Traqueostomia
Basicamente, existem quatro situações que indicam a realização de traqueostomia: prevenção de lesões laringotraqueais pela intubação translaríngea prolongada; desobstrução da via aérea superior, em casos de tumores, corpo estranho ou infecção; acesso à via aérea inferior para aspiração e remoção de secreções; e aquisição de via aérea estável em paciente que necessita de suporte ventilatório prolongado.
A substituição do tubo endotraqueal pela cânula de traqueostomia ainda acrescenta benefícios, proporcionando conforto e segurança do paciente. Algumas sociedades americanas sugerem que a traqueostomia deva ser sempre considerada para pacientes que necessitarão de ventilação mecânica prolongada, ou seja, por mais de 14 dias.
Muitas vezes, a decisão de se realizar uma traqueostomia é tomada pelo julgamento clínico de médicos, principalmente aqueles que trabalham em unidades de terapia intensiva. Isso envolve a análise de múltiplos fatores, tais como as características de cada paciente, o motivo pelo qual ocorreu a intubação, doenças associadas, resposta ao trata-mento e prognóstico individualizado. Embora haja uma tendência de indicação de traqueostomia precoce em pacientes neurocríticos e com trauma grave.
Benefícios Clínicos:
- Diminuição do trabalho respiratório
- Melhora da aspiração das vias aéreas
- Permitir a fonação
- Permitir a alimentação por via oral
- Menor necessidade de sedação
- Redução do risco de pneumonia associada à ventilação
mecânica - Diminuição do tempo de ventilação mecânica
- Diminuição do tempo de internação em unidades de terapia
intensiva - Redução da mortalidade