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Telas de Baixa Gramatura: PHS e UHS


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HERNIORRAFIA INGUINAL

As hérnias não diminuem com o tempo, muito pelo contrário – o estado de saúde do paciente só tende a piorar, aumentando o risco cirúrgico – e não existe medicação para tratá-las. Os primeiros registros do tratamento cirúrgico das hérnias abdominais datam de 1500 a.C,  mencionadas no Papiro de Ebers. Em 100 d.C.  Celso, realizando os primórdios da cirurgia convencional, extirpava o saco herniário e deixava intactos o cordão e o testículo. Já em 700 d.C. , numa conduta mais agressiva, Pablo de Egina, sacrificava o testículo. Utilizando o princípio da cauterização dos tecidos pelo calor, Albucasis em  1000 d.C., expunha o saco herniário e o cauterizava. Com o advento da técnica asséptica registra-se,  em 1869, a realização por Lister da primeira hérnia estrangulada em caráter de urgência com princípios antissépticos. O primeiro esboço de padronização da técnica operatória das hérnias abdominais ocorre a partir da publicação dos estudos de Edoardo Bassini, em 1887, primeiro estudo de reparo de hérnias com suturas. A técnica se propaga pelo mundo mas a deficiente comunicação e as múltiplas modificações levam a  resultados negativos. Já em 1940, Earle Shouldice, usando quatro planos de reforço, revoluciona a técnica com tensão, principalmente após 1950 com um melhor entendimento da anatomia, porém observam-se ainda recorrências altas, acima de 10%. Em 1967, René Stoppa e Jean Rives, utilizam a técnica pré-peritoneal com a introdução de um novo conceito: a prótese. Uma tela gigante recobrindo todos os possíveis orifícios herniários, obtendo excelente taxa de recidiva, às custas da necessidade de incisão mediana e descolamento amplo pré-peritoneal.

PADRÃO OURO

Somente em 1984 Irving Lichtenstein, por via anterior, utiliza uma tela de polipropileno. Esta técnica foi considerada uma grande evolução e passou,  nos anos 90, a ser considerado o Padrão Ouro nos reparos das hérnias inguinais possibilitando, pela primeira vez, o reparo ambulatorial com anestesia local e sedação. Com o inicio da cirurgia videolaparoscópica no início dos anos 90, desenvolveram-se diversas técnicas utilizando-se a tela pela técnica laparoscópica. Devido aos altos custos e complexidade do procedimento cirúrgico e anestésico em comparação à técnica por via aberta, estas não se estabeleceram como melhor opção. Finalmente, em 1997, Arthur  Gilbert, inicia o sistema PHS (“Prolene Hernia System”) que reúne as vantagens quanto a recidiva do reparo pré-peritoneal, a simplicidade de fixação da técnica de plug e eficácia da técnica de tela plana através de um reparo tridimensional com uma tela dupla colocada pela via anterior. Dois anos mais tarde, ocorre a publicação dos primeiros resultados do PHS – `Hernia Institute of Florida – USA, firmando o aspecto inovador e a eficácia da tela dupla, otimizando o conforto e segurança do paciente e proporcionando retorno mais precoce às atividades laborativas e utilizando facilmente anestesia local e sedação.

Veja AQUI COMO ESCOLHER A PRÓTESE para seu paciente com Hérnia Abdominal.


Diagnóstico Diferencial dos Tumores do Mediastino

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A existência de cistos e tumores primários do mediastino tem vindo a ser relatada com uma incidência crescente. Os avanços das técnicas radiológicas, incluindo a TC e a RM, aumentaram singularmente a capa-cidade de avaliar pré – operatoriamente a natureza e a extensão das lesões do mediastino. Por outro lado, os progressos terapêuticos têm sido relacionados com um diagnóstico mais precoce e com uma maior efetividade dos regimes de radioterapia e de quimioterapia.


ARTIGO DE REVISÃO_TUMORES DO MEDIASTINO

PRESCRIÇÃO MÉDICA

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“de nada adianta um diagnóstico brilhante se o seu tratamento não for compreendido”


Em 2000, o Institute of Medicine dos Estados Unidos da América, publicou o estudo que marcou o cenário mundial na discussão sobre erro no processo de assistência à saúde. O estudo “To Err is Human”. Dentre outras informações, o relatório continha registros de que 44.000 a 98.000 pessoas morriam por ano nos EUA, em decorrência de erros na área da saúde. Dentre estas, 7.000 morte/ano podiam ser atribuídas a erros de medicação, sendo esse número maior que o de pessoas que morriam com câncer de mama, AIDS ou acidentes de veículos. O total dos custos, atribuído aos eventos adversos preveníveis, foi estimado em 17 a 29 bilhões de dólares. Os Princípios da Prescrição Médica Hospitalar na Clínica Cirúrgica são descritos abaixo:

Os itens básicos são:

  1. Alerta sobre ALERGIAS
  2. Dieta Oral (Tipos: Liquida restrita, Pastosa, etc…)
  3. Suporte Nutricional: Enteral ou Parenteral
  4. Prevenção da Úlcera Gastroduodenal de Stress
  5. Hidratação Venosa
  6. Correção dos Distúrbios Hidroeletrolíticos – Hemoderivados
  7. Antibioticoterapia (Dias de Uso/Dias Previstos)
  8. Analgesia
  9. Tratamento e Prevenção das NVPO
  10. Tratamento e Prevenção do TEP
  11. Medicações de Uso Contínuo
  12. Nebulizações
  13. Fisioterapia Motora e Respiratória
  14. Glicemia Capilar – Esquema de IR
  15. Posição do Paciente (Ex. Cabeceira Elevada) e Mudança de Decúbito
  16. Cuidados com Drenos, Sondas e Ostomias
  17. Curativos
  18. Controles dos Sinais Vitais
  19. Controle da Diurese nas 24h
  20. Avaliações Especializadas e Interconsultas
  21. Programação de Exames Complementares ou Procedimentos Cirúrgicos
  22. Uso Obrigatório de EPIs (Pacientes com HVB, HVC ou HIV)
  23. Outras Recomendações

Recomendações para um  BOA PRESCRIÇÃO

  1. Identifique alergias e interações medicamentosas.
  2. Utilize sempre letra legível ou opte pela prescrição digitada;
  3. Evite o uso de abreviaturas.
  4. Utilize denominações genéricas. Não utilize fórmulas químicas para nominar os medicamentos e jamais utilize abreviaturas nos nomes dos medicamentos;
  5. Confira as doses prescritas em fonte de informação atualizada e preferencialmente baseada em evidências;
  6. Utilize sempre o sistema métrico para expressar as doses desejadas (ml, mg, g, mcg, etc). não utilize medidas imprecisas tais como: “colher de sopa”, “colher de chá”, dentre outras, pois tais unidades de medida acarretam variação de volume e consequentemente de dose;
  7. Arredonde as doses para o número inteiro mais próximo, quando apropriado. isso deve ser particularmente analisado em prescrições pediátricas;
  8. Não utilize “vírgula e zero” depois da dose/quantidade, evitando que a prescrição de “5,0” se transforme, em uma leitura rápida, em “50”, ou “0,5” se transforme em “5”, gerando um erro de 10 vezes a dose desejada;
  9. Verifique se todos os elementos necessários ao adequado cumprimento da prescrição foram escritos;
  10. Não suprima nenhuma informação de identificação do paciente.

DEFINIÇÃO DE CIRURGIA (By Tom DeMeester / Gastrão 2012)

Surgery by DeMester


A cirurgia é uma forma de terapia para as doenças que é motivada pelo CORAÇÃO, planejada na CABEÇA e executada pelas MÃOS.

Prof . Phd. Tom DeMeester


PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO NA CIRURGIA DO CÂNCER DO APARELHO DIGESTIVO

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ARTIGO DE REVISÃO_TVP_CÂNCER  DO APARELHO DIGESTIVO


Tromboembolismo venoso é complicação frequente após tratamento cirúrgico em geral e, de um modo especial, na condução terapêutica do câncer. A cirurgia do aparelho digestivo tem sido referida como potencialmente indutora desta complicação. Ela tem maior representatividade em determinados segmentos anatômicos e nas condições em que se associam fatores de risco dos pacientes. A prevenção do tromboembolismo é tema de grande importância na prática diária dos cirurgiões. Várias são as formas físicas e medicamentosas que podem ser utilizadas. Nos últimos anos abordagens novas, tanto em relação às manobras físicas como em posologia medicamentosa, têm sido estudadas com boa metodologia. Estes novos enfoques ainda são pouco divulgados e talvez pouco conhecidos pela maioria dos cirurgiões. No câncer a importância desse tema é ainda maior que nas doenças benignas. A Medicina Baseada em Evidências incorpora dados obtidos com base nas mais recentes revisões sistemáticas disponíveis na literatura originando várias formas de contribuições científicas. BOM ESTUDO.

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