Arquivos Mensais: abril \29\-03:00 2013

Telas de Baixa Gramatura: PHS e UHS


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HERNIORRAFIA INGUINAL

As hérnias não diminuem com o tempo, muito pelo contrário – o estado de saúde do paciente só tende a piorar, aumentando o risco cirúrgico – e não existe medicação para tratá-las. Os primeiros registros do tratamento cirúrgico das hérnias abdominais datam de 1500 a.C,  mencionadas no Papiro de Ebers. Em 100 d.C.  Celso, realizando os primórdios da cirurgia convencional, extirpava o saco herniário e deixava intactos o cordão e o testículo. Já em 700 d.C. , numa conduta mais agressiva, Pablo de Egina, sacrificava o testículo. Utilizando o princípio da cauterização dos tecidos pelo calor, Albucasis em  1000 d.C., expunha o saco herniário e o cauterizava. Com o advento da técnica asséptica registra-se,  em 1869, a realização por Lister da primeira hérnia estrangulada em caráter de urgência com princípios antissépticos. O primeiro esboço de padronização da técnica operatória das hérnias abdominais ocorre a partir da publicação dos estudos de Edoardo Bassini, em 1887, primeiro estudo de reparo de hérnias com suturas. A técnica se propaga pelo mundo mas a deficiente comunicação e as múltiplas modificações levam a  resultados negativos. Já em 1940, Earle Shouldice, usando quatro planos de reforço, revoluciona a técnica com tensão, principalmente após 1950 com um melhor entendimento da anatomia, porém observam-se ainda recorrências altas, acima de 10%. Em 1967, René Stoppa e Jean Rives, utilizam a técnica pré-peritoneal com a introdução de um novo conceito: a prótese. Uma tela gigante recobrindo todos os possíveis orifícios herniários, obtendo excelente taxa de recidiva, às custas da necessidade de incisão mediana e descolamento amplo pré-peritoneal.

PADRÃO OURO

Somente em 1984 Irving Lichtenstein, por via anterior, utiliza uma tela de polipropileno. Esta técnica foi considerada uma grande evolução e passou,  nos anos 90, a ser considerado o Padrão Ouro nos reparos das hérnias inguinais possibilitando, pela primeira vez, o reparo ambulatorial com anestesia local e sedação. Com o inicio da cirurgia videolaparoscópica no início dos anos 90, desenvolveram-se diversas técnicas utilizando-se a tela pela técnica laparoscópica. Devido aos altos custos e complexidade do procedimento cirúrgico e anestésico em comparação à técnica por via aberta, estas não se estabeleceram como melhor opção. Finalmente, em 1997, Arthur  Gilbert, inicia o sistema PHS (“Prolene Hernia System”) que reúne as vantagens quanto a recidiva do reparo pré-peritoneal, a simplicidade de fixação da técnica de plug e eficácia da técnica de tela plana através de um reparo tridimensional com uma tela dupla colocada pela via anterior. Dois anos mais tarde, ocorre a publicação dos primeiros resultados do PHS – `Hernia Institute of Florida – USA, firmando o aspecto inovador e a eficácia da tela dupla, otimizando o conforto e segurança do paciente e proporcionando retorno mais precoce às atividades laborativas e utilizando facilmente anestesia local e sedação.

Veja AQUI COMO ESCOLHER A PRÓTESE para seu paciente com Hérnia Abdominal.


Diagnóstico Diferencial dos Tumores do Mediastino

Imagem


A existência de cistos e tumores primários do mediastino tem vindo a ser relatada com uma incidência crescente. Os avanços das técnicas radiológicas, incluindo a TC e a RM, aumentaram singularmente a capa-cidade de avaliar pré – operatoriamente a natureza e a extensão das lesões do mediastino. Por outro lado, os progressos terapêuticos têm sido relacionados com um diagnóstico mais precoce e com uma maior efetividade dos regimes de radioterapia e de quimioterapia.


ARTIGO DE REVISÃO_TUMORES DO MEDIASTINO

PRESCRIÇÃO MÉDICO-CIRÚRGICA

Imagem


“de nada adianta um diagnóstico brilhante se o seu tratamento não for compreendido.”


Em 2000, o Institute of Medicine dos Estados Unidos publicou o estudo marcante “To Err is Human”, que trouxe à tona a discussão global sobre erros na assistência à saúde. O relatório revelou que entre 44.000 e 98.000 pessoas morriam anualmente nos EUA devido a erros na área da saúde. Entre essas, 7.000 mortes anuais eram atribuídas a erros de medicação, um número superior ao de mortes por câncer de mama, AIDS ou acidentes de veículos. O custo total dos eventos adversos preveníveis foi estimado em 17 a 29 bilhões de dólares.

Princípios da Prescrição Médica Hospitalar na Clínica Cirúrgica 💊📋

Itens Básicos:

  1. Alerta sobre ALERGIAS ⚠️
  2. Dieta Oral (Tipos: Líquida restrita, Pastosa, etc.) 🍲
  3. Suporte Nutricional: Enteral ou Parenteral 🥤
  4. Prevenção da Úlcera Gastroduodenal de Stress 💉
  5. Hidratação Venosa 💧
  6. Correção dos Distúrbios Hidroeletrolíticos – Hemoderivados 💉
  7. Antibioticoterapia (Dias de Uso/Dias Previstos) 💊
  8. Analgesia 🩹
  9. Tratamento e Prevenção das NVPO (Náuseas e Vômitos Pós-Operatórios) 🤢
  10. Tratamento e Prevenção do TEP (Tromboembolismo Pulmonar) 💔
  11. Medicações de Uso Contínuo 💊
  12. Nebulizações 🌬️
  13. Fisioterapia Motora e Respiratória 🏃‍♂️💨
  14. Glicemia Capilar – Esquema de Insulina Regular 🩸
  15. Posição do Paciente (Ex. Cabeceira Elevada) e Mudança de Decúbito 🛏️
  16. Cuidados com Drenos, Sondas e Ostomias 🚑
  17. Curativos 🩹
  18. Controles dos Sinais Vitais 📈
  19. Controle da Diurese nas 24h 💦
  20. Avaliações Especializadas e Interconsultas 🩺
  21. Programação de Exames Complementares ou Procedimentos Cirúrgicos 🔬
  22. Uso Obrigatório de EPIs (Pacientes com HVB, HVC ou HIV) 🦠
  23. Outras Recomendações 🔍

Recomendações para uma BOA PRESCRIÇÃO 📝💡

  1. Identifique alergias e interações medicamentosas ⚠️
  2. Utilize sempre letra legível ou opte pela prescrição digitada 🖋️💻
  3. Evite o uso de abreviaturas 🚫
  4. Utilize denominações genéricas. Evite fórmulas químicas e abreviações nos nomes dos medicamentos 📋
  5. Confira as doses prescritas em fontes de informação atualizadas e baseadas em evidências 📚
  6. Utilize sempre o sistema métrico para expressar as doses (ml, mg, g, mcg, etc.) 📏
  7. Arredonde as doses para o número inteiro mais próximo, especialmente em prescrições pediátricas 🔢
  8. Não utilize “vírgula e zero” após a dose para evitar erros de interpretação (por exemplo, “5,0” se transformando em “50”) ❌
  9. Verifique se todos os elementos necessários foram incluídos na prescrição ✅
  10. Não suprima nenhuma informação de identificação do paciente 🆔

A precisão na prescrição médica é crucial para a segurança do paciente e para a eficiência dos cuidados. Seguir essas diretrizes contribui significativamente para a redução de erros e para a melhoria da qualidade da assistência.

“Ex nihilo nihil fit”

Explore nosso canal de vídeos cirúrgicos e palestras associadas ao blog do cirurgião. Compartilhe e participe: linktr.ee/TheSurgeon
#Medicine #Surgery #GeneralSurgery #DigestiveSurgery #TheSurgeon #OzimoGama

A cirurgia é uma forma de terapia para as doenças que é motivada pelo CORAÇÃO, planejada na CABEÇA e executada pelas MÃOS.

Surgery by DeMester


“A cirurgia é uma forma de terapia para as doenças que é motivada pelo CORAÇÃO, planejada na CABEÇA e executada pelas MÃOS.”

Prof . Phd. Tom DeMeester

DEFINIÇÃO DE CIRURGIA (By Tom DeMeester / Gastrão 2012)


PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO NA CIRURGIA DO CÂNCER DO APARELHO DIGESTIVO

Imagem


ARTIGO DE REVISÃO_TVP_CÂNCER  DO APARELHO DIGESTIVO


Tromboembolismo venoso é complicação frequente após tratamento cirúrgico em geral e, de um modo especial, na condução terapêutica do câncer. A cirurgia do aparelho digestivo tem sido referida como potencialmente indutora desta complicação. Ela tem maior representatividade em determinados segmentos anatômicos e nas condições em que se associam fatores de risco dos pacientes. A prevenção do tromboembolismo é tema de grande importância na prática diária dos cirurgiões. Várias são as formas físicas e medicamentosas que podem ser utilizadas. Nos últimos anos abordagens novas, tanto em relação às manobras físicas como em posologia medicamentosa, têm sido estudadas com boa metodologia. Estes novos enfoques ainda são pouco divulgados e talvez pouco conhecidos pela maioria dos cirurgiões. No câncer a importância desse tema é ainda maior que nas doenças benignas. A Medicina Baseada em Evidências incorpora dados obtidos com base nas mais recentes revisões sistemáticas disponíveis na literatura originando várias formas de contribuições científicas. BOM ESTUDO.