Tratamento Cirúrgico da ACALASIA ESOFÁGICA
A acalasia, definida como a falha ou relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior (EEI), acompanhada de aperistalse do corpo esofágico na ausência de obstrução mecânica, é o tipo mais comum de distúrbio da motilidade esofágica. Tem uma incidência de 1 em 100.000 pessoas, com uma prevalência de 10 em 100.000. Não há diferença na prevalência de gênero entre as idades de 30 e 60 anos. A causa primária da acalasia ainda é indeterminada, mas acredita-se que surja da degeneração das células ganglionares inibitórias no plexo miontérico do EEI e corpo esofágico. Fatores associados a um risco aumentado de acalasia incluem distúrbios virais/neurodegenerativos, síndrome de Down, diabetes mellitus tipo 1, hipotireoidismo e condições autoimunes, como a síndrome de Sjögren, o lúpus eritematoso sistêmico e a uveíte. Os casos familiares são raros.
O diagnóstico de acalasia deve ser suspeitado em pacientes com disfagia para sólidos e líquidos que não melhora com o uso de inibidores da bomba de prótons. Se não for tratada, a acalasia é uma doença progressiva que pode evoluir para megaesôfago e está associada a um aumento do risco de carcinoma de células escamosas do esôfago. Embora não existam critérios padronizados para determinar a gravidade da doença, o diâmetro e a confirmação do esôfago dentro da cavidade torácica são geralmente considerados os dois principais fatores. A escala de Eckardt é uma escala frequentemente usada para avaliar a gravidade da doença e a eficácia da terapia. Qualitativamente, a acalasia grave é definida como um diâmetro esofágico maior que 6 cm; a acalasia em estágio avançado inclui a angulação distal, um esôfago sigmóide/tortuoso com diâmetro maior que 6 cm ou um megaesôfago com diâmetro maior que 10 cm. Aproximadamente 5% a 15% das pessoas com acalasia evoluem para acalasia em estágio avançado, são geralmente resistentes aos tratamentos endoscópicos e cirúrgicos iniciais e, em última instância, requerem uma esofagectomia.
MIOTOMIA Á HELLER
A miotomia laparoscópica de Heller (LHM) com fundoplicatura parcial, desenvolvida como uma alternativa minimamente invasiva à miotomia anterior aberta tradicional e posteriormente à miotomia toracoscópica, tem sido o padrão ouro para o tratamento da acalasia nas últimas três décadas. O objetivo da miotomia é abrir completamente o EEI e aliviar a disfagia. A LHM proporciona alívio sintomático inicial da disfagia em cerca de 90% dos pacientes com tipos I e II de acalasia e em 50% dos pacientes com tipo III de acalasia, enquanto diminui as taxas de refluxo pós-operatório. Em comparação com os procedimentos de miotomia aberta, a LHM está associada a menor dor pós-operatória, menor tempo de internação hospitalar e retorno mais precoce à função. A LHM é indicada como tratamento de primeira linha para todos os candidatos à cirurgia com acalasia que estejam dispostos a se submeter à cirurgia ou para aqueles que falharam na dilatação endoscópica. A operação consiste em dividir os músculos do EEI, seguida por uma fundoplicatura para diminuir o refluxo pós-operatório. A fundoplicatura parcial é favorecida em relação à fundoplicatura total porque reduz a falha do tratamento. As duas principais complicações da cirurgia são perfuração da mucosa e DRGE.
Metabolismo Perioperatório
A melhor forma de se conhecer as necessidades energéticas é através de sua medida por calorimetria indireta, cada vez mais disponível em nosso ambiente hospitalar. Quando não se dispõe de calorimetria indireta, é possível estimar o gasto energético por meio de fórmulas estimativas que levam em conta, entre outros fatores, o peso e altura corpóreos, idade e sexo. Das diferentes fórmulas disponíveis, a equação de Harris-Benedict tem sido muito usada. Para homens a formula é 66,5 + (13.8 x peso [kg])+(5,0 x altura [cm]) – (6,8 x idade [anos]). Para mulheres a formula é diferente: 655 + (9,6 x peso [kg]) + (1,7 x altura [cm]) – (4,7 x idade [anos]). A regra de bolso (30-35 kcal/kg/dia) é mais prática e também é muito utilizada. No período pré-operatório a oferta de proteína deve ser em torno de 1,0-1,5 g/Kg/dia e, após trauma ou intervenção cirúrgica aumenta, podendo chegar até 2,0 g/Kg/dia. Em pacientes com SIRS moderado, a oferta calórica deve ser menor (25-30 kcal/kg/dia). Pacientes em estresse importante (SIRS grave, sepse) devem receber 20-25 kal/kg/dia e 1,5 a 2,0 g de proteínas/kg/dia. Deve-se evitar em pacientes gravemente desnutridos aporte rápido de calorias e proteínas (síndrome da realimentação). Nesses pacientes a oferta deve ser cautelosa com controle diário de fósforo, magnésio e potássio.
Aula: Suporte Nutricional Perioperatório
Complications of HEMORROIDH SURGERY
Symptomatic hemorrhoids require a number of therapeutic interventions each of which has its own complications. Office-based therapy such as rubber band ligation carries the risk of pain and bleeding, which are self-limited, but also carries the risk of rare complications such as sepsis, which may be life threatening. Operative treatment of hemorrhoids includes conventional hemorrhoidectomy, stapled hemorrhoidectomy, and the use of energy devices. Complications of pain and bleeding are common but self-limited. Late complications such as stenosis and fecal incontinence are rare. Recurrent disease is related to the initial grade and therapeutic approach. Treatment of recurrent hemorrhoids should be individualized based on previous treatments and the grade of disease. Anesthetic complications, especially urinary retention, are common and related to the anesthetic technique. Practitioners should council their patients as to the risks of the various approaches to treating symptomatic hemorrhoids.

