenha o paciente no centro de todas as suas ações.
Comportamentos rudes, disruptivos ou desrespeitosos não são tolerados. Não grite nem faça comentários sarcásticos. Evite piadas com temas sexuais ou raciais. Não fofoque nem calunie os outros. Muitos cirurgiões gostam de ouvir música na sala de cirurgia, mas ao escolher uma playlist, esteja ciente de que algumas músicas podem ter letras ofensivas que não devem ser reproduzidas no local de trabalho. É mais educado perguntar antes de tocar música e verificar as preferências musicais, pois nem todos na OR podem apreciar um metal pesado e estridente. A música deve ser desligada durante momentos críticos, como a pausa inicial.
Os cirurgiões utilizam as redes sociais como muitas outras pessoas, mas a OR não é o lugar para verificar o Facebook ou o Instagram. Ao postar nas redes sociais, seja profissional – qualquer coisa postada na internet pode ser capturada em tela e espalhada, não importando quais configurações de privacidade você tenha ativado. Um estudo recente de postagens publicamente acessíveis no Facebook mostrou que 14,1% dos residentes em cirurgia postaram conteúdo potencialmente não profissional, e 12,2% postaram conteúdo claramente não profissional, com violações da privacidade do paciente sendo um dos problemas mais comuns, juntamente com descrições de bebedeiras e material ofensivo racial ou sexualmente. Especificamente na OR, esteja ciente de que postagens nas redes sociais com informações potencialmente identificáveis do paciente são absolutamente proibidas. Isso não precisa incluir o nome do paciente para ser informação identificável – alguns detalhes de um caso particularmente único e uma postagem com carimbo de data e hora podem ser suficientes para causar problemas.
Em suma, “As boas maneiras são a moeda da sala de cirurgia,” como uma vez disse William Halsted. Seguir essas diretrizes não só promoverá um ambiente mais harmonioso, mas também garantirá que o foco principal permaneça onde deve estar: no bem-estar do paciente.
Liderança no Centro Cirúrgico (NOTTS2)
A análise dos erros médicos mostrou que mais de dois terços envolvem questões de comunicação da equipe, contribuídas por problemas de cultura institucional e de equipe. Esses erros podem incluir comunicação perdida, comunicação imprecisa ou incapacidade ou falta de vontade dos membros da equipe de falar, todas relacionadas à cultura de uma equipe ou instituição e dramaticamente afetadas pelo tom e clima estabelecidos pelos líderes cirúrgicos, dentro e fora da sala de operação. Toda equipe e instituição têm uma ‘cultura de segurança’—as atitudes, comportamentos e expectativas que afetam os resultados dos pacientes para melhor ou pior. Há evidências crescentes de que essa cultura de segurança afeta diretamente tanto a morbidade quanto a mortalidade. Por exemplo, em um estudo de 31 hospitais na Carolina do Sul, a cultura de segurança institucional estava diretamente relacionada à morte de pacientes. Para cada mudança de 1 ponto (em uma escala de 7 pontos) nas pontuações dos hospitais em respeito, liderança clínica e assertividade, a mortalidade em 30 dias após a cirurgia diminuiu de 29% para 14%. Em outro exemplo, medidas de cultura de segurança em 22 hospitais em Michigan previram diretamente os resultados dos pacientes após a cirurgia bariátrica. Nesse estudo, quando as enfermeiras classificaram a coordenação das equipes do centro cirúrgico como aceitável, em vez de excelente, as complicações graves foram 22% mais prováveis.
A Equipe da Sala de Operação
Uma vez, Hipócrates disse: ‘O médico deve… ter dois objetivos especiais em vista com relação à doença, a saber, fazer o bem ou não causar dano.’ O ato de cirurgia é inerentemente baseado em equipe. Cada operação requer que o cirurgião trabalhe de perto e de forma eficaz com seus assistentes, provedores de anestesia, equipe de enfermagem, tecnólogos cirúrgicos e membros da equipe auxiliar para fazer a sala de operação funcionar. Os membros da equipe frequentemente entram e saem da sala de operação, com troca de turno ou para pausas, e membros adicionais da equipe podem ser necessários para cuidados especializados ou de emergência. O importante é lembrar que o paciente está no centro da equipe, assim a frase ‘cuidados centrados no paciente.’ Sempre tenha em mente que a segurança e o bem-estar do paciente estão no coração de todos os nossos esforços. É especialmente importante que todos os membros da equipe tenham um ‘modelo mental compartilhado’—uma compreensão comum das questões, tanto médicas quanto logísticas, que possam afetar o curso de uma operação. Isso permite uma maior eficiência, melhor consciência situacional e melhor capacidade de reconhecer e responder a problemas. Aqui descrevemos os indivíduos comumente encontrados na sala de operação.
Os Cirurgiões
Galeno certa vez observou: ‘Onde há amor pela arte da medicina, há amor pela humanidade.’ Cada equipe cirúrgica consistirá de um cirurgião titular, geralmente acompanhado por um ou mais assistentes. No ambiente de aprendizado, é importante que os cirurgiões discutam papéis e responsabilidades, bem como metas educacionais para o caso, que podem variar dependendo do nível de treinamento e experiência dos membros da equipe. Um conceito importante na educação cirúrgica é a ‘autonomia progressiva,’ na qual os aprendizes têm permissão para assumir cada vez mais responsabilidades em uma operação com base no seu nível de competência. Uma discussão pré-operatória entre o cirurgião e o residente é fundamental para uma compreensão clara de quais partes da operação o aprendiz pode realizar e quando o titular pode precisar assumir o controle do caso. É responsabilidade de cada membro da equipe do cirurgião revisar o caso do paciente em detalhes para entender seu histórico médico e cirúrgico passado, sua doença atual e como ela tem sido gerida até o momento, medicamentos relevantes e revisão de todos os estudos diagnósticos para antecipar dificuldades que possam ser encontradas durante a operação. Secundariamente, cabe a cada membro discutir o caso com outros membros da equipe para garantir que todos tenham um modelo mental compartilhado do plano operatório, do plano pós-operatório e de quaisquer dificuldades antecipadas. Durante a operação, o paciente é o foco da equipe. Cada indivíduo é esperado para fazer sua parte para avançar a operação enquanto ajuda outros membros da equipe a fazer o mesmo. Após a operação, é importante discutir o cuidado pós-operatório, como manejo da dor, restrições alimentares, profilaxia de tromboembolismo venoso e a necessidade de novos ou existentes medicamentos prescritos.
Hierarquia Cirúrgica
Embora a sala de operação possa parecer um ambiente altamente regimentado, cada membro da equipe cirúrgica servirá como ‘líder’ e ‘seguidor’ em diferentes momentos durante a operação. Isso inclui todos, desde o cirurgião titular mais experiente até o estudante de medicina mais júnior. Dentro da sala de operação, o cirurgião titular tem a responsabilidade final pelo paciente. No entanto, os residentes cirúrgicos muitas vezes atuam como líderes para residentes juniores e estudantes de medicina. No contexto de ‘autonomia progressiva’ para residentes cirúrgicos, o cirurgião titular também pode formal ou informalmente ceder o controle do caso ao residente ou bolsista e pode assumir um papel de seguidor ele mesmo. De fato, mais frequentemente do que não, o cirurgião titular assistirá um residente sênior durante um caso, em vez de realizar a operação com a assistência do residente. Na sala de operação, o líder da equipe é responsável por definir a cultura de segurança e abordar as questões em questão, apoiar a equipe e fornecer feedback quando a equipe se desvia do curso esperado. Notavelmente, os papéis de líderes e seguidores não são fixos—equipes eficazes permitem que os indivíduos se movam entre os dois papéis de forma fluida conforme as necessidades da equipe ditam. Assim, na sala de operação, todos os membros da equipe devem ser tanto líderes quanto seguidores eficazes conforme a situação exigir. Nas palavras de William Osler, “O bom médico trata a doença; o grande médico trata o paciente que tem a doença.” Em última análise, o coração da comunicação eficaz na sala de operação é uma cultura de respeito mútuo, modelos mentais compartilhados e o compromisso de cada membro da equipe em priorizar a segurança do paciente acima de tudo. Ao abraçar esses princípios, podemos reduzir erros, melhorar os resultados e fornecer o mais alto padrão de cuidado aos nossos pacientes.
Comunicação Cirúrgica (NOTTS1)
Uma das determinantes mais importantes para uma operação bem-sucedida é a comunicação contínua e eficaz entre todos os membros da equipe cirúrgica. O objetivo é que cada membro da equipe tenha um entendimento comum sobre o paciente, a operação proposta e o fluxo esperado do caso – o chamado “modelo mental compartilhado”. Uma das ferramentas de comunicação mais comuns usadas neste cenário é a pausa cirúrgica ou “time-out”. Embora muitas instituições usem uma pausa cirúrgica, muitas dessas são desestruturadas e, portanto, perdem uma oportunidade de incutir uma cultura de comunicação.
Para combater isso, recomendamos fortemente o uso de uma lista de verificação estruturada e formalizada como parte da pausa cirúrgica. O protótipo para esse tipo de processo estruturado é a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica da Organização Mundial da Saúde (OMS). Introduzida em 2008, a lista de verificação da OMS é composta por 19 pontos a serem usados em três momentos – imediatamente quando o paciente entra na sala de cirurgia (antes da indução da anestesia), pouco antes da incisão na pele e pouco antes de o paciente deixar a sala de cirurgia.
A lista de verificação foi testada em oito cidades ao redor do mundo para avaliar seu impacto na morbidade e mortalidade dos pacientes. Em um estudo de antes e depois, os investigadores descobriram que a implementação da lista de verificação estava associada a uma redução significativa na taxa de mortalidade (1,5% vs. 0,8%, p < 0,01) e complicações intra-hospitalares (11,0% vs. 7,0%, p < 0,01). Embora a lista de verificação tenha sido amplamente saudada como um sucesso, alguns críticos afirmam que não é a lista de verificação em si que reduz as complicações, mas sim o fato de que a lista de verificação proporciona uma oportunidade para que a equipe se reúna e discuta elementos críticos que não devem ser esquecidos. Em nossa opinião, não importa como a lista de verificação funciona, apenas que funcione.
Vários estudos adicionais mostraram outros benefícios da introdução de uma lista de verificação formalizada, incluindo a redução da mortalidade, morbidade e tempo de permanência hospitalar, conforme demonstrado em um estudo randomizado controlado recente que mostrou redução nas complicações de 19,9% para 11,5% com a introdução da lista de verificação. Apesar disso, alguns outros estudos de listas de verificação cirúrgicas não mostraram melhorias nos resultados. Isso parece ser devido a problemas de implementação, com grandes variações na implementação entre instituições e até mesmo entre diferentes especialidades dentro de uma instituição, sendo comum a implementação subótima.
Instituições que adotam uma lista de verificação apenas nominalmente, mas cujos membros da equipe ignoram ou minimizam o processo, dificilmente colherão os benefícios. Por outro lado, instituições que desenvolvem uma forte cultura de segurança com uma implementação robusta e obrigatória verão melhores resultados. Isso destaca a importância da etiqueta na sala de operação – o código de conduta que regula nossas ações. Para obter o máximo benefício da lista de verificação de segurança cirúrgica, todos os membros da equipe devem estar presentes e engajados ativamente no processo. A música deve ser desligada, conversas paralelas interrompidas, e toda a atenção deve estar focada nos itens da lista de verificação e em como eles se relacionam com o paciente.
Normalmente, é papel do cirurgião chefe, do fellow ou do residente liderar a lista de verificação. Como líder designado, é importante revisar e discutir cada item individual na lista de verificação. Isso inclui garantir que todos os membros da equipe se apresentem e deixar claro que todos na sala de operação estão capacitados para falar se perceberem uma situação potencialmente insegura. A lista de verificação pode ser modificada por hospitais ou serviços individuais para incluir itens relevantes específicos para sua população de pacientes. Por exemplo, se uma equipe cirúrgica específica tiver itens adicionais que não podem ser esquecidos (por exemplo, processos relacionados à circulação extracorpórea em cirurgia cardíaca), isso pode ser incluído.
Muitas listas de verificação também incluem uma seção de debriefing para uso ao final do caso, incluindo itens como processamento de espécimes, comunicação com a família do paciente e quem acompanhará o paciente para a unidade pós-anestésica ou unidade de terapia intensiva.
O Papel do Feedback na Educação Cirúrgica
O feedback ganhou um papel cada vez mais importante na educação cirúrgica. O feedback pode ser somativo e/ou formativo. O feedback somativo é frequentemente dado em pontos de tempo discretos, como no final de uma rotação, e é a culminação de observações de desempenho. O feedback formativo envolve uma avaliação contínua de habilidades ou conhecimento e pode ser dado ao longo de uma experiência educacional.
Há uma distinção frequentemente mal compreendida entre ensino e feedback. Por exemplo, o ensino é quando o cirurgião chefe corrige o ângulo da agulha do residente durante uma anastomose intestinal. O feedback é quando o cirurgião chefe e o residente se reúnem após o caso e discutem o desempenho – seja técnico ou não técnico. Por exemplo, uma sessão de feedback pode discutir a configuração da sala, eficiência, manobras técnicas e comunicação.
Dar e receber feedback são habilidades distintas que exigem que ambas as partes estejam atentas e abertas. Para facilitar esse processo, vários métodos foram descritos que transformam o feedback em um processo ativo para ambas as partes. Idealmente, o mentor e o trainee fazem um briefing antes do caso para definir objetivos de aprendizado e, em seguida, debriefing formal após o caso para discutir quão bem os objetivos de aprendizado foram alcançados, bem como maneiras de melhorar no futuro.
Na pressa das preocupações clínicas e no impulso pela eficiência, a sessão de debriefing é frequentemente pulada ou perdida. Cabe ao aprendiz, portanto, buscar especificamente e pedir feedback ao cirurgião chefe e, se necessário, agendar horários formais de reunião. Também é importante que o feedback flua em ambas as direções, e o cirurgião chefe deve pedir feedback aos residentes também. Uma boa metodologia para fornecer feedback é fazer uma pergunta aberta, como “Como você achou que essa operação foi?” Que pode ser seguida de “O que correu bem?” e “O que poderia ter sido melhor?” Isso permite que a pessoa que está fornecendo o feedback tenha uma linha de base para começar e permite a autorreflexão por parte do aprendiz. Isso pode ser seguido de feedback específico sobre um ou dois itens acionáveis, de preferência relacionados aos objetivos declarados durante o briefing inicial.
Uma comunicação eficaz e não violenta é a chave para construir um ambiente cirúrgico seguro e colaborativo, onde cada voz é ouvida e cada preocupação é abordada, garantindo que todos trabalhem em harmonia para o bem-estar do paciente. Afinal, uma cirurgia segura salva vidas.
Habilidades Não Técnicas para Cirurgiões (NOTSS)
Introdução ao NOTSS
O sistema de Habilidades Não Técnicas para Cirurgiões (NOTSS) foi desenvolvido por uma equipe na Universidade de Aberdeen, na Escócia, com financiamento do Royal College of Surgeons de Edimburgo e do NHS Education for Scotland. O investigador principal, Dr. Steven Yule, fez parte dessa equipe e agora traz sua experiência e expertise para os Estados Unidos com o Laboratório de Habilidades Não Técnicas no Brigham and Women’s Hospital e na Harvard Medical School. O NOTSS foi desenvolvido a partir do zero com um painel de especialistas em assuntos específicos (cirurgiões consultores e psicólogos) em vez de adaptar uma estrutura existente empregada por outras indústrias. O objetivo do projeto NOTSS era desenvolver e testar um sistema educacional para avaliação e treinamento com base em habilidades comportamentais observáveis na fase intraoperatória da cirurgia (Yule et al. Surg Clin N Am 2012;92:37-50).
O Sistema NOTSS
O sistema NOTSS foi escrito em linguagem cirúrgica para que cirurgiões treinados possam observar, avaliar e fornecer feedback sobre habilidades não técnicas de forma estruturada (Yule et al. Surg Clin N Am 2012;92:37-50). A taxonomia NOTSS é dividida em quatro categorias distintas de habilidades não técnicas: Consciência Situacional, Tomada de Decisão, Comunicação e Trabalho em Equipe, e Liderança (Yule et al. World J Surg 2008;32:548-556), cada uma com elementos associados. Comportamentos bons e ruins foram cuidadosamente escritos para cada elemento.
Fundamentos do Comportamento Aceitável na Sala de Cirurgia
Por mais que a cultura e a prática da cirurgia tenham mudado e evoluído nos últimos séculos, é verdade que a sala de cirurgia (SC) pode ser um lugar intimidador para estudantes de medicina ou residentes juniores. No passado, os cirurgiões muitas vezes tinham a reputação de serem arrogantes ou depreciativos, com histórias frequentes semelhantes a trotes de residentes juniores na SC, ou de comportamento impulsivo e disruptivo direcionado a membros da equipe, como equipe de enfermagem, equipe de anestesia e pessoal de apoio. De fato, esse tipo de comportamento “antiquado” não é mais aceitável, por muitas razões. A SC é um lugar especial, mas ainda é, no final das contas, um local de trabalho, e as normas de trabalho de respeito mútuo e comportamento educado devem ser aplicadas. Na era moderna, é claro que os cirurgiões devem trabalhar de maneira respeitosa e colaborativa com todos os membros da equipe de atendimento ao paciente. Cabe ao cirurgião criar uma atmosfera de respeito mútuo, confiança e comunicação. Isso é frequentemente chamado de “etiqueta da SC”, pois a etiqueta é definida como um código de conduta entre um grupo ou profissão.
Consciência Situacional A Consciência Situacional envolve a percepção e compreensão dos elementos do ambiente de trabalho e a projeção de seu status no futuro próximo. Para cirurgiões, isso inclui a monitorização contínua do paciente, da equipe e do progresso da cirurgia. A habilidade de manter uma visão global do que está acontecendo na SC é crucial para identificar e resolver problemas potenciais antes que se tornem críticos.
Tomada de Decisão A Tomada de Decisão refere-se ao processo de escolher entre diferentes opções de ação com base nas informações disponíveis. Na SC, decisões rápidas e eficazes podem ter um impacto significativo nos resultados do paciente. Cirurgiões devem ser capazes de avaliar situações complexas rapidamente e tomar decisões fundamentadas para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.
Comunicação e Trabalho em Equipe A Comunicação e o Trabalho em Equipe são essenciais para o funcionamento eficiente da SC. Isso envolve a troca clara e concisa de informações entre todos os membros da equipe, garantindo que todos estejam cientes do plano cirúrgico e das possíveis complicações. Uma boa comunicação ajuda a coordenar ações, prevenir erros e responder rapidamente a mudanças na condição do paciente.
Liderança A Liderança na SC implica em guiar a equipe, manter a ordem e a disciplina, e ser um exemplo de comportamento profissional. Um bom líder cria um ambiente de trabalho positivo e de apoio, onde todos os membros da equipe se sentem valorizados e motivados a contribuir para o sucesso da cirurgia. Além disso, um líder eficaz é capaz de delegar tarefas adequadamente e fornecer feedback construtivo para melhorar continuamente a performance da equipe.
Conclusão As habilidades não técnicas são tão cruciais quanto as habilidades técnicas para o sucesso na sala de cirurgia. O sistema NOTSS fornece uma estrutura para avaliar e melhorar essas habilidades, promovendo um ambiente cirúrgico mais seguro e eficiente. Ao adotar práticas de Consciência Situacional, Tomada de Decisão, Comunicação e Trabalho em Equipe, e Liderança, os cirurgiões podem garantir que o comportamento aceitável e profissional prevaleça na SC, beneficiando tanto a equipe quanto os pacientes.

Requisitos Fundamentais da Clínica Cirúrgica
Atul Gawande, um autor celebrado por suas perspectivas perspicazes sobre a saúde, especialmente no campo cirúrgico, ofereceu insights valiosos que ressoam com profissionais médicos. Em seu livro “Complicações: Notas de um Cirurgião sobre Desempenho,” Gawande articula três requisitos fundamentais para o sucesso na medicina:
Diligência: Enfatiza a importância da atenção meticulosa aos detalhes para prevenir erros e superar desafios.
Fazer o Certo: Reconhece que a medicina é, inerentemente, uma profissão humana, destacando o imperativo ético de priorizar o bem-estar do paciente.
Ingenuidade: Incentiva uma mentalidade de inovação, instigando os praticantes a pensarem de maneira diferente, abraçar mudanças e aprender com os fracassos.
Gawande vai além de definir esses requisitos fundamentais e oferece cinco sugestões convincentes sobre como indivíduos podem causar um impacto positivo dentro de sua cultura profissional:
Faça uma Pergunta Não Roteirizada: Defende perguntas espontâneas que podem levar a descobertas inesperadas e fomentar uma cultura de comunicação aberta.
Não Reclame: Aconselha contra reclamações improdutivas, enfatizando que isso não resolve problemas nem contribui construtivamente para discussões. Incentiva os indivíduos a estarem preparados com tópicos alternativos para discussão.
Conte Algo: Promove a prática de quantificar aspectos do próprio trabalho. Gawande sugere que contar algo de interesse pessoal leva a insights valiosos e aprendizado contínuo.
Escreva Algo: Reconhece o poder transformador de escrever ou digitar. Encoraja os profissionais a documentarem experiências, insights e reflexões, aprimorando tanto o aprendizado pessoal quanto coletivo.
Mude—Seja um Adaptador Precoce: Reconhece a necessidade de abraçar mudanças, especialmente no panorama em rápida evolução da tecnologia cirúrgica. Instiga os indivíduos a serem adaptadores precoces, mantendo-se atualizados com inovações para aprimorar o cuidado ao paciente.
As orientações de Gawande vão além dos aspectos técnicos da medicina, adentrando os domínios da comunicação, mentalidade e desenvolvimento profissional. Esses princípios fornecem um roteiro para que os profissionais médicos não apenas se destaquem em suas capacidades individuais, mas também influenciem positivamente a cultura mais ampla na qual operam.
“O sucesso na medicina é cultivado não apenas através da habilidade técnica, mas pela dedicação incessante ao aprendizado, inovação e ao compromisso com o bem-estar do paciente.”
O Legado do Dr. William Stewart Halsted: Pioneiro da Cirurgia Moderna
A história da medicina é marcada por avanços revolucionários que transformaram a prática clínica, o ensino e os cuidados aos pacientes. Entre os nomes que se destacam neste cenário, o do cirurgião norte-americano William Stewart Halsted (1852–1922) é, sem dúvidas, um dos mais influentes. Halsted não apenas elevou os padrões da cirurgia, mas também criou um modelo de treinamento que se tornou a base para a formação de cirurgiões em todo o mundo, com aplicações diretas no tratamento das doenças do aparelho digestivo.
O Início de uma Jornada Brilhante
Nascido em Nova York, Halsted iniciou sua formação acadêmica com forte ênfase em anatomia e fisiologia, que mais tarde se tornariam a base de suas contribuições à medicina. Após se formar na College of Physicians and Surgeons, em 1877, ele ampliou seus horizontes ao estudar em centros de excelência europeus, como Viena e Hamburgo, onde foi influenciado por cirurgiões renomados como Theodor Billroth e Johannes von Mikulicz.
Contribuições ao Tratamento Cirúrgico do Aparelho Digestivo
Entre os muitos campos em que Halsted deixou sua marca, destaca-se a cirurgia do aparelho digestivo. Seu estudo experimental sobre suturas intestinais, realizado no início de sua carreira em Baltimore, estabeleceu as bases para anastomoses seguras e eficazes. Ele demonstrou que a submucosa é a camada crítica para sustentação das suturas, um conceito que permanece fundamental até hoje. Outro marco foi seu pioneirismo em ressecções gastrointestinais e controle de sangramentos intra-abdominais. Sua abordagem técnica, caracterizada por dissecação cuidadosa e manuseio gentil dos tecidos, minimizou complicações como infecção e deiscências, ampliando significativamente as chances de sucesso em cirurgias de alta complexidade.
O Modelo Halstediano de Treinamento Cirúrgico
Um dos legados mais duradouros de Halsted foi seu modelo de residência médica, implementado no Hospital Johns Hopkins. Ele estabeleceu um sistema hierárquico com responsabilidades graduais, permitindo que residentes desenvolvessem habilidades progressivamente. Esse método não apenas garantiu um treinamento mais completo, mas também formou líderes que perpetuaram suas ideias. Para a cirurgia do aparelho digestivo, essa abordagem foi crucial. O treinamento intensivo em anatomia, fisiopatologia e técnicas operatórias sofisticadas possibilitou avanços significativos no manejo de doenças como cânceres gastrointestinais, doenças inflamatórias intestinais e patologias biliares.
Avanços e a Influência no Ensino Moderno
Embora o modelo Halstediano tenha sido modificado ao longo das décadas, seus princípios básicos continuam sendo a espinha dorsal da educação cirúrgica. Programas atuais incorporam avanços tecnológicos, como cirurgia robótica e simulações, mas a ética da responsabilidade progressiva e a atenção aos detalhes, promovida por Halsted, permanecem inalteradas.
Reflexão Final
O legado de William Stewart Halsted é inestimável. Suas contribuições estabeleceram os alicerces da cirurgia moderna, com implicações diretas na melhora do cuidado ao paciente e na educação médica. Para estudantes e residentes, entender sua história é compreender as origens de muitas práticas e conceitos que hoje são considerados padrão na formação e prática cirúrgica.
“A grandeza de um cirurgião não reside apenas em suas habilidades técnicas, mas na sua dedicação contínua em aprimorar a arte de curar.” – William Stewart Halsted.
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Maestria na Cirurgia Digestiva
Em seu aclamado livro “Fora de Série: Outliers – Descubra Por Que Algumas Pessoas Têm Sucesso e Outras Não”, Malcolm Gladwell explora a essência da maestria, destacando a regra das 10.000 horas popularizada pelo neurologista Daniel Levitin. Esta regra postula que são necessárias impressionantes 10.000 horas de prática dedicada para alcançar a maestria e a excelência em qualquer campo. Gladwell examina diversos campos, de compositores e jogadores de basquete a escritores de ficção e cirurgiões, encontrando o fio condutor recorrente da marca de 10.000 horas.
A Discrepância no Treinamento Cirúrgico ⏰🔍
No contexto do treinamento cirúrgico, no entanto, uma diferença marcante surge. Residentes chefes de cirurgia em formação são encarregados de documentar aproximadamente 850 casos, muito aquém do marco das 10.000 horas. Mesmo considerando uma estimativa de 2 horas por caso, as horas acumuladas ficam significativamente aquém. A ênfase do Coach Carril no trabalho em equipe, na atenção meticulosa e na importância do momento presente alinha-se com o conceito de prática deliberada. Nesses 850 casos, os residentes são incentivados a focar no aprimoramento de técnicas e a aproveitar cada oportunidade de desenvolvimento de habilidades.
Trabalho em Equipe, Fundamentos e Prática Deliberada 🤝📚
Os princípios do Coach Carril ecoam a necessidade de trabalho em equipe e concentração nos aspectos fundamentais, ressoando com as percepções de Gladwell. O princípio nº 18 de Carril, que enfatiza a importância da tarefa presente, alinha-se com a ideia de prática deliberada—imersão total na experiência de aprendizado atual. Residentes, assim como jogadores de basquete que aprimoram suas habilidades, encontram valor na prática focada e intencional para superar a lacuna de treinamento.
Cirurgia: A Tríade Satisfatória de Autonomia, Complexidade e Conexão 🌐💼💡
Gladwell ainda postula três atributos-chave que tornam o trabalho satisfatório para os indivíduos: autonomia, complexidade e uma conexão tangível entre esforço e recompensa. A cirurgia, por sua própria natureza, encapsula esses elementos. A autonomia reina na tomada de decisões e nas habilidades procedimentais, a complexidade se manifesta nos intrincados aspectos de várias cirurgias, e a conexão entre esforço e recompensa é evidente tanto para o paciente quanto para o praticante.
A Recompensa do Cirurgião: A Sobrevivência do Paciente e a Compensação Pessoal 🏥💰
No cerne da satisfação cirúrgica está a profunda conexão entre o esforço do cirurgião e o bem-estar do paciente. Navegar com sucesso por cenários complexos pode ser uma recompensa gratificante, epitomizando a essência da cirurgia. Além disso, os esforços mais amplos de um cirurgião, medidos em operações realizadas e pacientes atendidos, correlacionam-se com a compensação pessoal e o reconhecimento profissional.
À medida que o treinamento cirúrgico evolui, a delicada interação entre prática, trabalho em equipe e as recompensas intrínsecas da cirurgia permanece um alicerce. A jornada para a maestria pode não aderir estritamente à regra das 10.000 horas, mas os princípios de prática deliberada, trabalho em equipe e a natureza gratificante do trabalho cirúrgico persistem como faróis orientadores no domínio da cirurgia. 🌟🔪
“A busca pela maestria cirúrgica é um contínuo equilíbrio entre prática intencional, colaboração e a profunda satisfação de transformar vidas.”
Cirurgia: Uma Sinfonia de Habilidade e Trabalho em Equipe
No intricado domínio da cirurgia, onde anos de treinamento rigoroso moldam as mãos e mentes dos cirurgiões gerais, uma verdade profunda emerge—cirurgia não é um empreendimento solitário. A narrativa transcende a sala de operação, destacando a sinfonia de profissionais dentro do ecossistema de saúde. Enquanto o cirurgião navega pelas complexidades do cuidado ao paciente, um esforço colaborativo se desenrola, semelhante ao funcionamento harmonioso de uma equipe.
Treinamento como um Cadinho para os Fundamentos 🎓⚙️
Enfrentando a árdua jornada da faculdade de medicina e uma exigente residência cirúrgica, o arsenal de um cirurgião é forjado. Conhecimento, destreza técnica e resistência tornam-se os pilares, fortalecendo a base sobre a qual a prática cirúrgica se sustenta. No entanto, o pilar central é o trabalho em equipe, uma realização que surge para todo praticante ao ingressar na dança intricada da prestação de cuidados de saúde.
O Maestro Cirúrgico: A Sabedoria de Pete Carril 🏀📘
Buscando inspiração de uma fonte inesperada, o treinador Pete Carril, o ilustre técnico de basquete da Universidade de Princeton, torna-se um farol de sabedoria. Além da quadra de basquete, os ensinamentos de Carril encapsulam princípios universais aplicáveis à vida e, surpreendentemente, à cirurgia. No volume sucinto, “The Smart Take from the Strong”, co-escrito com Dan White e introduzido pelo venerável Bobby Knight, Carril transmite sabedoria atemporal.
25 Pequenas Coisas: Um Paradigma para a Cirurgia e a Vida 🌐📜
As “25 pequenas coisas a lembrar” do Coach Carril ecoam com relevância não apenas no basquete, mas ressoam nos corredores da cirurgia e da vida. Explorando algumas, como “cada pequena coisa conta”, “você quer ser bom naquelas coisas que acontecem muito” e “a maneira como você pensa afeta o que você vê e faz”, os paralelos com a cirurgia tornam-se surpreendentemente aparentes. A filosofia de Carril torna-se um guia para cirurgiões, enfatizando a importância da atenção aos detalhes, prática e a profunda interação entre pensamento e ação.
Além da Quadra: Cirurgia como um Esporte de Equipe 🤝🔬
Em uma sincronia reminiscente de uma equipe de basquete, o cirurgião harmoniza-se com um coro de profissionais de saúde—enfermeiros, anestesiologistas, equipe de apoio, administradores e mais. A cadência do sucesso é ditada não apenas pela habilidade individual, mas pelo esforço coletivo da equipe. Visão, antecipação e dedicação inabalável convergem, não apenas na quadra de basquete, mas também no teatro da cirurgia.
Enquanto o Coach Carril permanece um espectador silencioso nos sagrados salões de Princeton, testemunhando uma nova geração lutando pela vitória, os cirurgiões também encontram inspiração na busca coletiva pela excelência. Trabalho em equipe, um espírito indomável e um compromisso com o crescimento pessoal e coletivo emergem como os marcos do sucesso, tanto na quadra quanto na sala de operações. 🏀🌟🔪
“A verdadeira maestria cirúrgica não reside apenas nas mãos que operam, mas na harmonia da equipe que, unida, transforma vidas.”
Os Dez Princípios Cirúrgicos
A jornada da vida é um mosaico tecido com fios de orientação de pais, irmãos e mentores. Este artigo transcende o mundano, abraçando a filosofia e o testemunho pessoal na construção de uma carreira cirúrgica triunfante. Revelamos uma lista dos dez principais mandamentos que serve como uma bússola para cirurgiões aspirantes:
Os Dez Princípios Cirúrgicos do Dr. Thirlby 📜🌐
- O Treinamento é Divertido (Você Nunca Vai Esquecê-lo): Um aceno para o aprendizado contínuo, reconhecendo a metamorfose perpétua nas carreiras cirúrgicas.
- Segurança no Emprego: Cirurgiões gerais, vitais e requisitados, encontram posições em diversos cenários, desde centros urbanos movimentados até expansões rurais serenas.
- A Remuneração é Boa: Uma compensação confortável, acima das médias da sociedade, promete estabilidade financeira.
- Sua Mãe Se Orgulhará de Você: Um orgulho familiar ressoa, estendendo-se além das mães para pais, tias e um tapete de familiares.
- Cirurgiões Têm Estilo: Abraçando a personalidade cirúrgica e a cultura única que envolve os reinos cirúrgicos.
- Você Terá Heróis; Você Será um Herói: Cirurgiões, moldados por influenciadores, retribuem tornando-se faróis de esperança para pacientes gratos.
- Existe Espiritualidade, se Você Quiser: As recuperações inexplicáveis, os momentos milagrosos que desafiam as normas estatísticas.
- Você Vai Mudar a Vida dos Pacientes: Uma profunda satisfação pessoal derivada do impacto tangível no destino dos pacientes.
- Pacientes Vão Mudar Sua Vida: Lições diárias dos pacientes promovem humildade, não julgamento e uma jornada contínua para se tornar um ser humano melhor.
- Eu Amo “Dissecar”: Uma reflexão poética da alegria derivada da arte meticulosa dos procedimentos cirúrgicos, executados com precisão para o bem maior.
Os Mandamentos da Vida Cirúrgica 🌌📜
Acrescentando profundidade à narrativa, como mandamentos atemporais, o Dr. James D. Hardy contribui com uma lista que transcende milênios, gravada na versão King James da Bíblia Sagrada.
- Conheça Seu Poder Superior: Uma homenagem ao aspecto espiritual da vida e à santidade do dia de descanso.
- Respeite Suas Raízes: Um reconhecimento da importância dos pais e dos laços familiares.
- Não Faça Mal: Um ethos antigo ressoa através da proibição de ações como assassinato, adultério, roubo, mentir e cobiçar os pertences dos outros.
- Busque a Excelência: Uma busca incessante pelo crescimento pessoal e profissional, incorporando eficiência, excelência e preservação da integridade.
- Prepare-se para a Liderança: Um chamado para formar líderes, enfatizando a importância do crescimento educacional e profissional.
- Cultive Relacionamentos Profissionais: Reconhecendo o valor dos mentores, preservando a sabedoria transmitida através das gerações.
- Lembre-se de Suas Origens: Um eco dos dez mandamentos pessoais do Dr. Hardy, incentivando os indivíduos a honrar sua origem e representá-la com orgulho.
- Valorize a Família: Um lembrete gentil para passar tempo de qualidade com a família, reconhecendo o impacto profundo do amor nos filhos.
- Passe Tempo Sozinho: Defendendo momentos de solidão, promovendo o pensamento criativo e a reflexão pessoal.
- Encontre Alegria em Seu Trabalho: Uma verdade profunda encapsulada na sustentação derivada da busca diária por um trabalho significativo que se gosta genuinamente.
Nesta amalgamação dos dez principais mandamentos do Dr. Thirlby e dos mandamentos do Dr. Hardy, um roteiro se desenrola — um guia não apenas para uma carreira cirúrgica, mas para uma vida plena e com propósito. 🌈🔍🔬
“A verdadeira liderança em cirurgia é esculpida não apenas pelas mãos que operam, mas pelo coração que guia e inspira.”
Liderança no Campo da Cirurgia
O campo da cirurgia está em constante evolução, exigindo não apenas habilidades técnicas de alta qualidade, mas também capacidades de liderança excepcionais. No entanto, a formação tradicional dos cirurgiões raramente inclui treinamento formal em liderança, deixando muitos profissionais despreparados para assumir posições de liderança. Este artigo explora a importância da liderança na cirurgia, os diferentes tipos de liderança, suas características e oferece recomendações para o desenvolvimento de líderes cirúrgicos.
A Importância da Liderança na Cirurgia
Historicamente, os cirurgiões eram vistos como líderes incontestáveis dentro de um modelo de treinamento de aprendizado, onde a experiência pessoal e o julgamento clínico guiavam as práticas. No entanto, a modernização da medicina, impulsionada pela tecnologia e pela disponibilidade de dados, transformou o ambiente cirúrgico em um campo mais colaborativo e complexo. A liderança eficaz agora é crucial para navegar esse ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo. Como disse Napoleão Bonaparte, “Um líder é um negociador de esperanças.” Na cirurgia, liderar é guiar equipes em meio a incertezas, mantendo sempre a esperança e a confiança nos melhores resultados para os pacientes.
Desenvolvimento da Liderança Cirúrgica
Apesar da importância, muitos cirurgiões recém-formados não recebem treinamento formal em liderança durante a residência. Ao contrário de outras profissões, onde a liderança é um componente central da formação, os médicos devem aprender habilidades de liderança na prática ou através da observação de líderes bem-sucedidos. Programas de desenvolvimento de liderança, semelhantes aos oferecidos a oficiais militares e executivos de negócios, poderiam beneficiar grandemente os cirurgiões. George S. Patton afirmou: “Não diga às pessoas como fazer as coisas, diga-lhes o que fazer e deixe que elas surpreendam você com seus resultados.” Essa filosofia pode ser aplicada na cirurgia, incentivando a autonomia e a inovação dentro das equipes cirúrgicas.
Tipos de Liderança em Cirurgia
Diversos estilos de liderança podem ser aplicados no campo da cirurgia, cada um com suas características únicas:
- Liderança Autoritária:
- Caracterizada por decisões centralizadas e controle rígido.
- Pode ser eficaz em situações de emergência onde decisões rápidas são necessárias.
“O verdadeiro gênio reside na capacidade de avaliar informações incertas, conflitantes, e perigosas.” Winston Churchill
- Liderança Hierárquica:
- Baseada em uma estrutura de comando clara.
- Útil em ambientes estruturados com protocolos bem definidos.
Sun Tzu, em “A Arte da Guerra”, escreveu: “Aquele que é prudente e espera por um inimigo imprudente será vitorioso.”
2. Liderança Transacional:
- Focada em recompensas e punições para alcançar resultados.
- Pode ser útil para manter a eficiência e a produtividade.
Douglas MacArthur disse: “Os soldados devem ter ganho pessoal de suas ações; isso estimula o cumprimento do dever.”
3. Liderança Transformacional:
- Inspira e motiva a equipe a alcançar metas além das expectativas.
- Promove inovação e mudanças positivas na prática cirúrgica.
“O maior líder não é necessariamente aquele que faz as maiores coisas. Ele é aquele que faz as pessoas fazerem as maiores coisas.” – Ronald Reagan
4. Liderança Adaptativa:
- Envolve a capacidade de ajustar-se a novas situações e desafios.
- Crucial em ambientes cirúrgicos dinâmicos e em constante mudança.
Dwight D. Eisenhower afirmou: “Os planos são inúteis, mas o planejamento é tudo.”
5. Liderança Situacional:
- Adapta o estilo de liderança com base nas necessidades específicas da equipe e da situação.
- Proporciona flexibilidade e resposta eficaz a diferentes cenários clínicos.
Como observou Alexander, o Grande: “Não há nada impossível para aquele que tentará.”
6. Liderança Servidora:
- Foca no bem-estar e no desenvolvimento dos membros da equipe.
- Constrói uma cultura de apoio e colaboração.
“O melhor dos líderes é aquele cujo trabalho é feito, cujas pessoas dizem: ‘Nós fizemos isso sozinhos.'” – Lao-Tzu
Características de um Líder Cirúrgico Eficaz
Um líder cirúrgico eficaz deve possuir várias qualidades essenciais, incluindo visão, flexibilidade, motivação, inteligência emocional (EI), empatia, adaptabilidade, confiança, confiabilidade, responsabilidade e habilidades de gestão. A visão permite ao líder definir e perseguir objetivos claros, enquanto a flexibilidade e a adaptabilidade são necessárias para navegar em um ambiente em rápida mudança. Napoleão Bonaparte afirmou: “A liderança é uma combinação de estratégia e caráter. Se você precisar dispensar um, dispense a estratégia.” Essa citação reflete a importância do caráter e da integridade na liderança cirúrgica. A inteligência emocional e a empatia são fundamentais para a comunicação eficaz e para a construção de relacionamentos sólidos dentro da equipe. A confiabilidade e a responsabilidade asseguram que o líder seja um exemplo a ser seguido, promovendo uma cultura de confiança e responsabilidade mútua.
Recomendações para o Desenvolvimento de Líderes Cirúrgicos
Para desenvolver habilidades de liderança, os cirurgiões devem buscar oportunidades de treinamento formal em liderança, participar de workshops e seminários, e buscar orientação de mentores experientes. A autoavaliação honesta e o feedback contínuo são essenciais para o crescimento pessoal e profissional. Além disso, a incorporação de programas de liderança nos currículos de residência cirúrgica pode preparar melhor os futuros cirurgiões para os desafios do campo. Estabelecer um ambiente que encoraje a liderança colaborativa e o desenvolvimento contínuo também é crucial para a formação de líderes eficazes.
Conclusão
A liderança no campo da cirurgia é essencial para enfrentar os desafios de um ambiente médico moderno e complexo. Desenvolver habilidades de liderança em cirurgiões pode melhorar significativamente os resultados dos pacientes e promover uma prática cirúrgica mais eficiente e colaborativa. Ao reconhecer a importância da liderança e investir em seu desenvolvimento, a comunidade cirúrgica pode assegurar um futuro mais brilhante e inovador para a medicina.
Fricção Cirúrgica: Desafios e Realidades no Centro Cirúrgico
Fricção Cirúrgica: Desafios e Realidades no Centro Cirúrgico
No universo da teoria militar, Carl von Clausewitz introduziu o conceito de “fricção” para descrever as dificuldades e imprevistos que complicam a execução dos planos de guerra. Esse conceito, no entanto, transcende o campo de batalha e encontra paralelos surpreendentes em outros cenários complexos e de alta pressão, como o centro cirúrgico. A “fricção cirúrgica” refere-se às diversas dificuldades que cirurgiões e equipes médicas enfrentam durante procedimentos, afetando a eficiência e os resultados esperados.
Imprevisibilidade e Complexidade
Assim como na guerra, a cirurgia está repleta de elementos imprevisíveis. Mesmo com um planejamento meticuloso e uma equipe altamente treinada, fatores inesperados podem surgir. Complicações anatômicas, reações adversas a medicamentos e condições pré-existentes do paciente são apenas alguns exemplos de imprevistos que podem alterar drasticamente o curso de uma operação.
“Tudo na guerra é simples, mas a coisa mais simples é difícil.” – Carl von Clausewitz
Equipamentos e Tecnologia
Embora a tecnologia moderna tenha revolucionado a medicina, ela também introduz sua própria forma de fricção. Equipamentos sofisticados podem falhar ou não funcionar conforme esperado. A calibração inadequada de máquinas, falhas de software em dispositivos médicos e até problemas de energia podem criar obstáculos significativos durante uma cirurgia. Manter e operar esses equipamentos requer um nível elevado de expertise técnica e atenção constante.
“A fricção é o único conceito que distingue amplamente a guerra real da guerra no papel.” – Carl von Clausewitz
Comunicação e Coordenação
A comunicação é crucial em um centro cirúrgico, onde cada membro da equipe desempenha um papel vital. Qualquer falha na transmissão de informações pode ter consequências sérias. Mal-entendidos entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e técnicos podem levar a erros críticos. A coordenação eficaz é essencial para garantir que todos os procedimentos sejam executados sem problemas, desde a preparação do paciente até a conclusão da cirurgia.
“A mais triviais coisas, vistas no contexto de uma operação militar, parecem ir contra você.” – Carl von Clausewitz
Fatores Humanos
A fricção também emerge das variáveis humanas. Fadiga, estresse e pressão emocional podem afetar o desempenho dos profissionais de saúde. Cirurgiões e enfermeiros frequentemente trabalham em turnos longos e intensos, o que pode levar a lapsos de concentração e julgamento. A capacidade de um profissional de saúde de manter a calma e tomar decisões rápidas e precisas é testada continuamente no ambiente cirúrgico.
“A guerra é o domínio da incerteza; três quartos dos fatores sobre os quais a ação é baseada estão enfiados na névoa de maior ou menor incerteza.” – Carl von Clausewitz
Logística e Suprimentos
A logística desempenha um papel crítico no funcionamento suave de um centro cirúrgico. A disponibilidade de instrumentos estéreis, medicamentos e outros suprimentos médicos é fundamental. Qualquer atraso na entrega de suprimentos ou problemas com a esterilização de instrumentos pode interromper um procedimento e aumentar os riscos para o paciente.
“A guerra é a área da atividade humana mais suscetível à fricção.” – Carl von Clausewitz
Mitigando a Fricção Cirúrgica
Assim como os comandantes militares desenvolvem estratégias para mitigar a fricção na guerra, as equipes cirúrgicas adotam várias práticas para reduzir as dificuldades inesperadas. Treinamento rigoroso e contínuo, simulações de procedimentos complexos e protocolos claros de comunicação são essenciais. Além disso, a manutenção regular de equipamentos e a implementação de sistemas de redundância podem ajudar a minimizar falhas técnicas.
“A habilidade de um líder militar reside na manutenção de uma visão clara e objetiva apesar da fricção.” – Carl von Clausewitz
A fricção cirúrgica, como descrita por Clausewitz em um contexto militar, reflete a realidade desafiadora do centro cirúrgico. Reconhecer e preparar-se para essas dificuldades é crucial para garantir a segurança do paciente e o sucesso das operações. Em última análise, a habilidade das equipes médicas em gerenciar a fricção cirúrgica determina a eficácia e a eficiência das intervenções cirúrgicas.
Charlie Munger’s 25 Cognitive Biases Applied to Digestive Surgery
In the demanding field of digestive surgery, excellence is not just a goal but a necessity. By integrating the profound insights of Charlie Munger on cognitive biases with the motivational principles of Zig Ziglar, surgeons can achieve superior performance and enhance patient care. This comprehensive guide offers actionable recommendations and illustrative examples tailored to the unique challenges of digestive surgery, ensuring that every decision is informed, balanced, and patient-centered. Charlie Munger is a renowned investor and philosopher known for his ability to identify and avoid judgment errors, often rooted in cognitive biases. For a digestive surgeon, understanding and mitigating these biases can significantly enhance clinical decision-making and performance. This summary outlines Munger’s 25 biases and provides specific examples and recommendations for surgical practice.
The 25 Cognitive Biases
- Reward and Punishment Super-Response Tendency
- Example: Opting for procedures with higher financial incentives despite less lucrative alternatives being more appropriate for the patient.
- Recommendation: Always evaluate the long-term benefits for the patient over immediate rewards.
- Liking/Loving Tendency
- Example: Ignoring a team member’s faults because you like them, compromising care quality.
- Recommendation: Maintain objective and impartial evaluations of all team members’ performance.
- Disliking/Hating Tendency
- Example: Dismissing valuable suggestions from colleagues due to personal dislike.
- Recommendation: Prioritize the efficacy of suggestions and patient safety, regardless of who proposes them.
- Doubt-Avoidance Tendency
- Example: Sticking to familiar procedures and avoiding new techniques with better outcomes due to fear of the unknown.
- Recommendation: Stay updated with best practices and be willing to explore new, evidence-based approaches.
- Inconsistency-Avoidance Tendency
- Example: Persisting with outdated surgical techniques to remain consistent with past practices.
- Recommendation: Regularly review clinical guidelines and adapt as necessary.
- Curiosity Tendency
- Example: Spending excessive time researching rare conditions not relevant to daily practice.
- Recommendation: Focus on continuous updates in areas directly related to daily clinical work.
- Kantian Fairness Tendency
- Example: Treating all cases identically without considering individual patient needs.
- Recommendation: Personalize care to meet the unique needs of each patient.
- Envy/Jealousy Tendency
- Example: Allowing jealousy of colleagues’ success to affect the work environment.
- Recommendation: Focus on personal and collaborative professional development, celebrating others’ successes.
- Reciprocity Tendency
- Example: Rewarding personal favors with clinical decisions, like preferences for shifts or cases.
- Recommendation: Maintain professionalism and base decisions on clinical and ethical criteria.
- Simple, Pain-Avoiding Psychological Denial
- Example: Avoiding discussions about poor prognoses to evade emotional discomfort.
- Recommendation: Address all clinical situations honestly and sensitively, providing appropriate support.
- Excessive Self-Regard Tendency
- Example: Overestimating personal skills and refusing assistance or second opinions.
- Recommendation: Recognize personal limitations and seek collaboration when necessary.
- Over-Optimism Tendency
- Example: Underestimating surgical risks and failing to prepare patients for potential complications.
- Recommendation: Conduct comprehensive risk assessments and communicate realistically with patients.
- Deprival-Superreaction Tendency
- Example: Overreacting to resource shortages impulsively.
- Recommendation: Plan ahead and stay calm to find effective solutions.
- Social-Proof Tendency
- Example: Adopting practices simply because they are popular among peers without assessing their efficacy.
- Recommendation: Base clinical decisions on robust evidence and recognized medical guidelines.
- Contrast-Misreaction Tendency
- Example: Underestimating a postoperative complication because it seems minor compared to a recent severe case.
- Recommendation: Evaluate each case individually and objectively, avoiding subjective comparisons.
- Stress-Influence Tendency
- Example: Making hasty decisions under high-pressure situations.
- Recommendation: Develop stress management techniques and make decisions calmly and deliberately.
- Availability-Misweighing Tendency
- Example: Making decisions based primarily on recent experiences instead of comprehensive historical data.
- Recommendation: Maintain detailed records and review long-term data to inform decisions.
- Use-It-or-Lose-It Tendency
- Example: Assuming surgical skills remain unchanged without regular practice.
- Recommendation: Regularly participate in training and simulations to keep skills up-to-date.
- Drug-Misinfluence Tendency
- Example: Underestimating the effects of postoperative analgesics.
- Recommendation: Carefully monitor medication use and adjust as needed.
- Senescence-Misinfluence Tendency
- Example: Resisting learning new surgical techniques due to age.
- Recommendation: Engage in continuous medical education and remain open to innovation.
- Authority-Misinfluence Tendency
- Example: Blindly following a senior colleague’s outdated practices.
- Recommendation: Question and validate all practices against current evidence and standards.
- Twaddle Tendency
- Example: Engaging in irrelevant discussions during surgical planning.
- Recommendation: Focus on relevant, evidence-based information.
- Reason-Respecting Tendency
- Example: Failing to explain the rationale behind surgical decisions to patients.
- Recommendation: Always provide clear, logical explanations to patients and their families.
- Lollapalooza Tendency
- Example: Multiple biases leading to a major error in patient care.
- Recommendation: Be vigilant about recognizing and mitigating multiple biases simultaneously.
- Tendency to Overweight Recent Information
- Example: Giving undue importance to the most recent piece of information received.
- Recommendation: Balance recent information with a thorough review of all relevant data.
Just as Charlie Munger highlights the importance of avoiding cognitive biases for effective decision-making, Zig Ziglar teaches us the significance of attitude and continuous improvement. For a digestive surgeon, applying these principles can transform clinical practice, leading to exceptional performance and superior patient care. Zig Ziglar said, “You don’t have to be great to start, but you have to start to be great.” Every step taken towards overcoming cognitive biases and adopting evidence-based practices is a step towards excellence. By recognizing and mitigating these 25 cognitive biases, you position yourself for an assistive performance that not only treats but truly cares for patients.
Recommendations from Zig Ziglar for Digestive Surgeons
- Believe in Yourself: “If you can dream it, you can achieve it.” Trust in your ability to learn and grow continually.
- Set Clear Goals: “A goal properly set is halfway reached.” Define clear objectives to enhance your skills and knowledge.
- Maintain a Positive Attitude: “Your attitude, not your aptitude, will determine your altitude.” Face challenges with a positive and resilient mindset.
- Learn from Every Experience: “Failure is an event, not a person.” Use every situation, good or bad, as a learning opportunity.
- Serve Others with Excellence: “You can have everything in life you want if you will just help enough other people get what they want.” Focus on patient well-being in all decisions.
By integrating Munger’s lessons and Ziglar’s motivational wisdom, you will not only become a better surgeon but also an inspiring leader and a true advocate for excellence in medicine. Remember always: “Success is doing the best we can with what we have.” Keep evolving, seeking knowledge, and above all, serving your patients with dedication and compassion. Together, let’s transform the practice of digestive surgery, one step at a time, towards the excellence our patients deserve.
O Estoicismo Cirúrgico
Aplicando Princípios Filosóficos na Prática Cirúrgica
O campo da cirurgia, especialmente no tratamento das doenças do aparelho digestivo, exige não apenas habilidades técnicas refinadas, mas também resiliência emocional e ética sólida. A prática cirúrgica, por sua natureza, envolve decisões difíceis, momentos de pressão extrema e desafios inesperados. Nesse contexto, os princípios do estoicismo, filosofia praticada por pensadores como Sêneca, Epicteto e o imperador Marco Aurélio, oferecem ferramentas valiosas para que o cirurgião enfrente a complexidade emocional e ética de sua profissão.

Neste artigo, direcionado a estudantes de medicina, residentes de cirurgia geral e pós-graduandos em cirurgia do aparelho digestivo, vamos explorar como os princípios estoicos podem ser aplicados à prática cirúrgica, promovendo não apenas a eficiência técnica, mas também a excelência ética. Abordaremos as virtudes estoicas que podem moldar o comportamento de um cirurgião, aprimorando sua capacidade de lidar com adversidades e tomar decisões sábias no centro cirúrgico.
1. Aceitação das Limitações: “Primum non nocere” em Ação
O princípio estoico de aceitar o que não pode ser mudado é fundamental para o cirurgião. Em um procedimento cirúrgico, o inesperado pode surgir a qualquer momento. O estoicismo ensina que devemos focar no que está sob nosso controle – nossas ações e reações – e aceitar com serenidade aquilo que foge ao nosso alcance, como complicações imprevistas ou resultados adversos. Essa atitude fortalece o cirurgião, permitindo-lhe manter a calma e a clareza mental em situações críticas.
“O que está no meu poder é como reajo ao que acontece. O resto está fora do meu controle.” – Marco Aurélio
2. A Virtude da Perseverança em Meio às Adversidades
A cirurgia, especialmente nas doenças do aparelho digestivo, frequentemente envolve longos procedimentos, altos níveis de complexidade e a necessidade de ajustes rápidos. O estoicismo valoriza a perseverança diante de dificuldades, uma virtude essencial para o cirurgião que deve persistir no cuidado dos pacientes, mesmo em cenários complicados. A capacidade de continuar com foco e determinação, mesmo em circunstâncias adversas, é o que distingue o cirurgião estoico.
“A adversidade é uma oportunidade para a virtude.” – Marco Aurélio
3. Disciplina e Autocontrole no Centro Cirúrgico
O autocontrole é uma das virtudes centrais do estoicismo, e no campo cirúrgico, é vital que o cirurgião mantenha o controle emocional durante procedimentos complexos. O estoicismo nos ensina a não sermos controlados por emoções passageiras, como medo ou frustração, mas sim a agir com racionalidade. No centro cirúrgico, isso se traduz em decisões conscientes e calculadas, que priorizam o bem-estar do paciente, mantendo a objetividade diante de situações estressantes.
“Não é o que acontece, mas como você reage que importa.” – Marco Aurélio
4. Justiça e a Importância de Tratar Todos os Pacientes com Equidade
Para o cirurgião, a justiça, outro pilar estoico, é essencial. Todo paciente, independentemente de sua condição socioeconômica, deve receber o mesmo nível de cuidado e atenção. A prática cirúrgica ética requer que o cirurgião trate cada paciente com equidade, aplicando os princípios da medicina de maneira justa, sem preconceitos ou favoritismos. O cirurgião estoico vê em cada paciente uma oportunidade de exercer a sua profissão com justiça e integridade.
“A justiça consiste em fazer o que é correto, não o que é popular.” – Marco Aurélio
5. Coragem e Resiliência na Tomada de Decisões Difíceis
A cirurgia muitas vezes exige coragem para tomar decisões difíceis, especialmente em situações de risco à vida do paciente. A filosofia estoica valoriza a coragem como uma virtude indispensável. Para o cirurgião, isso significa enfrentar com firmeza e clareza os dilemas éticos e clínicos, mesmo quando há incertezas. A coragem estoica permite que o cirurgião aja com confiança e serenidade, tomando decisões informadas e moralmente corretas, mesmo em momentos críticos.
“A coragem é a dignidade sob pressão.” – Marco Aurélio
Conclusão
A prática cirúrgica é muito mais do que um conjunto de habilidades técnicas; é uma arte que exige um equilíbrio entre conhecimento, ética e resiliência emocional. Ao adotar os princípios estoicos, o cirurgião pode enfrentar os desafios diários com serenidade, perseverança e justiça, sempre em busca do bem maior para seus pacientes. O estoicismo oferece uma base filosófica robusta para lidar com as pressões da vida cirúrgica, fortalecendo o profissional em sua jornada por excelência técnica e moral.
“A felicidade de sua vida depende da qualidade de seus pensamentos.” – Marco Aurélio
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The Surgical Coach (P7)
Importance of OR Etiquette and Professionalism
The NOTTS emphasizes the significance of operating room (OR) etiquette and the evolution of surgical culture towards a more respectful and collaborative environment. Key points include:
- Changing Dynamics in the OR: The historical reputation of surgeons as being arrogant or demeaning, engaging in hazing practices, or displaying disruptive behavior is no longer acceptable. Modern surgeons are expected to create an atmosphere of mutual respect, trust, and communication.
- Cultural Shift towards Respect and Safety: A culture of safety and respect in the OR correlates with improved patient outcomes. It also enhances team communication, fosters professionalism, and contributes to a positive educational experience for all involved.
- Introduction to OR Etiquette: The concept of “OR etiquette” is introduced as a code of conduct among professionals that governs how they act and work together. This is distinct from manners, which are specific behaviors reflecting attitudes toward others.
- Components of OR Etiquette: The chapter covers various aspects of OR etiquette, including communication skills, leadership and followership, giving and receiving feedback, and available programs for improving team communication and culture.
- Team Members in the OR:
- Private Practice Setting: An attending surgeon, possibly with one or more assistants, which may include a second attending surgeon, certified surgical assistant (CSA), or physician assistant (PA).
- Academic Setting: Assistants may include medical students, residents, or fellows. Fellows are fully trained surgeons undergoing additional subspecialty training.
- Learning Environment: Progressive autonomy is a crucial concept, allowing learners to take on more responsibilities based on their competency level.
- Preoperative Discussion: Clear communication between the surgeon and the team members before the operation is essential. This includes discussing roles, responsibilities, and educational goals for the case.
- Patient-Centered Approach: Team members are responsible for reviewing the patient’s case in detail, understanding medical history, current disease status, medications, and diagnostic studies. A shared mental model of the operative and postoperative plan is crucial.
- Intraoperative Focus: During the operation, the patient becomes the central focus. Each team member is expected to contribute to the progress of the operation and assist others in doing the same.
- Postoperative Care Discussion: After the operation, discussions should cover postoperative care aspects, such as pain management, dietary restrictions, venous thromboembolism prophylaxis, and prescription medications.
The series posts (The Surgical Coach) aims to guide professionals in developing a positive OR culture through adherence to etiquette, emphasizing teamwork, respect, and effective communication for improved patient outcomes and a better working environment.
The Surgical Coach (P6)
Promoting a Positive OR Environment: Manners and Etiquette
Maintaining a respectful and collaborative atmosphere in the operating room (OR) is crucial for effective teamwork and patient safety. The author outlines key manners and etiquette that contribute to a positive OR environment:
- Politeness: Being courteous and considerate in interactions with colleagues fosters a harmonious atmosphere.
- Respect: Treating everyone in the OR with respect, regardless of their role or position, is essential for teamwork.
- Humility: Remaining humble helps create a collaborative environment where everyone’s input is valued.
- Learning Names: Taking the time to learn and use the names of all team members enhances personal connections.
- Offering Help: Anticipating needs and offering assistance without being asked demonstrates a proactive and cooperative attitude.
- Asking for Help: Being willing to seek assistance when needed promotes a culture of mutual support.
- Expressing Gratitude: Thanking colleagues for their contributions acknowledges their efforts and encourages teamwork.
- Patient-Centered Focus: Keeping the patient at the center of all actions emphasizes the ultimate goal of providing quality care.
Avoiding Disruptive Behavior:
- Rude, disruptive, or disrespectful behavior is not tolerated.
- Avoid yelling, making sarcastic comments, or engaging in inappropriate jokes.
- Refrain from gossiping or denigrating others.
- When playing music, be considerate of others’ preferences, and turn it off during critical times like the initial time-out.
Social Media Etiquette in the OR:
- Stay professional when using social media in the OR.
- Avoid checking Facebook or Instagram during surgery.
- Exercise caution when posting online, as anything posted can be captured and spread.
- Refrain from posting identifiable patient information.
Effective Communication and Surgical Pause:
- Ongoing effective communication among the surgical team is crucial.
- Emphasizes the importance of the surgical pause or “time-out” to establish a shared mental model.
- Recommends using a structured checklist, such as the World Health Organization Surgical Safety Checklist, during the surgical pause.
- Highlights the checklist’s positive impact on reducing mortality, complications, and hospital length of stay.
- Encourages active engagement of all team members during the checklist process.
Customizing the Checklist:
- The surgical safety checklist can be modified by hospitals or services to include relevant items specific to their patient population.
- Designated leaders should review and discuss each item, ensuring that all team members are introduced and empowered to speak up if they identify potential safety concerns.
- Customization may include a debriefing section at the end of the case to address additional items relevant to the team’s specific practices.
In summary, promoting positive manners and etiquette, avoiding disruptive behavior, and utilizing effective communication tools contribute to a culture of safety and collaboration in the OR. The surgical safety checklist serves as a valuable tool when implemented with commitment and engagement from all team members.
Estabelecendo Conexões Essenciais 💬
Técnicas de Entrevista na Medicina: Estabelecendo Conexões Essenciais 💬
A relação médico-paciente é uma parte vital do cuidado cirúrgico. O vínculo entre o cirurgião e o paciente deve ser construído, mantido e valorizado. Boas técnicas de entrevista são fundamentais para estabelecer essa relação. O alicerce para uma boa entrevista advém de uma preocupação genuína com as pessoas. Embora existam habilidades de entrevista que podem ser aprendidas, a qualidade da interação pode ser aprimorada. Estudantes de medicina devem reconhecer seu papel especial no cuidado do paciente, não se envergonhando de sua posição e compreendendo que são membros eficazes da equipe. Pacientes frequentemente veem os estudantes de medicina como acessíveis, compartilhando detalhes que poderiam ocultar de membros mais seniores da equipe. O papel do estudante é descobrir as queixas médicas principais do paciente, realizar uma história e exame físico focalizados e apresentar os achados à equipe. Uma entrevista eficaz requer a comunicação sobre quem você é e como se encaixa na equipe. 🏥
Desafios da Entrevista na Medicina: Adaptando-se a Diferentes Ambientes 🌐
Entrevistar bem pode ser desafiador devido à variedade de ambientes, como sala de cirurgia, unidade de terapia intensiva, consultório particular, leito hospitalar, sala de emergência e ambulatório. Cada ambiente apresenta desafios únicos à comunicação eficaz. Para construir boas relações médico-paciente, cirurgiões ajustam seus estilos a cada ambiente e à personalidade e necessidades de cada paciente. Algumas regras básicas são comuns a todas as entrevistas profissionais. A primeira regra é deixar claro ao paciente que, durante a história e o exame, nada além de uma emergência de vida ou morte terá maior importância do que a interação entre o cirurgião e o paciente naquele momento. Este é o primeiro e melhor momento para conectar-se com o paciente. É crucial que o paciente compreenda que um cirurgião cuidadoso, conhecedor e dedicado será seu parceiro na jornada pelo tratamento de doenças cirúrgicas. O cirurgião deve observar outras regras, incluindo dar atenção adequada à aparência pessoal para transmitir uma imagem profissional que inspire confiança, estabelecer contato visual, comunicar interesse, calor e compreensão, ouvir de forma não julgadora, aceitar o paciente como pessoa, ouvir a descrição do problema do paciente e ajudar o paciente a se sentir confortável na comunicação. 👩⚕️👨⚕️
Primeiros Minutos: Estabelecendo uma Base Sólida 🤝
Ao receber o paciente em um ambiente ambulatorial, os primeiros minutos são dedicados a cumprimentar o paciente pelo nome formal, apertar as mãos, se apresentar e explicar o papel do cirurgião. A atenção à privacidade do paciente, ajustando o estilo de conversação e o vocabulário às necessidades do paciente, descobrindo a atitude do paciente em relação à clínica, conhecendo a ocupação do paciente e entendendo o que o paciente sabe sobre sua condição são passos fundamentais. A seguir, ocorre a exploração do problema, movendo-se de perguntas abertas para perguntas fechadas. Técnicas importantes incluem o uso de transições, fazer perguntas específicas e claras e reformular o problema para verificação. É crucial determinar se o paciente tem alguma pergunta. No final da entrevista, o cirurgião explica quais serão os próximos passos e que realizará um exame no paciente. Por fim, verifica-se se o paciente está confortável. 🌟
Diferenças nos Ambientes de Atendimento: Adaptação e Compreensão 🏨
As técnicas utilizadas em ambientes ambulatoriais são igualmente adequadas para encontros em ambientes hospitalares e de pronto-socorro. Geralmente, mais tempo é dedicado ao paciente nas entrevistas iniciais e subsequentes do que em um ambiente ambulatorial. Na entrevista inicial, os pacientes podem estar com dor, preocupados com problemas financeiros e ansiosos com a falta de privacidade ou dietas desagradáveis. Eles também podem ter dificuldade para dormir, sentir medo do tratamento ou se sentir impotentes. É importante comunicar gentil e confiantemente o propósito da entrevista e quanto tempo levará. O paciente não apenas escuta, mas também observa o comportamento e a vestimenta do médico. O ambiente também afeta a entrevista. Por exemplo, um ambiente apertado, barulhento e lotado pode afetar a qualidade da comunicação. Pacientes podem ter sentimentos negativos devido a insensibilidades por parte do médico ou de outras pessoas. É fundamental evitar falar com o paciente na entrada do quarto, dar ou receber informações pessoais em um ambiente lotado, falar sobre um paciente em um elevador ou em outro espaço público, ou falar com um paciente sem fechar a cortina em uma enfermaria. 🌆
Conclusão: Construindo Relações de Confiança na Medicina 🌐
Em resumo, dominar as técnicas de entrevista na medicina é essencial para construir relações sólidas entre médico e paciente. Os cirurgiões habilmente ajustam suas abordagens a diferentes ambientes e personalidades dos pacientes, aplicando regras básicas universais. Os primeiros minutos são cruciais para estabelecer uma base sólida, enquanto a exploração cuidadosa do problema requer uma transição de perguntas abertas para fechadas. Adaptações ao ambiente e compreensão das preocupações do paciente são vitais para uma comunicação eficaz. Ao incorporar essas técnicas, os médicos podem garantir que a interação médico-paciente seja centrada no paciente, transmitindo confiança e dedicação à jornada conjunta pelo tratamento. 👨⚕️🤝👩⚕️
Navigating Your Clinical Experience in Surgery
Transitioning to the Role as a Junior Member of the Surgical Health Care Team: Navigating Your Clinical Experience in Surgery
Embarking on your surgical clerkship is an immersive clinical journey that extends beyond aspiring surgeons. This experience is a valuable opportunity to refine essential clinical skills applicable to any medical specialty. As you progress in your medical career, encounters with patients requiring surgical intervention will be inevitable. The insights gained during your surgery clerkship will empower you to identify surgical diseases, understand the need for surgical consultations, and develop empathy for the emotional, physiological, and logistical aspects patients and their families may face during operations or consultations.
Approaching Your Role: A Shift in Learning Dynamics
As a seasoned learner in medical school, your entry into the health care team during your 3rd year marks a profound transition. The focus is no longer solely on memorization; it now involves understanding patients’ complaints and diseases. Balancing voluminous information, time constraints, and determining the depth of knowledge required for patient care present unique challenges. Successful clinical performance is influenced by various factors:
- Preparatory Coursework and Experience: Constructing new knowledge relies on existing foundations. Deep knowledge, especially in anatomy, facilitates a seamless connection between new information and prior understanding.
- Quality of Study Methods: Active learning demands taking responsibility for your education. Maintaining a disciplined study plan aligned with your learning style is essential.
- Organizational Skills: Successful learners adeptly manage time and priorities to avoid last-minute cramming, reducing stress.
- Motivation and Emotion: Enthusiasm and positive feelings toward content, team, and environment significantly impact the clerkship experience and how you are perceived by patients and the team.
- Physical Health: The link between physical well-being and effective learning underscores the importance of attending to personal health needs.
- Distractibility and Concentration Skills: Active engagement in learning, whether through reading or listening, is crucial for processing and translating information into meaningful knowledge.
Maximizing Your Learning: Strategies for Success
1. Prepare, Practice, and Review:
- Preparation: Activate prior knowledge by pre-reading about upcoming topics, enhancing comprehension, and fostering long-term memory.
- Practice: Actively engage in learning, take notes, and generate questions. Studies show that self-generated notes enhance retention.
- Review: Ongoing review, coupled with self-assessment using test questions, patient management problems, and creating personal tests, reinforces information.
2. Organize Your Knowledge:
- Get the Big Picture: Familiarize yourself with learning objectives, chapter headings, and subheadings before reading. Listing questions beforehand guides focused reading.
- Review Charts and Diagrams: Key information in charts and diagrams aids study. Testing yourself on missing information enhances understanding.
- Emphasize Integration: Relate new information to patient encounters, lectures, or images. Create mind maps to organize information and identify patterns.
3. Know Expectations and Thyself:
- Clarify your role and responsibilities by reviewing syllabus materials and seeking guidance from experienced peers, residents, or faculty.
- Define personal learning goals and learning style, being proactive in your approach to studying.
4. Ask! Ask! Ask!:
- Be persistent and assertive in seeking clarification, feedback, or assistance.
- Utilize the wealth of expertise within the surgical team, including nurses, physician assistants, pharmacists, social workers, and technicians.
Maximizing Your Emotional Intelligence: Strategies for Well-Being
1. Focus Forward with a Positive Attitude:
- Make decisions with a positive end in mind, maintaining situational awareness in varied scenarios.
- Cultivate open-mindedness, positive energy, and enthusiasm to contribute constructively to patient care and the team.
2. Set Goals and Celebrate Successes:
- Define short- and long-range goals, including personal, financial, and relationship goals.
- Document achievements, reinforcing a sense of accomplishment and self-confidence.
3. Promote a Supportive Learning Environment:
- Take responsibility for mistakes, learn from them, and foster trust within the team.
- Avoid negativity by steering clear of individuals with persistent negative attitudes or behaviors.
In conclusion, approach your surgery clerkship with a proactive mindset. Maximize both your intellectual capabilities and emotional intelligence to derive the utmost benefit from this transformative experience. Keep in mind the wisdom of John Wooden, emphasizing the importance of being the best version of yourself. This principle not only ensures success in your surgery clerkship but resonates throughout your medical journey.
Ortodoxia Cirúrgica
Embora “Ortodoxia” seja uma obra filosófica e teológica escrita por G.K. Chesterton, suas ideias podem ter algumas aplicações interessantes e reflexivas no cotidiano da cirurgia. Claro que a relação direta pode não ser evidente, mas certos princípios filosóficos podem fornecer perspectivas valiosas para os cirurgiões. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as ideias de “Ortodoxia” podem ser aplicadas no contexto cirúrgico:
- Valorizar o pensamento paradoxal: A cirurgia é uma disciplina complexa e muitas vezes ambígua, onde os médicos devem tomar decisões cruciais em situações desafiadoras. Valorizar o pensamento paradoxal pode ajudar os cirurgiões a considerar opções diversas e até opostas antes de tomar decisões importantes.
- Reconhecimento da complexidade humana: Chesterton destaca a importância de compreender a natureza complexa da realidade. No contexto cirúrgico, isso se traduz em tratar cada paciente como um indivíduo único, com suas próprias circunstâncias médicas, emocionais e sociais. Isso pode ajudar os cirurgiões a abordar cada caso com uma mente aberta e livre de preconceitos.
- Equilíbrio entre tradição e inovação: Assim como Chesterton valoriza a tradição cultural, os cirurgiões podem se beneficiar de uma abordagem equilibrada entre as técnicas tradicionais e as inovações médicas. Combinar o conhecimento estabelecido com as mais recentes pesquisas e tecnologias pode levar a melhores resultados para os pacientes.
- Enfrentar a incerteza: A cirurgia pode ser imprevisível, e os resultados nem sempre são garantidos. A ortodoxia de Chesterton nos encoraja a aceitar a incerteza e a enfrentar os desafios com coragem e confiança. Essa mentalidade pode nos ajudar a enfrentar situações complicadas e se adaptar a cenários imprevistos.
- Importância da ética e moralidade: Chesterton enfatiza a importância da moralidade e da virtude. Na cirurgia, esses princípios são essenciais para garantir a melhor qualidade de atendimento ao paciente, respeitando sempre a dignidade e os direitos humanos.
- Valorizar a imaginação: A imaginação é uma parte essencial do trabalho cirúrgico, permitindo aos médicos visualizar procedimentos, simular situações e pensar em soluções criativas. A capacidade de imaginar possibilidades pode ajudar os cirurgiões a planejar cuidadosamente cada intervenção.
Embora “Ortodoxia” não tenha sido escrito com o objetivo específico de se aplicar à cirurgia, as ideias e princípios contidos na obra podem inspirar uma reflexão mais profunda e nos guiar de forma mais consciente, sensível e equilibrada.
As virtudes cardinais cirúrgicas
A prática cirúrgica é uma forma de arte que exige habilidade técnica e precisão, mas vai além disso. Os cirurgiões não apenas dominam as técnicas e procedimentos, mas também são desafiados a aplicar virtudes cardinais em cada etapa do ato operatório. A diérese, exérese, hemostasia e síntese, as quatro fases cruciais da cirurgia, podem ser vistas como um reflexo das virtudes cardinais: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Vamos explorar como essas virtudes se manifestam na rotina de um cirurgião comprometido com o bem-estar dos pacientes.
Diérese (A Prudência como Guia) : A primeira etapa da cirurgia, a diérese, é o momento em que o cirurgião realiza uma incisão precisa para acessar o local a ser tratado. A prudência, virtude da sabedoria prática, entra em cena através do domínio da anatomia. O cirurgião deve avaliar cuidadosamente cada caso, analisar os riscos e tomar decisões fundamentadas. A prudência orienta a escolha das melhores abordagens cirúrgicas, levando em consideração a saúde geral do paciente, suas necessidades individuais e o objetivo final da intervenção.
Exérese (A Justiça na Busca pelo Equilíbrio): Na fase de exérese, o cirurgião remove tecidos ou estruturas comprometidas pela doença. Aqui, a justiça desempenha um papel essencial. O cirurgião deve agir com equidade, buscando remover apenas o que é necessário, sem excessos ou negligências. A justiça implica em tratar cada paciente com equidade, respeito e imparcialidade, levando em consideração os melhores interesses do indivíduo e buscando o bem comum. É um compromisso em garantir que o procedimento cirúrgico seja realizado com integridade e sempre em benefício do paciente.
Hemostasia (A Fortaleza para Enfrentar Desafios) : Durante a fase de hemostasia, o cirurgião aplica técnicas para controlar o sangramento e garantir um campo cirúrgico claro. Nesse momento, a fortaleza se faz presente. A cirurgia pode apresentar situações imprevistas, complicações ou momentos de grande pressão. A fortaleza permite ao cirurgião manter-se firme, agir com coragem diante de adversidades e tomar decisões rápidas, mas sábias, para proteger a vida e o bem-estar do paciente. A fortaleza é a virtude que impulsiona o cirurgião a enfrentar desafios com firmeza e superar obstáculos através de uma alma inabalável, mantendo durante todo o procedimento uma determinação com o melhor prognóstico do paciente.
Síntese (A Temperança na Busca do Equilíbrio Final) : A última etapa, a síntese, envolve a restauração da integridade do tecido por meio de suturas ou outros meios. Nesse momento, a temperança se revela. A temperança é a virtude que permite ao cirurgião exercer controle e moderação, evitando excessos e buscando a harmonia. A escolha adequada do material de sutura, a técnica precisa e o cuidado meticuloso são fundamentais. A temperança assegura que a finalização do ato operatório seja feita com prudência, justiça e fortaleza, considerando o bem-estar a longo prazo do paciente.
Logo, podemos concluir que a prática da cirurgia transcende a habilidade técnica e exige o cultivo das virtudes cardinais. A prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança tornam-se guias éticos para o cirurgião comprometido com o cuidado ao paciente. A diérese, exérese, hemostasia e síntese, cada uma refletindo uma virtude cardinal, são etapas cruciais em busca da excelência médica. Quando o cirurgião incorpora essas virtudes em sua rotina, ele se torna não apenas um técnico habilidoso, mas um verdadeiro médico que busca o bem-estar e a cura integral do paciente. A arte da cirurgia, assim, se revela não apenas como uma expressão de destreza manual, mas como uma expressão do cuidado compassivo e virtuoso que o médico oferece ao paciente.
Anatomia Cirúrgica da REGIÃO INGUINAL
A hérnia inguinal é uma condição comum que ocorre quando um órgão abdominal protraí através de uma fraqueza na parede abdominal na região abdominal. O orifício miopectineal é a principal área de fraqueza na parede abdominal onde a hérnia inguinal pode se desenvolver. O conhecimento da anatomia da parede abdominal é importante para entender a patofisiologia da hérnia inguinal e para ajudar no diagnóstico e tratamento dessa condição médica comum.
A Arte da Anatomia (EBook)
Desde a Antiguidade, os médicos, anatomistas e artistas se dedicaram a descrever e representar o corpo humano, por meio de desenhos, pinturas, esculturas e outras formas de representação artística. Com o passar dos séculos, houve uma evolução significativa na forma como as ilustrações anatômicas eram produzidas, desde as primeiras representações rudimentares até as ilustrações altamente detalhadas e realistas que temos hoje.
Boa Leitura!!!
Michelangelo Buonarroti
O Anatomista Renascentista
“A MEDICINA é a arte de manter a saúde e a vida, e a ARTE é a Medicina da alma.” – Platão
Michelangelo Buonarroti (1475-1564), um dos maiores mestres da arte ocidental, é amplamente conhecido por suas impressionantes esculturas e afrescos. Entretanto, sua contribuição para o estudo da anatomia humana também merece destaque. O genial artista florentino não se limitou apenas a criar obras de arte, mas também se dedicou ao estudo meticuloso do corpo humano, revelando uma compreensão que transcendeu sua época. A interseção entre arte e ciência é um tema fascinante, especialmente quando se considera a figura de Michelangelo Buonarroti, um dos maiores gênios da Renascença. Embora seja amplamente reconhecido por suas magníficas esculturas e afrescos, como o famoso “Davi” e a Capela Sistina, a profundidade de seu conhecimento anatômico é frequentemente subestimada. Este post explora como Michelangelo não apenas revolucionou a arte, mas também contribuiu para o entendimento da anatomia humana, influenciando práticas médicas e cirúrgicas que perduram até hoje.
Introdução
Nascido em uma família modesta em Florença, Michelangelo começou sua trajetória artística muito jovem. A fama chegou cedo com obras como a “Pietà” e o “David”, e seus afrescos na Capela Sistina continuam a ser um marco na arte ocidental. No entanto, menos conhecido é seu trabalho em anatomia, um campo que ele explorou de forma intensiva para aprimorar sua técnica artística e contribuir para o conhecimento médico da época. Nascido em 1475, Michelangelo começou sua formação artística sob a orientação de Domenico Ghirlandaio e Bertoldo di Giovanni. Desde jovem, ele se interessou pela anatomia, realizando dissecações de cadáveres no hospital do Mosteiro de Santo Spirito, em Florença. Essa prática, embora controversa na época, permitiu que ele adquirisse um conhecimento profundo da estrutura e função do corpo humano, que se refletiu em suas obras
Estudos Anatômicos
No início dos anos 1500, quando Michelangelo tinha cerca de 25 anos, ele iniciou seus estudos anatômicos. Em uma época em que a dissecação de cadáveres humanos era proibida pela Igreja Católica, Michelangelo obteve corpos de condenados à morte através do Hospital de Santa Maria Nuova, em Florença. A dissecação era permitida para fins de ensino médico em Florença, o que proporcionou a Michelangelo a oportunidade de estudar o corpo humano com detalhes.
A arte renascentista era marcada por um desejo de representar o corpo humano de maneira realista. Michelangelo, assim como seus contemporâneos, estudou a anatomia com rigor. O artista acreditava que “os membros da arquitetura dependem dos membros do homem”, enfatizando a importância do conhecimento anatômico para a criação artística. Ele fez moldes de músculos em diversas posturas, aplicando esse conhecimento em suas representações de figuras nuas, como os “ignudi” na Capela Sistina.
Michelangelo realizou suas dissecações em segredo, utilizando uma sala alugada próxima ao hospital e contando apenas com um ajudante de confiança. Ele estudou o corpo humano por aproximadamente 18 meses, realizando pelo menos duas dissecações completas: uma de um homem e outra de uma mulher. Durante esse período, fez centenas de desenhos e anotações detalhadas dos órgãos, ossos e músculos, proporcionando uma visão profunda e detalhada da anatomia humana.
Trabalhos Anatômicos
O conhecimento anatômico de Michelangelo não se limitou à arte; suas observações e dissecações influenciaram o entendimento da anatomia humana na medicina. Ele estudou não apenas a forma, mas também os movimentos e posturas do corpo, o que é essencial para cirurgiões e profissionais de saúde. As descrições detalhadas de músculos e ossos em suas obras oferecem insights valiosos que podem ser aplicados no campo cirúrgico, especialmente em procedimentos que envolvem a manipulação de estruturas musculoesqueléticas. Apesar de ter deixado poucos trabalhos anatômicos concluídos, os desenhos de Michelangelo são valiosos para a história da anatomia. Entre as principais obras anatômicas que ele produziu estão:
- Estudo para a Leda e o Cisne – Um desenho a carvão que representa uma figura feminina em uma pose que permite uma visualização detalhada da musculatura das costas, braços e pernas. Este estudo evidencia a habilidade de Michelangelo em capturar a complexidade dos músculos humanos.
- Estudo para o Braço Direito da Leda e o Cisne – Outro desenho a carvão que foca na musculatura do braço direito da figura feminina, mostrando a precisão com que Michelangelo abordava a anatomia dos membros.
- Desenho da Cabeça de Lutador – Um esboço que detalha a anatomia da cabeça e do pescoço de um lutador, revelando a complexidade dos músculos e tendões.
- Anatomia dos Músculos da Perna – Um desenho que exibe a musculatura da perna em diferentes ângulos, com atenção especial aos músculos da panturrilha, demonstrando a habilidade de Michelangelo em representar a anatomia com precisão.
- Anatomia da Cabeça – Uma série de desenhos que abordam diferentes aspectos da anatomia da cabeça, incluindo a musculatura facial e o crânio.
- Anatomia do Braço – Outra série de desenhos que mostram a musculatura do braço em variados ângulos, com destaque para os músculos do antebraço.
A Anatomia na Arte de Michelangelo
Michelangelo utilizou seu conhecimento anatômico para enriquecer suas obras artísticas, proporcionando uma representação extremamente realista do corpo humano. Sua habilidade em retratar músculos, veias e ossos com grande precisão não só embelezou suas esculturas, mas também demonstrou um profundo entendimento da anatomia. Michelangelo frequentemente incorporava elementos anatômicos em suas pinturas e esculturas de maneira que muitas vezes passavam despercebidos. Por exemplo, a forma do manto de Deus na Capela Sistina tem sido interpretada como uma representação do rim humano, enquanto a figura de São Bartolomeu no “Juízo Final” exibe uma pele esfolada que remete a dissecações. Essas representações não apenas demonstram seu domínio técnico, mas também refletem uma compreensão profunda da anatomia que era incomum para a época.
O Legado de Michelangelo
A influência de Michelangelo na medicina e na arte é inegável. Ele não apenas elevou a escultura e a pintura a novos patamares, mas também ajudou a estabelecer uma base para o estudo da anatomia que continuaria a evoluir nos séculos seguintes. Sua abordagem holística, que unia arte e ciência, continua a inspirar artistas e médicos contemporâneos.
Músculos e Veias
Michelangelo foi um mestre em retratar a musculatura e as veias com uma precisão que parecia quase sobre-humana. Em suas esculturas, como o “David”, ele conseguiu capturar a aparência dos músculos e veias de forma tão realista que quase parece que eles estão prestes a saltar da pedra. Seu uso detalhado da musculatura para transmitir força e vitalidade é um exemplo notável de como a arte pode ser usada para explorar a complexidade da forma humana.
Ossos e Órgãos Internos
A compreensão de Michelangelo da estrutura óssea e dos órgãos internos é igualmente impressionante. Em suas obras, ele retratou os ossos com uma precisão detalhada, especialmente notável na escultura “David”. Seus desenhos anatômicos mostram um entendimento profundo dos órgãos internos, como o coração e os pulmões, que eram detalhadamente representados e contribuiram para o conhecimento médico da época.
Detalhes Ocultos
Além das representações evidentes, Michelangelo também incluiu detalhes anatômicos mais sutis e ocultos em suas obras. Um exemplo é a escultura “Moisés”, onde ele esculpiu uma protuberância sob a barba do personagem que alguns acreditam ser uma nodulação, visível apenas com modernas técnicas de análise de imagem. Essas observações demonstram a atenção meticulosa de Michelangelo aos detalhes anatômicos, indo além do que era visível a olho nu.
Legado
A dedicação de Michelangelo ao estudo da anatomia não só aprimorou suas habilidades artísticas, mas também fez contribuições significativas ao conhecimento médico. Seus desenhos anatômicos e sua abordagem detalhada da estrutura humana abriram novos caminhos para a compreensão da forma humana e tiveram um impacto duradouro na arte e na Medicina. Sua abordagem interdisciplinar mostra como a arte e a ciência podem se entrelaçar para expandir nosso entendimento do corpo humano e melhorar a prática médica. Michelangelo nos deixou um legado que continua a influenciar tanto artistas quanto médicos, demonstrando que a busca pelo conhecimento é uma jornada que transcende disciplinas.
“A anatomia é a ciência que nos ensina a conhecer a natureza do homem, e é indispensável para quem quer entender a arte de curar.” – Hippocrates, médico grego.
Conclusão
Michelangelo Buonarroti não foi apenas um artista extraordinário, mas também um anatomista renascentista cuja compreensão da estrutura humana foi avançada para sua época. Seus estudos anatômicos não apenas enriqueceram suas obras de arte, mas também contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento médico. O impacto de seu trabalho é um exemplo brilhante de como a paixão pela arte e pela ciência pode gerar descobertas significativas e inspiradoras.
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Specific Competence of Surgical Leadership
Surgeons are uniquely prepared to assume leadership roles because of their position in the operating room (OR). Whether they aspire to the title or not, each and every surgeon is a leader, at least within their surgical team. Their clinical responsibilities offer a rich variety of interpretations that prepare them for a broader role in health care leadership. They deal directly with patients and their families, both in and out of the hospital setting, seeing a perspective that traditional health care administrative leaders rarely experience. They work alongside other direct providers of health care, in varied settings, at night, on weekends, as well as during the typical workday. They understand supply-chain management as something more than lines on a spreadsheet.
The Challenges for a Surgical Leader
Surgeons prefer to lead, not to be led. Surgical training has traditionally emphasized independence, self-reliance, and a well-defined hierarchy as is required in the OR. However, this approach does not work well outside the OR doors. With colleagues, nurses, staff, and patients, they must develop a collaborative approach. Surgeons are entrusted with the responsibility of being the ultimate decision maker in the OR. While great qualities in a surgeon in the OR, it hinders their interactions with others. They have near-absolute authority in the OR, but struggle when switching to a persuasive style while in committees and participating in administrative activities. Most surgeons do not realize they are intimidating to their patients and staff. With patients, a surgeon needs to be empathetic and a good listener. A surgeon needs to slow the pace of the discussion so that the patient can understand and accept the information they are receiving. As perfectionists, surgeons demand a high level of performance of themselves. This sets them up for exhaustion and burnout, becoming actively disengaged, going through the motions, but empty on the inside. Given the many challenges surgeons face, it is difficult for them to understand the leadership role, given its complex demands.
Specific Competencies
Authority
Although teams and all team members provide health care should be allowed input, the team leader makes decisions. The leader must accept the responsibility of making decisions in the presence of all situations. They will have to deal with conflicting opinions and advice from their team, yet they must accept that they will be held accountable for the performance of their team. The surgeon–leader cannot take credit for successes while blaming failures on the team. Good teamwork and excellent communication do not relieve the leader of this responsibility.
Leadership Style
A surgeon often has a position of authority based on their titles or status in an organization that allows them to direct the actions of others. Leadership by this sort of mandate is termed “transactional leadership” and can be successful in accomplishing specific tasks. For example, a surgeon with transactional leadership skills can successfully lead a surgical team through an operation by requesting information and issuing directives. However, a leader will never win the hearts of the team in that manner. The team will not be committed and follow through unless they are empowered and feel they are truly heard. A transformational leader is one who inspires each team member to excel and to take action that supports the entire group. If the leader is successful in creating a genuine atmosphere of cooperation, less time will be spent giving orders and dealing with undercurrents of negativity. This atmosphere can be encouraged by taking the time to listen and understand the history behind its discussion. Blame should be avoided. This will allow the leader to understand the way an individual thinks and the group processes information to facilitate the introduction of change. While leadership style does not guarantee results, the leader’s style sets the stage for a great performance. At the same time, they should be genuine and transparent. This invites the team members to participate, creating an emotional connection. Leaders try to foster an environment where options are sought that meet everyone’s desires.
Conflict Management
Conflict is pervasive, even in healthy, well-run organizations and is not inherently bad. Whether conflict binds an organization together or divides it into factions depends on whether it is constructive or destructive. A good leader needs to know that there are four essential truths about conflict. It is inevitable, it involves costs and risks, the strategies we develop to deal with the conflict can be more damaging than the conflict itself, and conflict can be permanent if not addressed. The leader must recognize the type of conflict that exists and deal with the conflict appropriately. Constructive discussion and debate can result in better decision making by forcing the leader to consider other ideas and perspectives. This dialog is especially helpful when the leader respects the knowledge and opinions of team members with education, experience, and perspective different from the leader’s. Honesty, respect, transparency, communication, and flexibility are all elements that a leader can use to foster cohesion while promoting individual opinion. The leader can create an environment that allows creative thinking, mutual problem solving, and negotiation. These are the hallmarks of a productive conflict. Conflict is viewed as an opportunity, instead of something to be avoided.
Communication Skills
Communication is the primary tool of a successful leader. On important topics, it is incumbent on the leader to be articulate, clear, and compelling. Their influence, power, and credibility come from their ability to communicate. Research has identified the primary skills of an effective communicator. They are set out in the LARSQ model: Listening, Awareness of Emotions, Reframing, Summarizing, and Questions. These are not set in a particular order, but rather should move among each other freely. In a significant or critical conversation, it is important for a leader to listen on multiple levels. The message, body language, and tone of voice all convey meaning. You cannot interrupt or over-talk the other side. They need an opportunity to get their entire message out. Two techniques that enhance listening include pausing and the echo statement. Pausing before speaking allows the other conversant time to process what they have said to make sure the statement is complete and accurate. Echo statements reflect that you have heard what has been said and focuses on a particular aspect needing clarification. Good listening skills assure that the leader can get feedback that is necessary for success.
Vision, Strategy, Tactics, and Goals
One of the major tasks of a leader is to provide a compelling vision, an overarching idea. Vision gives people a sense of belonging. It provides them with a professional identity, attracts commitment, and produces an emotional investment. A leader implements vision by developing strategy that focuses on specific outcomes that move the organization in the direction of the vision. Strategy begins with sorting through the available choices and prioritizing resources. Through clarification, it is possible to set direction. Deficits will become apparent and a leader will want to find new solutions to compensate for those shortfalls. For example, the vision of a hospital is to become a world class health care delivery system. Strategies might include expanding facilities, improving patient satisfaction, giving the highest quality of care, shortening length of hospital stay with minimal readmissions, decreased mortality, and a reduction in the overall costs of health care. Tactics are specific behaviors that support the strategy with the aim to achieve success. Tactics for improving patient satisfaction may include reduced waiting time, spending more time with patients, taking time to communicate in a manner that the patient understands, responding faster to patient calls, etc. These tactics will then allow a leader to develop quantitative goals. Patient satisfaction can be measured. The surgical leader can then construct goals around each tactic, such as increasing satisfaction in specific areas. This information allows a surgical leader to identify barriers and they can take steps to remedy problem areas. This analysis helps a leader find the weakest links in their strategies as they continue toward achieving the vision.
Change Management
The world of health care is in continuous change. The intense rate of political, technical, and administrative change may outpace an individual’s and institution’s ability to adapt. Twenty-first century health care leaders face contradictory demands. They must navigate between competing forces. Leaders must traverse a track record of success with the ability to admit error. They also must maintain visionary ideas with pragmatic results. Individual accountability should be encouraged, while at the same time facilitating teamwork. Most leaders do not understand the change process. There are practical and psychological aspects to change. From an institutional perspective, we know that when 5% of the group begins to change, it affects the entire group. When 20% of a group embraces change, the change is unstoppable.
Succession Planning and Continuous Learning
An often-overlooked area of leadership is planning for human capital movement. As health care professionals retire, take leaves of absences, and move locations, turmoil can erupt in the vacuum. Leaders should regularly be engaging in activities to foster a seamless passing of institutional knowledge to the next generation. They also should seek to maintain continuity to the organization. Ways to accomplish this include senior leaders actively exposing younger colleagues to critical decisions, problem solving, increased authority, and change management. Leaders should identify promising future leaders, give early feedback for areas of improvement, and direct them toward available upward career tracks. Mentoring and coaching help prepare the younger colleagues for the challenges the institution is facing. Teaching success at all levels of leadership helps create sustainable high performance.
Aula de Anatomia do Dr Nicolaes Tulp (1632)
O valor da obra “A Aula de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp” é incalculável, pois ela pertence ao acervo do Mauritshuis, em Haia, na Holanda, e é considerada uma das mais importantes e valiosas obras do museu. Além disso, a pintura é uma das mais famosas obras de Rembrandt e uma das mais importantes do período Barroco holandês. Por isso, é considerada uma obra-prima da arte ocidental e tem um valor histórico, artístico e cultural inestimável. Embora não haja um valor monetário exato para a pintura, pode-se dizer que é uma das obras mais valiosas e procuradas do mundo da arte, tanto pelo seu significado histórico quanto pela sua qualidade artística.
“A Aula de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp” é uma pintura a óleo sobre tela, criada por Rembrandt van Rijn em 1632. A obra mede 169,5 cm x 216,5 cm e está atualmente exposta no Mauritshuis, em Haia, na Holanda. A composição da pintura apresenta um grupo de homens em torno de uma mesa de dissecação, liderados pelo médico Nicolaes Tulp, que está realizando uma demonstração de anatomia. O corpo sendo dissecado é o de um criminoso enforcado chamado Aris Kindt. A composição apresenta uma disposição simétrica e organizada das figuras em torno da mesa, com Tulp no centro da imagem.
A luz na pintura é focada no corpo sendo dissecado, destacando-o em relação ao fundo escuro da sala. A técnica de chiaroscuro usada por Rembrandt acentua o realismo e o drama da cena. As figuras são pintadas em tons de marrom, cinza e preto, com destaques de branco. A obra apresenta detalhes precisos e realistas da anatomia do corpo, bem como das ferramentas médicas utilizadas na dissecação. O corpo do criminoso apresenta uma ferida na cabeça e uma perna amputada, o que sugere que ele pode ter sido executado por um crime violento.
No canto inferior direito da pintura, há um livro aberto com o título “Spiegel der Konst” (“Espelho da Arte”), um tratado de anatomia escrito por Adriaan van de Spiegel e utilizada pelos médicos da época. Em geral, a “Aula de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp” é uma obra-prima devido à sua técnica precisa e detalhada, bem como à sua habilidade em transmitir um senso de realismo e drama. A pintura é considerada uma das obras mais importantes do período Barroco holandês e é frequentemente citada como um exemplo do estilo de pintura de Rembrandt.
A seguir estão algumas das características artísticas e estéticas da obra:
- Composição: A pintura apresenta uma composição equilibrada e organizada, com as figuras dos membros da guilda cirúrgica em torno da mesa de dissecação centralizada.
- Luz e Sombra: Rembrandt usa uma técnica conhecida como chiaroscuro, ou contraste entre luz e sombra, para dar profundidade e dimensão à cena. A luz focaliza no cadáver e no médico principal, destacando-os do fundo escuro.
- Realismo: A pintura é altamente realista, mostrando detalhes precisos das ferramentas cirúrgicas, do cadáver e das expressões dos personagens.
- Cores: O uso limitado de cores em tons de marrom e cinza dá à pintura uma atmosfera austera e solene.
- Simbolismo: A pintura inclui vários elementos simbólicos, como a presença de uma coruja, que representa sabedoria, e a posição da mão do cadáver, que simboliza a morte.
- Técnica: A pintura foi executada com uma técnica de pincelada solta e fluida, que enfatiza a textura e a superfície da pintura.
Em geral, a “Aula de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp” é considerada uma obra-prima devido à sua habilidade técnica e sua capacidade de transmitir um senso de realismo e drama. A pintura é considerada uma das obras mais importantes do período Barroco holandês e é frequentemente citada como um exemplo do estilo de pintura de Rembrandt.
“Not Only SURGEONS…”
SURGERY, A NOBLE PROFESSION
Surgery is, indeed, one of the noblest of professions. Here is how Dictionary defines the word noble: 1) possessing outstanding qualities such as eminence, dignity; 2) having power of transmitting by inheritance; 3) indicating superiority or commanding excellence of mind, character, or high ideals or morals. These three attributes befit the profession of surgery. Over centuries, the surgical profession has set the standards of ethical and humane practice. Surgeons have made magnificent contributions in education, clinical care, and science. Their landmark accomplishments in surgical science and innovations in operative technique have revolutionized surgical care, saved countless lives, and significantly improved longevity and the quality of human life. Generations of surgeons have developed their craft and passed it on to succeeding generations, as they have to me and to each one of you, to take into the future.
Beyond its scientific and technical contributions, surgery is uniquely fulfilling as a profession. It has disciplined itself over the centuries and dedicated its practice to the best welfare of all human beings. In return, it has been accorded the respect of society, of other professions, and of policy makers. Its conservative stance has served it well and has been the reason for its constancy and consistency. At the beginning of the 21st century, however, profound changes are taking place at all levels and at a dizzying pace, providing both challenges and opportunities to the surgical profession. These changes are occurring on a global level, on the national level, in science and technology, in healthcare, and in surgical education and practice.
To retain its leadership position in innovation and its attractiveness as a career choice for students, surgery must evolve with the times. It is my belief that surgery needs to introduce changes to create new priorities in clinical practice, education, and research; to increase the morale and prestige of surgeons; and to preserve general surgery as a profession. I am reminded of a Chinese aphorism that says, “You cannot prevent the birds of unhappiness from flying over your head, but you can prevent them from building a nest in your hair.”
ADVANCES IN SCIENCE
The coalescence of major advances in science and technology made the end of the 20th century unique in human history. Notable among the achievements are the development of microchips and miniaturization, which fueled the explosion in information technology. The structure of the human genome is nearly completely elucidated, ushering in the genomic era in which genetic information will be used to predict, on an individual basis, susceptibility to disease and responsiveness to drug therapy. The field of nanotechnology allows scientists to work at a resolution of less than one nanometer, the size of the atom. By comparison, the DNA molecule is 2.5 nanometers.
In the last 50 years, biomedical research became increasingly reductionist, turning physiologists and anatomists into molecular biologists. As a result, two basic science fields—integrative physiology and gross anatomy—now have a lower standing in medical education and surgical science than they once did. Surgery and surgical departments can and possibly should claim these fields, but the window of opportunity is narrow. Research is now moving back from discipline-based reductionist science to multidisciplinary science of complexity, in which biomedical scientists work side by side with engineers, mathematicians, and bioinformatists. The ability of high-speed computers to quickly process tens of millions of pieces of data now allows for data-driven rather than hypothesis-based research. This collaboration among different disciplines has already been successful.
TRANSFORMATION OF HEALTHCARE SYSTEM
During the past 75 years, we have seen the entire healthcare system undergo a profound transformation. In the 1930s and for a considerable period thereafter, medical practice was fee-for-service, the doctor–patient relationship was strong, and the physician perceived himself or herself as being responsible nearly exclusively to his or her individual patients. The texture of medical practice started to change when the federal government became involved in the provision of healthcare in 1965. The committee on “Crossing the Quality Chasm” identified six key attributes of the 21st-century healthcare system. It must be:
- Safe, avoiding injuries to patients;
- Effective, providing services based on scientific knowledge;
- Patient-oriented, respectful of and responsive to individual patients’ needs, values, and preferences;
- Timely, reducing waits, eliminating harmful delays for both care receiver and caregiver;
- Efficient, avoiding wasted equipment, supplies, ideas, and energy;
- Equitable, providing equal care across genders, ethnicities, geographic locations, and socioeconomic strata;
No one knows at present what this 21st-century healthcare system will look like. While care in the old system was reactive, in the new system it will be proactive. The “find it, fix it” approach of the old system will be replaced by a “predict it, prevent it, and if you cannot prevent it, fix it” approach. Sporadic intervention, provided only when patients present with illness, will give way to a system in which physicians and other healthcare providers plan 1-, 5-, and 10-year care programs for each patient. Care will be more interactive, with patients taking a more important role in their own care. The technology-oriented system will become a system that provides graded intervention. Delivery systems will not be fractionated but integrated. Even more importantly, care will not be based simply on experience and clinical impression but on evidence of proven outcome measures. If the old system was cost-insensitive, the new system will be cost-sensitive.
SURGICAL PRACTICE
There are many reasons for the declining interest in general surgery, some of which parallel reasons for the drop in medical school applicants in general. One problem specific to surgery is that medical students are given less and less exposure to surgery, due to the shortening of required surgical rotations. Most important, however, is their perception that the life of the surgical resident is stressful, the work hours too long, and the time for personal and family needs inadequate. The workload of the surgical resident over the years has increased significantly both in amount and intensity, without concomitant increase in the number of residents and at a time when hospitals have significantly reduced the support personnel on the surgical ward and in the operating rooms. Students graduating with debts close to $100,000 simply find the years of training in surgery too long, followed by uncertain practice income after graduation.
From several recent studies, lifestyle is the critical and most pressing issue in surgical residency. Some studies have also shown that the best students tend to select specialties that provide controllable lifestyles, such as radiology, dermatology, and ophthalmology. We have a problem not only in the declining number of students applying for surgical training but also in the declining quality of those who do apply. In a preliminary survey of 153 responding general surgery programs, we found that attrition (i.e., categorical residents leaving the training programs) occurred at a rate of 13% to 19% in the last 5 years. In 2001, 46% of those leaving general surgery training programs cited lifestyle as the major reason.
Unless these trends are reversed, general surgery as a specialty is threatened, and a future shortage of general surgeons is inevitable. I know that the Council of the American Surgical Association is most concerned about the crisis in general surgery. We must do a better job of communicating to students and residents that the practice of surgery is as rewarding as ever and full of opportunities in this new era. Innovations in minimal access and computer-assisted surgery and simulation technology provide exciting new possibilities in surgical training. We must also look very carefully at the demands of surgical residency and improve the life of residents without compromising their surgical experience. Unless we deal with work hours and quality of life issues, we are likely to see continuing decline in the interest of medical students in surgical training.
CONCLUSIONS
In conclusion, the noble profession of surgery must rise to meet numerous challenges as the world in which it operates continues to undergo profound change. These challenges represent opportunities for the profession to develop an international perspective and a global outreach and to address the growing needs of an aging population undergoing major demographic and workforce shifts. The leadership of American surgery has a unique role to play in the formulation of a new healthcare system for the 21st century. This task will require commitment to quality of care and patient safety, and it will depend on harnessing the trust and support of the American public. Advances in science and technology—particularly in minimal access surgery, robotics, and simulation technology—provide unprecedented opportunity for surgeons to continue to make landmark contributions that will improve surgical care and the human condition. I believe it is also crucially important that we train surgeon-scientists who will keep surgery at the cutting edge in the genomic and bioinformatics era. Ours is a noble profession imbued with eminence, dignity, high ideals, and ethical values. It has a rich and proud heritage… and I quote, “The highest intellects, like the tops of mountains, are the first to catch and reflect the dawn.”
Source: Lecture from Haile T. Debas, MD (UCSF School of Medicine, San Francisco, California) Presented at the 122nd Annual Meeting of the American Surgical Association, April 25, 2002, The Homestead, Hot Springs, Virginia.
História da Anatomia Humana
Atualmente, o conhecimento da anatomia se junta a um universo de outros conhecimentos que, não menos importantes, vão se somando e contribuindo de forma muito rápida para o desenvolvimento científico, para a melhoria da qualidade de vida e para a maior longevidade do ser humano. A anatomia e a medicina são ciências distintas, porém não há como separar a história de ambas. Estão ligadas intimamente e por muito tempo sendo que, na antiguidade, foram tratadas como uma só história. Ana, em partes; tome, cortar. O termo anatomia, de origem grega, significa “cortar em partes”. Antigamente referia-se ao ato de explorar as estruturas do corpo humano por uso de instrumentos cortantes como anatomizar, hoje substituído pela palavra dissecar. E foi a dissecção de cadáveres humanos que serviu como método de estudo para o entendimento da estrutura e função do corpo humano durante vários séculos. Devido ao incessante trabalho de centenas de anatomistas dedicados ao aprendizado e evolução do conhecimento acerca do corpo humano, e suas de funções, é que hoje nós, estudantes, podemos aprender e familiarizar com os termos anatômicos utilizados para designar cada estrutura dessa engenhosa “máquina” que é o ser humano. Grande parte dos termos que compõe a linguagem anatômica é de procedência grega ou latina. Latim era a língua do império romano, época em que o interesse nas descrições científicas foi cultivado. No passado, a anatomia humana era acadêmica, ciência puramente descritiva, interessada principalmente em identificar e dar nomes às estruturas do corpo. Embora a dissecção e descrição formem a base da anatomia, a importância desta, hoje, está em sua abordagem funcional e nas aplicações clínicas, de forma a entender o desempenho físico e a saúde do corpo.
A especialização e a busca pela excelência

“Onde quer que a arte de curar é amada, também há um amor pela humanidade.” — Hipócrates
A especialização em órgãos e o volume de casos têm sido temas centrais nos últimos anos, revelando uma relação direta entre alto volume de procedimentos e melhores desfechos, conforme evidenciado pela literatura recente. Estudos mostram que a concentração de procedimentos de alto risco, como esofagectomias, pancreatectomias e ressecções hepáticas, em centros especializados pode reduzir significativamente a mortalidade pós-operatória anual. Embora procedimentos como tireoidectomias e ressecções do cólon mostrem um efeito semelhante, mas em menor escala, a redução da mortalidade pós-operatória em 5% pode ser tão eficaz quanto tratamentos adjuvantes tóxicos e deve ser uma prioridade na busca pela mais alta qualidade em cirurgia oncológica e digestiva. Além da redução da morbidade e mortalidade, há evidências de que a especialização pode levar a melhores resultados funcionais e financeiros. Às vezes, a atenção excessiva aos números anuais obscurece o fato de que hospitais menores, com equipes dedicadas, também podem alcançar bons resultados. É provável que não apenas o volume, mas também o treinamento e a especialização resultem em melhores desfechos. Definir um número absoluto de casos pode ser improdutivo e desviar a atenção de fatores essenciais, como reuniões multidisciplinares organizadas, infraestrutura adequada e disponibilidade de técnicas modernas.
O Foco na Otimização do Processo
O foco deve ser direcionado para a análise e otimização de todo o processo de diagnóstico e tratamento, já que este processo pode colocar o paciente em grave risco, especialmente durante o período hospitalar. A prevenção de erros tem recebido atenção significativa, levando ao surgimento do conceito de segurança do paciente. Desde a publicação do relatório To Err Is Human pelo Institute of Medicine, a abordagem para erros mudou drasticamente.
Em vez de focar exclusivamente no indivíduo, a abordagem sistêmica considera as condições em que as pessoas trabalham e tenta construir defesas para mitigar os efeitos dos erros. O modelo de queijo suíço ilustra bem essa abordagem: várias camadas de defesa, cada uma com suas falhas, são colocadas em torno de um procedimento. As falhas ativas e condições latentes criam buracos em cada camada. Em vez de apenas fechar os buracos na última camada de defesa, redesenhar o processo e fechar um buraco em uma camada anterior pode ser mais eficaz.
A análise de causa raiz é essencial para identificar pontos fracos no procedimento. Um exemplo é a colocação incorreta de uma colostomia após uma resseção abdominoperineal. Em vez de culpar o residente por não selecionar a posição correta durante a cirurgia ou marcar o ponto errado no dia anterior, uma solução mais eficaz seria o treinamento adequado do junior ou a marcação do ponto certo por um terapeuta de estomas durante a clínica ambulatorial.
A marcação do local correto no corpo tornou-se uma medida de segurança e o paciente deve ser instruído a exigir essa prática para sua própria segurança. É crucial eliminar a cultura de ‘culpa e vergonha’ e promover um ambiente mais aberto, onde erros e quase erros possam ser relatados. O clima de segurança em um departamento cirúrgico pode ser medido de forma validada e é um elemento essencial para uma cultura onde a segurança do paciente possa prosperar.
O Cuidado com os Detalhes e a Otimização de Resultados
A atenção meticulosa a cada detalhe durante o período pré-operatório e clínico pode reduzir eventos adversos. O que é chamado de “primeira vez em risco” deve ser considerado. Há também exemplos de ações para otimizar resultados que são mais específicas para o câncer. Por exemplo, o uso de técnicas que estimulam a cicatrização de feridas após uma resseção abdominoperineal, como a omentoplastia ou o retal abdominal flap, pode evitar atrasos no tratamento adjuvante para câncer retal.
A atenção cuidadosa à cicatrização de feridas em sarcoma pode evitar o adiamento da necessária radioterapia adjuvante. Omissão de uma tomografia computadorizada com contraste contendo iodo no diagnóstico de câncer de tireoide pode possibilitar um tratamento radioativo com iodo mais precoce, resultando em possíveis melhores resultados. A coleta de um número suficiente de linfonodos em câncer de cólon pode evitar discussões sobre a indicação de quimioterapia adjuvante.
A maioria dos exemplos de segurança do paciente no período clínico está relacionada ao uso ótimo de tratamento multimodal ou aos efeitos gerais da cirurgia. Às vezes, é necessário equilibrar o risco de aceitar um procedimento cirúrgico mais extenso, com uma morbidade mais alta, para alcançar um melhor resultado a longo prazo. O oposto também é possível, quando um bom resultado de curto prazo de uma excisão local em câncer retal deve ser equilibrado com uma maior taxa de recorrência local. A garantia de qualidade para todas as disciplinas participantes (diagnósticas e terapêuticas) é um elemento chave na configuração de ensaios clínicos prospectivos e randomizados.
“A prática é a maior professora, e o mais sábio cirurgião é aquele que aprende a valorizar o conhecimento não apenas pela sua acumulação, mas pela sua aplicação.” — William Osler
Pringle Maneuver

After the first major hepatic resection, a left hepatic resection, carried out in 1888 by Carl Langenbuch, it took another 20 years before the first right hepatectomy was described by Walter Wendel in 1911. Three years before, in 1908, Hogarth Pringle provided the first description of a technique of vascular control, the portal triad clamping, nowadays known as the Pringle maneuver. Liver surgery has progressed rapidly since then. Modern surgical concepts and techniques, together with advances in anesthesiological care, intensive care medicine, perioperative imaging, and interventional radiology, together with multimodal oncological concepts, have resulted in fundamental changes. Perioperative outcome has improved significantly, and even major hepatic resections can be performed with morbidity and mortality rates of less than 45% and 4% respectively in highvolume liver surgery centers. Many liver surgeries performed routinely in specialized centers today were considered to be high-risk or nonresectable by most surgeons less than 1–2 decades ago.Interestingly, operative blood loss remains the most important predictor of postoperative morbidity and mortality, and therefore vascular control remains one of the most important aspects in liver surgery.
“Bleeding control is achieved by vascular control and optimized and careful parenchymal transection during liver surgery, and these two concepts are cross-linked.”
First described by Pringle in 1908, it has proven effective in decreasing haemorrhage during the resection of the liver tissue. It is frequently used, and it consists in temporarily occluding the hepatic artery and the portal vein, thus limiting the flow of blood into the liver, although this also results in an increased venous pressure in the mesenteric territory. Hemodynamic repercussion during the PM is rare because it only diminishes the venous return in 15% of cases. The cardiovascular system slightly increases the systemic vascular resistance as a compensatory response, thereby limiting the drop in the arterial pressure. Through the administration of crystalloids, it is possible to maintain hemodynamic stability.

In the 1990s, the PM was used continuously for 45 min and even up to an hour because the depth of the potential damage that could occur due to hepatic ischemia was not yet known. During the PM, the lack of oxygen affects all liver cells, especially Kupffer cells which represent the largest fixed macrophage mass. When these cells are deprived of oxygen, they are an endless source of production of the tumour necrosis factor (TNF) and interleukins 1, 6, 8 and 10. IL 6 has been described as the cytokine that best correlates to postoperative complications. In order to mitigate the effects of continuous PM, intermittent clamping of the portal pedicle has been developed. This consists of occluding the pedicle for 15 min, removing the clamps for 5 min, and then starting the manoeuvre again. This intermittent passage of the hepatic tissue through ischemia and reperfusion shows the development of hepatic tolerance to the lack of oxygen with decreased cell damage. Greater ischemic tolerance to this intermittent manoeuvre increases the total time it can be used.
The century of THE SURGEONS
Surgery is a profession defined by its authority to cure by means of bodily invasion. The brutality and risks of opening a living person’s body have long been apparent, the benefits only slowly and haltingly worked out. Nonetheless, over the past two centuries, surgery has become radically more effective, and its violence substantially reduced — changes that have proved central to the development of mankind’s abilities to heal the sick.
Consider, for instance, amputation of the leg.
The procedure had long been recognized as lifesaving, in particular for compound fractures and other wounds prone to sepsis, and at the same time horrific. Before the discovery of anesthesia, orderlies pinned the patient down while an assistant exerted pressure on the femoral artery or applied a tourniquet on the upper thigh.
Surgeons using the circular method proceeded through the limb in layers, taking a long curved knife in a circle through the skin first, then, a few inches higher up, through the muscle, and finally, with the assistant retracting the muscle to expose the bone a few inches higher still, taking an amputation saw smoothly through the bone so as not to leave splintered protrusions. Surgeons using the flap method, popularized by the British surgeon Robert Liston, stabbed through the skin and muscle close to the bone and cut swiftly through at an oblique angle on one side so as to leave a flap covering the stump.
The limits of patients’ tolerance for pain forced surgeons to choose slashing speed over precision. With either the flap method or the circular method, amputation could be accomplished in less than a minute, though the subsequent ligation of the severed blood vessels and suturing of the muscle and skin over the stump sometimes required 20 or 30 minutes when performed by less experienced surgeons.
No matter how swiftly the amputation was performed, however, the suffering that patients experienced was terrible. Few were able to put it into words. Among those who did was Professor George Wilson. In 1843, he underwent a Syme amputation — ankle disarticulation — performed by the great surgeon James Syme himself. Four years later, when opponents of anesthetic agents attempted to dismiss them as “needless luxuries,” Wilson felt obliged to pen a description of his experience:
“The horror of great darkness, and the sense of desertion by God and man, bordering close on despair, which swept through my mind and overwhelmed my heart, I can never forget, however gladly I would do so. During the operation, in spite of the pain it occasioned, my senses were preternaturally acute, as I have been told they generally are in patients in such circumstances. I still recall with unwelcome vividness the spreading out of the instruments: the twisting of the tourniquet: the first incision: the fingering of the sawed bone: the sponge pressed on the flap: the tying of the blood-vessels: the stitching of the skin: the bloody dismembered limb lying on the floor.”
It would take a little while for surgeons to discover that the use of anesthesia allowed them time to be meticulous. Despite the advantages of anesthesia, Liston, like many other surgeons, proceeded in his usual lightning-quick and bloody way. Spectators in the operating-theater gallery would still get out their pocket watches to time him. The butler’s operation, for instance, took an astonishing 25 seconds from incision to wound closure. (Liston operated so fast that he once accidentally amputated an assistant’s fingers along with a patient’s leg, according to Hollingham. The patient and the assistant both died of sepsis, and a spectator reportedly died of shock, resulting in the only known procedure with a 300% mortality.)
Survival Guide for SURGERY ROUND

SURGERY ROUND
Medical students are often attached to the various services. They can provide a significant contribution to patient care. However, their work requires supervision by the surgical intern/resident who takes primary clinical responsibility. Subinterns are senior medical students who are seeking additional clinical experience. Their assistance is needed and appreciated, but again, close supervision of their clinical responsibilities by the intern/resident is mandatory.Outside reading is recommended, including textbooks, reference sources, and monthly journals.Eating is prohibited in patient care areas.Maintain patient confidentiality at all times.At conferences use only patient initials in presentations; and speak carefully and respectfully on work rounds.
PRINCIPLES
1. Always be punctual (this includes ward rounds, operating room, clinics, conferences, morbidity and mortality). Personal appearance is very important. Maintain a high standard including clean shirt and tie (or equivalent) and a clean white coat. The day begins early. Be ready with all the data to start rounds with the senior resident or chief resident. Be sure to provide enough time each morning to examine your patients before rounds.
ABOUT NOTES
2.Aim to get all of your chart notes written as soon as possible; this will greatly increase your effi ciency during the day. Sign and print your name, and include your beeper number, date, and time. Progress notes on patients are required daily. Surgical progress notes should be succinct and accurate, briefl y summarizing the patient’s clinical status and plan of management. Someone unfamiliar with the case should be able to get a good understanding of the patient’s condition from one or two notes. Operative consent is obtained after admitting the patient, performing the history and physical examination, discussing the risks, benefi ts, and alternatives of the procedure(s), and having the patient’s nurse sign the consent with the patient. If you are unaware of the risks and benefi ts of a procedure, discuss this with the service chief resident. Blood transfusion attestation forms need to be signed by the counseling physician before each surgical procedure.
OPERATING ROOM
3. Arrive in the operating room with the patient and before the attending physician or chief resident. Make sure that the charts and all of the relevant x-rays are in the operating room. Make sure that the x-rays are on the x-ray view box prior to the commencement of the case. The intern or resident performing the case should be familiar with the patient’s history and physical exam, current medications, and comorbidities, and be familiar with the principles of the operation prior to arriving in the operating room. Make it a habit to introduce yourself to the patient before the operation. It is mandatory that the surgical resident involved with a case in the operating room attend the start of the case punctually. Scheduled operative cases do not necessarily occur at the listed time. For this reason, it is necessary to check with the operating room front desk frequently. Do not rely on being paged. Conduct in the operating room includes assisting with the preoperative positioning and preparation of the patient; this includes shaving, catheterization, protection of pressure points, and thromboembolism protection. The resident should escort the patient from the operating room to the intensive care unit (ICU) or the postanesthetic care unit with the anesthesiologists. The operating surgeon is responsible for dictating the case. The resident must record all cases performed. For cases admitted to the surgery ICU, a hand-over to the surgery ICU resident is mandatory.This includes discussing all the preoperative assessment, operative details, and postoperative management of the case with the ICU resident.
ROUNDS
4. Signing out to cross-cover services must be performed in a meticulous and careful fashion. All patients should be discussed between the surgical intern and the cross-covering intern to cover all potential problems. A sign-out list containing all the patients, patient locations, and the responsible attendings should be given personally to the cross-cover intern. Any investigations performed at night (e.g., lab studies, chest x-ray, electrocardiogram [ECG]) should be checked that night by the covering intern. No test order should go unchecked. Abnormal lab values should be reviewed and discussed with the senior resident or the attending staff, especially on preoperative patients. Starting antibiotics should be a decision left to the senior resident or attending staff. If consultants are asked to see patients, their recommendations mustbe discussed with your senior resident or attending priorto initiating any new plans. Independent thought is good; independent action is bad.
SUPERVISION
5. Document all procedures performed on patients—including arterial lines, chest tubes, and central lines—with a short procedure note in the chart. Every patient contact should be documented in the patient record.If you see a patient in the middle of the night, write a short note to describe your assessment and plan. Remember, if there is no documentation, then nobody responded to the patient’s complaint or needs. Obtain appropriate supervision for procedures. There are always more senior residents available if your chief is not. Protect yourself; practice universal precautions! Wash your hands before and after examining a patient. Wear gloves. All wounds should be inspected every day by the surgical intern as part of the clinical examination. Please re-dress them; the nursing staff is not always immediately available to do so. There should never be any surprises in the morning.
RESIDENTS
Your senior resident is responsible for the service and should be kept aware of any problems, regardless of the time of day. If the senior resident is not available, the attending staff should be contacted directly. There are always senior residents in the hospital who are available to be used as resources for emergencies. Always be aware of who is in-house (i.e., consult resident, ICU resident, trauma chief). A surgery resident’s days are long. They start early and they fi nish late. Always remember the three A’s to being a successful resident: Affable, Available, and Able. Be prepared to maintain a flexible daily schedule depending on the workload of the service and the requirement for additional manpower.
LIFE AS A SURGEON

Life as a Surgeon
Surgical careers begin long before one is known as a surgeon. Medicine in general, and surgery in particular, is competitive from the start. As the competition begins, in college or earlier, students are confronted with choices of doing what interests them and what they may truly enjoy vs doing what is required to get to the next step. It is easy to get caught up in the routine of what is required and to lose track of why one wanted to become a doctor, much less a surgeon, in the first place. The professions of medicine and surgery are vocations that require extensive knowledge and skill. They also require a high level of discretion and trustworthiness. The social contract between the medical profession and the public holds professionals to very high standards of competence and moral responsibility. Tom Krizek goes on to explain that a profession is a declaration of a way of life ‘‘in which expert knowledge is used not primarily for personal gain, but for the benefit of those who need that knowledge.’’
For physicians, part of professionalism requires that when confronted with a choice between what is good for the physician and what is good for the patient, they choose the latter. This occurs and is expected sometimes to the detriment of personal good and that of physicians’ families. Tom Krizek even goes so far as to question whether surgery is an ‘‘impairing profession.’’ This forces one to consider the anticipated lifestyle. In sorting this out, it is neither an ethical breach nor a sign of weakness to allocate high priority to families and to personal well-being. When trying to explain why surgery may be an impairing profession, Krizek expands with a cynical description of the selection process. Medical schools seek applicants with high intelligence; responsible behavior; a studious, hard-working nature; a logical and scientific approach to life and academics; and concern for living creatures. He goes further to explain that in addition to these characteristics, medical schools also look for intensity and drive, but are often unable to make distinctions among those who are too intense, have too much drive, or are too ingratiating.
Medical School
There are many ethical challenges confronting medical students. As they start, medical students often have altruistic intentions, and at the same time are concerned with financial security. The cost of medical education is significant. This can encourage graduates to choose specialty training according to what will provide them the most expedient means of repaying their debt. This can have a significant, and deleterious, impact on the health care system in that the majority of medical graduates choose to pursue specialty training, leaving a gap in the availability of primary care providers. As medical students move into their clinical training, they begin interacting with patients. One concern during this time is how medical students should respond and carry on once they believe that a mistake on their part has resulted in the injury or death of another human being. In addition, the demands of studying for tests, giving presentations, writing notes, and seeing patients can be overwhelming. The humanistic and altruistic values that medical students have when they enter medical school can be lost as they take on so much responsibility. They can start to see patient interactions as obstacles that get in the way of their other work requirements. During their clinical years, medical students decide what field they will ultimately pursue. For students to make an informed decision about a career in surgery, they need to know what surgeons do, why they do it, and how surgery differs from other branches of medicine. It is important for them to be aware of what the life of a surgeon entails and whether it is possible for them to balance a surgical career with a rewarding family life.
Surgical Residency
Beginning residents are confronted with a seemingly unbearable workload, and they experience exhaustion to the point where the patient may seem like ‘‘the enemy.’’ At the same time, they must learn how to establish strong trusting relationships with patients. For the first time, they face the challenge of accepting morbidity and death that may have resulted directly from their own actions. It is important that residents learn ways to communicate their experience to friends and family, who may not understand the details of a surgeon’s work but can provide valuable support. The mid-level resident confronts the ethical management of ascending levels of responsibility and risks, along with increasing emphasis on technical knowledge and skills. It is at this level that the surgical education process is challenged to deal with the resident who does not display the ability to gain the skills required to complete training as a surgeon. Residents at this level also must deal with the increasing level of responsibility to the more junior residents and medical students who are dependent on them as teacher, organizer, and role model. All of this increasing responsibility comes at a time when the resident must read extensively, maintain a family life, and begin to put long-range plans into practice in preparation for the last rotation into the chosen final career path. The senior surgical resident should have acquired the basics of surgical technique and patient management, accepting nearly independent responsibility for patient care. The resident at this level must efficiently and fairly coordinate the functioning team, engage in teaching activities, and work closely with all complements of the staff. As far as ethics education is concerned, residents at this stage should be able to teach leadership, teamwork, and decision-making. They should be prepared to take on the value judgments that guide the financial and political aspects of the medical and surgical practice.
The Complete Surgeon
The trained surgeon must be aware of the need to differentiate between the business incentives of medical care and doing what is right for a sick individual. As financial and professional pressures become more intense, the challenge increases to appropriately prioritize and balance the demands of patient care, family, education, teaching, and research. For example, how does the surgeon deal with the choice between attending a child’s graduation or operating on an old patient who requests him rather than an extremely well-trained associate who is on call? How many times do surgeons make poor choices with respect to the balance of family vs work commitments? Someone else can
competently care for patients, but only parents can be uniquely present in the lives of their children. Time flies, and surgeons must often remind themselves that their lives and the lives of their family members are not just a dress rehearsal.
Knowing When to Quit
A 65-year-old surgeon who maintains a full operating and office schedule, is active in community and medical organizations, and has trained most of her surgical colleagues is considering where to go next with her career. Recently, her hospital acquired the equipment to allow robotic dissection in the area where she does her most complicated procedures. She has just signed up to learn this new technology, but is beginning to reflect on the advisability of doing this. How long should she continue at this pace, and how does she know when to slow down and eventually quit operating and taking the responsibility of caring for patients? Murray Brennan summarizes the dilemma of the senior surgeon well. The senior surgeon is old enough and experienced enough to do what he does well. He yearns for the less complicated days where he works and is rewarded for his endeavors. He becomes frustrated by restrictive legislation, the tyranny of compliance, and the loss of autonomy. Now regulated, restricted, and burdened with compliance, with every medical decision questioned by an algorithm or guideline, he watches his autonomy of care be ever eroded. Frustrated at not being able to provide the care, the education, and the role model for his juniors, he abandons the challenge.
Finishing with Grace
Each surgeon should continuously map a career pathway that integrates personal and professional goals with the outcome of maintaining value, balance, and personal satisfaction throughout his or her professional career. He or she should cultivate habits of personal renewal, emotional self-awareness, and connection with colleagues and support systems, and must find genuine meaning in work to combat the many challenges. Surgeons also need to set an example of good health for their patients. Maintaining these values and healthy habits is the work of a lifetime. Rothenberger describes the master surgeon as a person who not only knows when rules apply, recognizes patterns, and has the experience to know what to do, but also knows when rules do not apply, when they must be altered to fit the specifics of an individual case, and when inaction is the best course of action. Every occasion is used to learn more, to gain perspective and nuance. In surgery, this is the rare individual who puts it all together, combining the cognitive abilities, the technical skills, and the individualized decision-making needed to tailor care to a specific patient’s illness, needs, and preferences despite incomplete and conflicting data. The master surgeon has an intuitive grasp of clinical situations and recognizes potential difficulties before they become major problems. He prioritizes and focuses on real problems. He possesses insight and finds creative ways to manage unusual and complex situations. He is realistic, self-critical, and humble. He understands his limitations and is willing to seek help without hesitation. He adjusts his plans to fit the specifics of the situation. He worries about his decisions, but is emotionally stable.
A cirurgia é uma forma de terapia para as doenças que é motivada pelo CORAÇÃO, planejada na CABEÇA e executada pelas MÃOS.
“A cirurgia é uma forma de terapia para as doenças que é motivada pelo CORAÇÃO, planejada na CABEÇA e executada pelas MÃOS.”
Prof . Phd. Tom DeMeester
DEFINIÇÃO DE CIRURGIA (By Tom DeMeester / Gastrão 2012)
VALORES ÉTICOS DOS ESTAGIÁRIOS DA CLÍNICA CIRÚRGICA

EXCELÊNCIA
Nunca baixar os seus padrões pessoais e profissionais. Fazer sempre o melhor, NÃO SOMENTE O POSSÍVEL.
Fazer sempre a coisa certa, mesmo quando ninguém está olhando.
RESPONSABILIDADE
Cumprir rigorosamente as atribuições em relação aos cuidados com os pacientes do serviço.
Ser uma força positiva com comprometimento na melhor assistência ao paciente.
DISCIPLINA
É a construção diária do seu objetivo.
O sucesso vem um pequeno passo de cada vez. O amanhã começa agora.

Surgical Rotation: 5 PRINCIPLES

1.Getting along with the nurses.
The nurses do know more than the rest of us about the codes, routines, and rituals of making the wards run smoothly. They may not know as much about pheochromocytomas and intermediate filaments, but about the stuff that matters, they know a lot. Acknowledge that, and they will take you under their wings and teach you a ton!
2. Helping out.
If your residents look busy, they probably are. So, if you ask how you can help and they are too busy even to answer, asking again probably would not yield much. Always leap at the opportunity to shag x-rays, track down lab results, and retrieve a bag of blood from the bank. The team will recognize your enthusiasm and reward your contributions.
3. Getting scutted.
We all would like a secretary, but one is not going to be provided on this rotation. Your residents do a lot of their own scut work without you even knowing about it. So if you feel like scut work is beneath you, perhaps you should think about another profession.
4. Working hard.
This rotation is an apprenticeship. If you work hard, you will get a realistic idea of what it means to be a resident (and even a practicing doctor) in this specialty. (This has big advantages when you are selecting a type of internship. Staying in the loop. In the beginning, you may feel like you are not a real part of the team. If you are persistent and reliable, however, soon your residents will trust you with more important jobs. Educating yourself, and then educating your patients. Here is one of the rewarding places (as indicated in question 1) where you can soar to the top of the team. Talk to your patients about everything (including their disease and therapy), and they will love you for it.
5. Maintaining a positive attitude.
As a medical student, you may feel that you are not a crucial part of the team. Even if you are incredibly smart, you are unlikely to be making the crucial management decisions. So what does that leave: attitude. If you are enthusiastic and interested, your residents will enjoy having you around, and they will work to keep you involved and satisfied. A dazzlingly intelligent but morose complainer is better suited for a rotation in the morgue. Remember, your resident is likely following 15 sick patients, gets paid less than $2 an hour, and hasn’t slept more than 5 hours in the last 3 days. Simple things such as smiling and saying thank you (when someone teaches you) go an incredibly long way and are rewarded on all clinical rotations with experience and good grades.
Having fun! This is the most exciting, gratifying, rewarding, and fun profession and is light years better than whatever is second best (this is not just our opinion).
By: Alden H. Harken MDProfessor and Chair, Department of Surgery, University of California, San Francisco–East Bay, Oakland, California, Chief of Surgery, Department of Surgery, Alameda County Medical Center, Oakland, California
“poderosos além de qualquer medida…”

Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além de qualquer medida. É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso? Na verdade, quem não quer que você seja? Você é um filho de Deus. Seu papel pequeno não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se encolher, para que outras pessoas não se sintam inseguros ao seu redor. Estamos todos feitos para brilhar, como as crianças. Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Não é apenas em alguns de nós, está em todos. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. Como estamos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros.
Esse texto é atribuído a Marianne Williamson, uma autora e palestrante americana. A passagem faz parte de seu livro “A Return to Love: Reflections on the Principles of A Course in Miracles” (1992). Williamson explora temas de autoaceitação, potencial humano e espiritualidade, incentivando as pessoas a reconhecerem e expressarem sua luz interior. A citação destaca a ideia de que o verdadeiro medo não está em nossa inadequação, mas no poder e potencial que temos para impactar positivamente o mundo ao nosso redor.
Eventos Adversos na Clínica Cirúrgica
EVENTOS ADVERSOS # COMPLICAÇÕES

Introdução
O termo “Evento Adverso (EA)” cirúrgico é relativamente novo, mas o conceito de monitoramento dos resultados cirúrgicos, incluindo complicações pós-operatórias, é muito antigo. Desde 1732, existem referências a sistemas de coleta de informações hospitalares. Na Grã-Bretanha, estatísticas vitais datam de 1838, e já em 1850, a associação entre higiene das mãos e a transmissão de infecções foi estabelecida. Em 1854, os riscos de má higiene nos hospitais foram destacados, e em 1910, Ernest Codman defendeu a avaliação rotineira dos resultados negativos em cirurgias para melhorar a qualidade da assistência. Nos anos 1990, o interesse em erros e danos relacionados à saúde cresceu, mudando o foco das pesquisas para estratégias de enfrentamento e uma abordagem sistêmica ou organizacional.
Epidemiologia
Os EAs cirúrgicos contribuem significativamente para a morbidade pós-operatória, e sua avaliação e monitoramento frequentemente são imprecisos. Com a redução do tempo de permanência hospitalar e o aumento do uso de técnicas cirúrgicas inovadoras, especialmente minimamente invasivas e endoscópicas, a eficiência no monitoramento dos eventos adversos torna-se crucial. Revisões recentes identificaram que os EAs são desfavoráveis, indesejáveis, prejudiciais, impactam o paciente e estão associados ao processo de assistência à saúde, mais do que a um processo natural de doenças. A análise dos EAs é complexa devido à variabilidade dos sistemas de registro e às diversas definições na literatura científica para complicações pós-operatórias.
Custo e Efeitos de Medicina Legal
As complicações pós-operatórias resultam da interação de fatores dependentes do paciente, sua enfermidade e a atenção à saúde recebida. O estudo dos EAs cirúrgicos é relevante pela sua frequência, impacto considerável sobre a saúde dos pacientes e repercussão econômica no gasto social e sanitário. Além disso, os EAs servem como instrumento de avaliação da qualidade da assistência. Eventos adversos evitáveis, suscetíveis a intervenções de prevenção, são de maior interesse para a saúde pública. EAs cirúrgicos estão relacionados a acidentes intra-operatórios, complicações pós-operatórias imediatas ou tardias e ao fracasso da intervenção cirúrgica.
Nos Estados Unidos, um estudo em hospitais de Colorado e Utah calculou uma taxa de incidência de 1,9% para pacientes internados, e 3,0% para pacientes submetidos a cirurgia ou parto, com 54% dos EAs considerados evitáveis. Em 5,6% dos casos, os EAs resultaram em óbito. Na Austrália, a prevalência de internações cirúrgicas associadas a um EA foi de 21,9%, com 47,6% dos EAs classificados como altamente evitáveis. Na Espanha, um estudo em cirurgias de parede abdominal encontrou complicações em 16,32% dos pacientes.
Diferença entre Complicação e Evento Adverso
Complicações pós-operatórias surgem da interação entre fatores do paciente, da doença e da atenção recebida. Eventos Adversos, por outro lado, são desfavoráveis, indesejáveis e prejudiciais, resultantes do processo de assistência à saúde. Embora ambos afetem a recuperação, os EAs são frequentemente evitáveis com intervenções preventivas.
Conclusão
A segurança em cirurgia no Brasil é preocupante. Em 2003, 52,5% dos hospitais inspecionados pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo apresentaram condições físicas inadequadas. Hospitais de pequeno porte, que representam 62% dos estabelecimentos, enfrentam desafios significativos em termos de complexidade e densidade tecnológica.
Como Ernest Codman sabiamente afirmou: “A melhoria na assistência médica só pode ser alcançada com a análise sistemática dos resultados”. Esta frase histórica ressoa ainda hoje, destacando a importância da avaliação e monitoramento dos EAs cirúrgicos para a melhoria contínua da qualidade e segurança na assistência à saúde.
World’s Greatest Surgeon
On July 12, 2008, the world lost an incredible talent. A renegade physician, a pioneer, the father of open-heart surgery, and perhaps the best surgeon who ever lived, Dr. Michael DeBakey died of natural causes at 99. Because of his groundbreaking research, cutting-edge medical devices and maverick approach to cardiac surgery, DeBakey literally changed the rules of the game and thousands of lives are saved each day.
What can we learn from Michael DeBakey’s life and career?
1. Build your brand.
With a career that spanned more than 70 years, DeBakey built a reputation for being indispensable. His patients included everyone from the ordinary person next door and people with no means to a list of Who’s Who among world leaders. Presidents Kennedy, Johnson and Nixon, President Boris Yeltsin, King Hussein of Jordan, the Shah of Iran, Turkish President Turgut Ozal, just to name a few, engaged DeBakey because they knew he was the best. The Journal of the American Medical Association said in 2005, “Many consider Michael E. DeBakey to be the greatest surgeon ever.” Is your personal brand strong enough that if you left your company, colleagues and customers would have a difficult time getting along without you?
2. Be a guru, thought leader, industry expert.
Dr. DeBakey published more than 1,000 medical reports, research papers, chapters and books on topics related to cardiovascular medicine. He helped establish the National Library of Medicine, the world’s largest and most prestigious repository of medical archives. DeBakey played a key role in organizing a specialized medical center system to treat soldiers returning from the war. This system is now the Veterans’ Administration Medical Center System. For his numerous contributions Dr. DeBakey was awarded the Presidential Medal of Freedom, the Congressional Gold Medal, Congress’ highest civilian honor, the National Medal of Science, the country’s highest scientific award, and The United Nations Lifetime Achievement Award. Do people see you as a guru in your field? How distinctive is your knowledge base? How well do you garner, contribute and leverage knowledge?
3. Never quit learning.
As a child, DeBakey was required to borrow a book from the library each week and read it. He read the entire Encyclopedia Britannica before entering high school. Overseeing cases, consulting with colleagues and mentoring younger surgeons, he made his mark on the world right up to the end. DeBakey performed his last surgery at age 90 and continued to travel the globe giving lectures. Perhaps you’re thinking, “Who would want a 90-year-old surgeon operating on them?” The answer could be, “Someone who’s performed more than 60,000 cardiovascular procedures in his career.” Do you have a reputation for lifelong learning, for continually adding value? When we stop bringing something new to the game, the game is over.
4. Risk more, gain more.
DeBakey took risks others weren’t willing to take to advance medicine. Tubing, clamps, pumps, protocols all bear the mark of DeBakey’s passion for innovation. Yet, product and process innovations often pull people out of their comfort zones and some of DeBakey’s early breakthroughs weren’t accepted initially—in fact they were ridiculed. For example, in 1939, when Drs. DeBakey and Alton Ochsner linked cigarette smoking to lung cancer, many in the medical community derided it. Then in 1964, the Surgeon General confirmed their findings and documented the cause and effect. There was also skepticism when DeBakey discovered that he could substitute parts of diseased arteries with synthetic (Dacron) grafts—a procedure that enables surgeons to repair aortic aneurysms in the chest and abdomen. He initially figured out how to stitch synthetic blood vessels on his wife’s sewing machine. Now the procedure is widely used. DeBakey was also the first to perform bypass surgery and the first to perform a successful removal of a blockage of the carotid (main) artery of the neck, a procedure that has become the standard protocol for treating stroke. The world is not changed by those who are unwilling to take risks. Is your passion for advancing your field by taking a risk bigger than your fear of rejection or making a mistake?
5. Refuse to sell out on your dream.
DeBakey developed an interest in medicine in his father’s pharmacy where he listened to physicians talk shop. The vision to become a doctor was clear, the question was, “what kind?” In 1932, there simply wasn’t anything you could do for heart disease, if a patient had a heart attack the long-term prognosis wasn’t good. While he was still in school in 1932, DeBakey invented the roller pump—a critical part of the heart-lung machine that takes over the functions of the heart and lungs during open-heart surgery. This not only created the era of open-heart surgery, it cemented DeBakey’s passion to make a mark in the world of cardiovascular medicine. Engagement is about pouring your heart, mind and soul into a dream that causes you to fire on all cylinders. Does your career fulfill your desires? Or, have you sacrificed a dream that could make you come alive for a life of duty and routine that simply “works”?
6. Play to your genius.
DeBakey said, “I like my work, very much. I like it so much that I don’t want to do anything else.” Most people who are happy in life spend time doing what they love. This usually makes them extremely good at what they do. Dr. DeBakey exemplified the power of what can happen when our work requires what we are good at and passionate about. Playing to your genius is about using your gifts and talents to pursue a passion that makes a significant contribution to the people and the world you serve. Playing to your genius also promotes autonomy and self-direction, cultivates commitment, stimulates personal growth and makes work fun. Are you engaged in work you’re good at and passionate about—work that makes a contribution and needs to be done? Or are you just biding time?
7. Balance passion with discipline and focus.
With regard to his patients, the indefatigable DeBakey had an uncompromising dedication to perfection. He was known as a taskmaster who set very high standards, yet he never demanded more from others than he demanded from himself. Heart surgeons who trained under DeBakey say he was hard to keep up with when making patient rounds. They joked that he was from another world because he could maintain his focus and intensity for hours. In a world of competing priorities and information overload it’s easy to lose focus and get distracted. But, if you are playing to your genius and doing what you love, it’s easier to be disciplined and maintain a maniacal focus. Are you disciplined? Do you have a maniacal focus? Would your customers (internal and external) say you are relentless when it comes to pursuing perfection?
8. Find a void and figure out how to fill it.
Michael DeBakey’s innovations are on par with the likes of Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Jonas Salk, Henry Ford and Alfred Nobel. During World War II, he helped establish the mobile army surgical hospitals or MASH units. He was a key player in the development of artificial hearts, artificial arteries and bypass pumps that help keep patients alive who are waiting for transplants. He was among the first to recognize the importance of blood banks and transfusions. He also helped create more than 70 surgical instruments that made procedures easier and clinical outcomes more effective. If something couldn’t be done, DeBakey found a way to do it. In 1967, Dr. Christiaan Barnard performed the first human heart transplant in South Africa. Dr. DeBakey was among the first to begin doing the procedure in the United States. The problem was that recipients’ bodies rejected the new organs and death rates were high. In the 1980s cyclosporine, a new anti-rejection drug paved the way for organ transplants. Again, DeBakey was among the first to develop new protocols and advance the field of heart transplants. Where are the gaps in your organization or industry? What would happen if you developed a reputation for filling these voids?
9. Show people that their work matters.
Michael DeBakey is known not only for his prolific contributions to the medical field, but also as a symbol of hope and encouragement to his colleagues. Many years ago a colleague of ours shadowed Dr. DeBakey for a day at The Methodist Hospital in Houston, Texas. He was struck by DeBakey’s capacity to affirm each person he saw in the course of the day. In one particular encounter, DeBakey began chatting with an elderly janitor who was sweeping the floor. DeBakey asked the man about his wife and children. He told the older man, obviously not for the first time, that the hospital couldn’t function without the janitor because germs would spread, increasing the chances of infection in the hospital. Later in the day, our colleague tracked down the janitor and asked him, “What exactly do you do? Tell me about your job.” With pride, the janitor replied: “Dr. DeBakey and I? We save lives together.” He’s right. After all, consider what would happen to our healthcare systems if the cleaning crews went on strike. DeBakey understood that showing the janitor exactly how he contributes to a larger, more heroic cause is crucial. This creates a powerful dynamic. Realizing that he is working toward a worthy goal, the janitor’s perceptions about his work changed. It had new meaning and his enthusiasm for the job was rejuvenated. Great leaders make time to help people see how their work is connected to something bigger. For a surgeon like DeBakey, those five or ten minutes each day were costly, unless, of course, you consider the productivity generated by a janitor whose work has been transformed. Right now, how many people in your organization are engaged in work that five years from today no one will give a rip about? Can you make the link between what you do and a noble or heroic cause? Can you make this link for others?
10. Be generative—inspire others to pursue the cause.
Generativity is the care and concern for the development of future generations through teaching, mentoring, and other creative contributions. It’s about leaving a positive legacy. All great leaders are generative and Michael DeBakey was no exception. He inspired many medical students to pursue careers in cardiovascular surgery. His reputation brought many people to Baylor College of Medicine and helped transform it into one of the premier medical institutions in the world. DeBakey trained and mentored almost 1,000 surgeons and physicians. In 1976, his students founded the Michael E. DeBakey International Surgical Society. Many of his residents went on to serve as chairpersons and directors of their own successful academic surgical programs in the United States and around the world. Are the people you’ve touched in your career learning, growing and making a difference as a result of your influence? Have they been inspired to build a better world than the world they inherited? Michael DeBakey applied his problem-solving skills to many parts of medicine that have changed our way of life. Timothy Gardner, M.D., president of the American Heart Association said it well, “DeBakey’s legacy will live on in so many ways—through the thousands of patients he treated directly and through his creation of a generation of physician educators, who will carry his legacy far into the future. His advances will continue to be the building blocks for new treatments and surgical procedures for years to come.”
Michael DeBakey’s life and legacy proves that one person who chooses to play to their genius can change the world and make it a better place for all. What legacy will you leave behind?
O CIRURGIÃO (POEMA)

O CIRURGIÃO
Um corpo inerte aguarda sobre a mesa
Naquele palco despido de alegria.
O artista das obras efêmeras se apresenta.
A opereta começa, ausente de melodia
E o mascarado mudo trabalha com presteza.
Sempre começa com esperança e só términa com certeza.
Se uma vida prolonga, a outra vai-se escapando.
E nem sempre do mundo o aplauso conquistando
Assim segue o artista da obra traiçoeira e conquistas passageiras.
Há muito não espera do mundo os louros da vitória
Estudar, trabalhar é sua história, e a tua maior glória
Hás de encontrar na paz do dever cumprido.
Quando a vivência teus cabelos prateando
E o teu sábio bisturi, num canto repousando
Uma vez que sua missão vai terminando
Espera do bom Deus por tudo, a ti, seja piedoso.
SOIS VÓS INSTRUMENTO DA TUA OBRA.
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