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O RELATO CIRÚRGICO


DESCRIÇÃO DO ATO OPERATÓRIO – RELATO CIRÚRGICO


O relato cirúrgico deve incluir informações detalhadas e precisas para garantir uma documentação completa e eficaz. É prejudicial descrever “oficiosamente” o ato operatório, isto é, fazer descrição sumariíssima apenas dos tempos cirúrgicos básicos com apresentação do mesmo relatório para todos os procedimentos idênticos. É preciso criticar com veemência relatos cirúrgicos em que constem apenas “cirurgia feita pela técnica habitual”. Valiosos detalhes são omitidos e se perdem para consultas, pesquisas e esclarecimentos. Deve-se evitar “descrição” prévia, injustificável em todos os casos. O ato cirúrgico será registrado como dissertação minuciosa das táticas e técnicas operatórias usadas, dos acidentes cirúrgicos, das dificuldades técnicas, daquilo que foi visto e realizado do início ao fim do procedimento. Pela sua importância, tal relatório poderá ser refeito em ocasião de mais calma e propícia à reflexão, atentando-se ao maior zelo pela legibilidade.O documento deve conter:

  1. Identificação do Paciente: Nome completo, idade, número de prontuário e outras informações pessoais relevantes.
  2. Nome do Procedimento Cirúrgico: Identificação clara do procedimento realizado.
  3. Diagnóstico: Condição clínica ou patologia que motivou a cirurgia.
  4. Nome do Cirurgião e da Equipe: Inclusão dos nomes do cirurgião principal, auxiliares, e membros da equipe de enfermagem.
  5. Horário de Início e Fim da Operação: Registre com precisão os horários para controle do tempo operatório.
  6. Estado Geral do Paciente: Descrição breve do estado geral do paciente antes e após o procedimento.

Aspectos a Evitar:

  • Descrição Sumária: Evitar a descrição excessivamente resumida do ato operatório. Cada relato deve ser específico e adaptado ao procedimento realizado, não devendo ser padronizado para todos os casos semelhantes.
  • Relatos Padrão: Evitar o uso de frases genéricas como “cirurgia feita pela técnica habitual”, que omitem detalhes essenciais e dificultam futuras consultas e pesquisas.

Detalhamento do Relato:

  1. Condições do Paciente: Descrição das condições do paciente antes e após a cirurgia.
  2. Afecções Concomitantes: Registro de qualquer condição adicional ou comorbidade presente.
  3. Tempo de Início e Fim: Hora exata de início e término da operação.
  4. Posição do Paciente e Uso de Coxim: Descrição da posição do paciente e do uso de dispositivos de suporte.
  5. Aspecto da Afecção: Grau de inflamação, disseminação e gravidade da afecção tratada.
  6. Produtos de Anti-sepsia: Detalhamento dos produtos utilizados para anti-sepsia.
  7. Via de Acesso: Descrição da via de acesso utilizada.
  8. Uso de Eletrocautério: Registro do uso de eletrocautério durante o procedimento.
  9. Fios e Suturas: Tipos e características dos fios e suturas utilizados.
  10. Técnica Cirúrgica: Descrição minuciosa da técnica empregada.

Exames e Materiais:

  • Radiológicos Transoperatórios: Descrição dos exames radiológicos realizados durante a operação.
  • Materiais e Peças Cirúrgicas: Registro de peças obtidas para histopatologia, biópsias, secreções colhidas, e tipo de sutura empregada, incluindo aquelas no fechamento da ferida cirúrgica.
  • Objetos Relacionados a Crimes: Classificação e rotulagem de objetos que possam indicar crime para envio ao instituto médico-legal ou à autoridade policial.
  • Desenhos Esquemáticos: Se possível, incluir desenhos esquemáticos para ilustrar aspectos importantes da cirurgia.

Aspectos Adicionais:

  • Lesões por Arma Branca e Trajetos de Projetis: Descrição detalhada das lesões e trajetos internos, se aplicável, incluindo a extração de projéteis e corpos estranhos.
  • Solicitação de Exame Histopatológico: Anotar a solicitação para exame histopatológico das peças cirúrgicas que requerem estudo diagnóstico.
  • Cabeçalho e Itens da Folha de Descrição: Preencher com data, hora, duração da cirurgia, forma de anestesia, nomes dos auxiliares e outros profissionais, e assinatura com carimbo.

Importância do Relato:

A descrição cirúrgica deve ser um relato detalhado e de valor científico, que inspire confiança e credibilidade. A equipe deve conferir todo o material cirúrgico, incluindo gazes e compressas, antes e depois da operação, para garantir que nenhum corpo estranho permaneça no paciente. Intercorrências durante o ato cirúrgico devem ser anotadas no prontuário. A folha de descrição cirúrgica, quando bem preenchida, é um documento essencial para comprovar os procedimentos realizados, além de ser crucial para a cobrança dos gastos pelo serviço de faturamento e para a defesa em caso de dúvidas, demandas judiciais ou processos ético-profissionais.

“Ex nihilo nihil fit”

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VALORES ÉTICOS DOS ESTAGIÁRIOS DA CLÍNICA CIRÚRGICA

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EXCELÊNCIA

 Nunca baixar os seus padrões pessoais e profissionais. Fazer sempre o melhor, NÃO SOMENTE O POSSÍVEL.

INTEGRIDADE

 Fazer sempre a coisa certa, mesmo quando ninguém está olhando.

RESPONSABILIDADE

 Cumprir rigorosamente as atribuições em relação aos cuidados com os pacientes do serviço.

ATITUDE

Ser uma força positiva com comprometimento na melhor assistência ao paciente.

DISCIPLINA

 É a construção diária do seu objetivo.

PERSEVERANÇA

 O sucesso vem um pequeno passo de cada vez. O amanhã começa agora.

 

Surgical Rotation: 5 PRINCIPLES

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1.Getting along with the nurses.

The nurses do know more than the rest of us about the codes, routines, and rituals of making the wards run smoothly. They may not know as much about pheochromocytomas and intermediate filaments, but about the stuff that matters, they know a lot. Acknowledge that, and they will take you under their wings and teach you a ton!

2. Helping out.

If your residents look busy, they probably are. So, if you ask how you can help and they are too busy even to answer, asking again probably would not yield much. Always leap at the opportunity to shag x-rays, track down lab results, and retrieve a bag of blood from the bank. The team will recognize your enthusiasm and reward your contributions.

3. Getting scutted.

We all would like a secretary, but one is not going to be provided on this rotation. Your residents do a lot of their own scut work without you even knowing about it. So if you feel like scut work is beneath you, perhaps you should think about another profession.

4. Working hard.

This rotation is an apprenticeship. If you work hard, you will get a realistic idea of what it means to be a resident (and even a practicing doctor) in this specialty. (This has big advantages when you are selecting a type of internship. Staying in the loop. In the beginning, you may feel like you are not a real part of the team. If you are persistent and reliable, however, soon your residents will trust you with more important jobs. Educating yourself, and then educating your patients. Here is one of the rewarding places (as indicated in question 1) where you can soar to the top of the team. Talk to your patients about everything (including their disease and therapy), and they will love you for it.

5. Maintaining a positive attitude.

As a medical student, you may feel that you are not a crucial part of the team. Even if you are incredibly smart, you are unlikely to be making the crucial management decisions. So what does that leave: attitude. If you are enthusiastic and interested, your residents will enjoy having you around, and they will work to keep you involved and satisfied. A dazzlingly intelligent but morose complainer is better suited for a rotation in the morgue. Remember, your resident is likely following 15 sick patients, gets paid less than $2 an hour, and hasn’t slept more than 5 hours in the last 3 days. Simple things such as smiling and saying thank you (when someone teaches you) go an incredibly long way and are rewarded on all clinical rotations with experience and good grades.

Having fun! This is the most exciting, gratifying, rewarding, and fun profession and is light years better than whatever is second best (this is not just our opinion).

By: Alden H. Harken MDProfessor and Chair, Department of Surgery, University of California, San Francisco–East Bay, Oakland, California, Chief of Surgery, Department of Surgery, Alameda County Medical Center, Oakland, California

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA


MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA_AVALIAÇÃO PRÉ_OPERATÓRIA


Reassuring Worried Mother

O médico CIRURGIÃO realiza a avaliação pré-operatória e define a necessidade de avaliação complementar, considerando a otimização das condições clínicas do paciente e a realização de exames complementares. Pacientes hígidos, com idade inferior a 40 anos, sem fatores de risco detectados na anamnese e no exame físico, a serem submetidos a cirurgias de pequeno porte, após a avaliação clínica básica poderão ser encaminhados à cirurgia após avaliação do Anestesiologista. Porém, nos casos em que o paciente tenha alguma comorbidade, idade maior de 60 anos, estado físico ASA II ou acima, obesidade, dependência funcional ou cirurgia de médio ou grande porte, estará indicado avaliação pré-operatória mais pormenorizada .

“poderosos além de qualquer medida…”

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Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além de qualquer medida. É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso? Na verdade, quem não quer que você seja? Você é um filho de Deus. Seu papel pequeno não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se encolher, para que outras pessoas não se sintam inseguros ao seu redor. Estamos todos feitos para brilhar, como as crianças. Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Não é apenas em alguns de nós, está em todos. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. Como estamos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros.


Esse texto é atribuído a Marianne Williamson, uma autora e palestrante americana. A passagem faz parte de seu livro “A Return to Love: Reflections on the Principles of A Course in Miracles” (1992). Williamson explora temas de autoaceitação, potencial humano e espiritualidade, incentivando as pessoas a reconhecerem e expressarem sua luz interior. A citação destaca a ideia de que o verdadeiro medo não está em nossa inadequação, mas no poder e potencial que temos para impactar positivamente o mundo ao nosso redor.

Eventos Adversos na Clínica Cirúrgica


EVENTOS ADVERSOS # COMPLICAÇÕES


Introdução

O termo “Evento Adverso (EA)” cirúrgico é relativamente novo, mas o conceito de monitoramento dos resultados cirúrgicos, incluindo complicações pós-operatórias, é muito antigo. Desde 1732, existem referências a sistemas de coleta de informações hospitalares. Na Grã-Bretanha, estatísticas vitais datam de 1838, e já em 1850, a associação entre higiene das mãos e a transmissão de infecções foi estabelecida. Em 1854, os riscos de má higiene nos hospitais foram destacados, e em 1910, Ernest Codman defendeu a avaliação rotineira dos resultados negativos em cirurgias para melhorar a qualidade da assistência. Nos anos 1990, o interesse em erros e danos relacionados à saúde cresceu, mudando o foco das pesquisas para estratégias de enfrentamento e uma abordagem sistêmica ou organizacional.

Epidemiologia

Os EAs cirúrgicos contribuem significativamente para a morbidade pós-operatória, e sua avaliação e monitoramento frequentemente são imprecisos. Com a redução do tempo de permanência hospitalar e o aumento do uso de técnicas cirúrgicas inovadoras, especialmente minimamente invasivas e endoscópicas, a eficiência no monitoramento dos eventos adversos torna-se crucial. Revisões recentes identificaram que os EAs são desfavoráveis, indesejáveis, prejudiciais, impactam o paciente e estão associados ao processo de assistência à saúde, mais do que a um processo natural de doenças. A análise dos EAs é complexa devido à variabilidade dos sistemas de registro e às diversas definições na literatura científica para complicações pós-operatórias.

Custo e Efeitos de Medicina Legal

As complicações pós-operatórias resultam da interação de fatores dependentes do paciente, sua enfermidade e a atenção à saúde recebida. O estudo dos EAs cirúrgicos é relevante pela sua frequência, impacto considerável sobre a saúde dos pacientes e repercussão econômica no gasto social e sanitário. Além disso, os EAs servem como instrumento de avaliação da qualidade da assistência. Eventos adversos evitáveis, suscetíveis a intervenções de prevenção, são de maior interesse para a saúde pública. EAs cirúrgicos estão relacionados a acidentes intra-operatórios, complicações pós-operatórias imediatas ou tardias e ao fracasso da intervenção cirúrgica.

Nos Estados Unidos, um estudo em hospitais de Colorado e Utah calculou uma taxa de incidência de 1,9% para pacientes internados, e 3,0% para pacientes submetidos a cirurgia ou parto, com 54% dos EAs considerados evitáveis. Em 5,6% dos casos, os EAs resultaram em óbito. Na Austrália, a prevalência de internações cirúrgicas associadas a um EA foi de 21,9%, com 47,6% dos EAs classificados como altamente evitáveis. Na Espanha, um estudo em cirurgias de parede abdominal encontrou complicações em 16,32% dos pacientes.

Diferença entre Complicação e Evento Adverso

Complicações pós-operatórias surgem da interação entre fatores do paciente, da doença e da atenção recebida. Eventos Adversos, por outro lado, são desfavoráveis, indesejáveis e prejudiciais, resultantes do processo de assistência à saúde. Embora ambos afetem a recuperação, os EAs são frequentemente evitáveis com intervenções preventivas.

Conclusão

A segurança em cirurgia no Brasil é preocupante. Em 2003, 52,5% dos hospitais inspecionados pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo apresentaram condições físicas inadequadas. Hospitais de pequeno porte, que representam 62% dos estabelecimentos, enfrentam desafios significativos em termos de complexidade e densidade tecnológica.

Como Ernest Codman sabiamente afirmou: “A melhoria na assistência médica só pode ser alcançada com a análise sistemática dos resultados”. Esta frase histórica ressoa ainda hoje, destacando a importância da avaliação e monitoramento dos EAs cirúrgicos para a melhoria contínua da qualidade e segurança na assistência à saúde.

Tratamento Cirúrgico do HEMANGIOMA HEPÁTICO

Introdução

O hemangioma é o tumor hepático mais comum, identificado em 5% a 7% das necropsias. Sua incidência é maior entre a terceira e a quinta décadas de vida, com prevalência nas mulheres. Este tumor pode aumentar de tamanho durante a gravidez e com o uso de estrogênios.

Conceito

Hemangiomas hepáticos são tumores benignos dos vasos sanguíneos do fígado. Apesar de sua causa não estar completamente esclarecida, há indícios do papel dos hormônios sexuais em seu desenvolvimento. Observações como a presença de receptores de estrogênio em alguns hemangiomas e o aumento de tamanho durante a puberdade, gravidez e uso de anticoncepcionais sugerem essa relação.

Epidemiologia

A maioria dos hemangiomas hepáticos é única e mede menos de 4 cm de diâmetro, com apenas 10% sendo múltiplos e podendo alcançar até 27 cm. Hemangiomas gigantes são definidos como aqueles com mais de 4 cm de diâmetro. Em geral, o tamanho da maioria dos hemangiomas permanece inalterado ao longo do tempo.

Diagnóstico

O diagnóstico de hemangioma hepático é geralmente realizado por exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Esses exames identificam padrões típicos de impregnação nodular periférica e descontínua, com aumento gradual da impregnação. Na ressonância magnética, os hemangiomas tipicamente apresentam um sinal alto nas sequências ponderadas em T2. A cintilografia com hemácias marcadas também é precisa para hemangiomas maiores que 2 cm, mas raramente necessária.

Indicações de Tratamento Cirúrgico

A maioria dos hemangiomas não requer tratamento. Não há evidências para interromper o uso de anticoncepcionais hormonais ou evitar a gravidez em pacientes com hemangioma, mesmo em casos de tumores gigantes. Complicações são raras, mas incluem inflamação, coagulopatia, sangramento e compressão de estruturas vizinhas. O tratamento cirúrgico é indicado apenas em casos de sintomas significativos, crescimento tumoral, síndrome de Kasabach-Merritt, ou quando não é possível excluir malignidade.

Conclusões

Hemangiomas hepáticos, em sua maioria, são assintomáticos e não necessitam de intervenção. O tratamento cirúrgico, apesar de raramente necessário, é realizado em casos selecionados para evitar complicações maiores. A decisão cirúrgica deve ser cuidadosa, considerando os riscos operatórios. Como disse William Osler, “A prática da medicina é uma arte, não um comércio; uma vocação, não um negócio; uma chamada em que seu coração será exercitado igualmente com sua cabeça.”

World’s Greatest Surgeon

Firefly 20240614103129 (1)On July 12, 2008, the world lost an incredible talent. A renegade physician, a pioneer, the father of open-heart surgery, and perhaps the best surgeon who ever lived, Dr. Michael DeBakey died of natural causes at 99. Because of his groundbreaking research, cutting-edge medical devices and maverick approach to cardiac surgery, DeBakey literally changed the rules of the game and thousands of lives are saved each day.

What can we learn from Michael DeBakey’s life and career?


1. Build your brand.

With a career that spanned more than 70 years, DeBakey built a reputation for being indispensable. His patients included everyone from the ordinary person next door and people with no means to a list of Who’s Who among world leaders. Presidents Kennedy, Johnson and Nixon, President Boris Yeltsin, King Hussein of Jordan, the Shah of Iran, Turkish President Turgut Ozal, just to name a few, engaged DeBakey because they knew he was the best. The Journal of the American Medical Association said in 2005, “Many consider Michael E. DeBakey to be the greatest surgeon ever.” Is your personal brand strong enough that if you left your company, colleagues and customers would have a difficult time getting along without you?

2. Be a guru, thought leader, industry expert.

Dr. DeBakey published more than 1,000 medical reports, research papers, chapters and books on topics related to cardiovascular medicine. He helped establish the National Library of Medicine, the world’s largest and most prestigious repository of medical archives. DeBakey played a key role in organizing a specialized medical center system to treat soldiers returning from the war. This system is now the Veterans’ Administration Medical Center System. For his numerous contributions Dr. DeBakey was awarded the Presidential Medal of Freedom, the Congressional Gold Medal, Congress’ highest civilian honor, the National Medal of Science, the country’s highest scientific award, and The United Nations Lifetime Achievement Award. Do people see you as a guru in your field? How distinctive is your knowledge base? How well do you garner, contribute and leverage knowledge?

3. Never quit learning.

As a child, DeBakey was required to borrow a book from the library each week and read it. He read the entire Encyclopedia Britannica before entering high school. Overseeing cases, consulting with colleagues and mentoring younger surgeons, he made his mark on the world right up to the end. DeBakey performed his last surgery at age 90 and continued to travel the globe giving lectures. Perhaps you’re thinking, “Who would want a 90-year-old surgeon operating on them?” The answer could be, “Someone who’s performed more than 60,000 cardiovascular procedures in his career.” Do you have a reputation for lifelong learning, for continually adding value? When we stop bringing something new to the game, the game is over.

4. Risk more, gain more.

DeBakey took risks others weren’t willing to take to advance medicine. Tubing, clamps, pumps, protocols all bear the mark of DeBakey’s passion for innovation. Yet, product and process innovations often pull people out of their comfort zones and some of DeBakey’s early breakthroughs weren’t accepted initially—in fact they were ridiculed. For example, in 1939, when Drs. DeBakey and Alton Ochsner linked cigarette smoking to lung cancer, many in the medical community derided it. Then in 1964, the Surgeon General confirmed their findings and documented the cause and effect. There was also skepticism when DeBakey discovered that he could substitute parts of diseased arteries with synthetic (Dacron) grafts—a procedure that enables surgeons to repair aortic aneurysms in the chest and abdomen. He initially figured out how to stitch synthetic blood vessels on his wife’s sewing machine. Now the procedure is widely used. DeBakey was also the first to perform bypass surgery and the first to perform a successful removal of a blockage of the carotid (main) artery of the neck, a procedure that has become the standard protocol for treating stroke. The world is not changed by those who are unwilling to take risks. Is your passion for advancing your field by taking a risk bigger than your fear of rejection or making a mistake?

5. Refuse to sell out on your dream.

DeBakey developed an interest in medicine in his father’s pharmacy where he listened to physicians talk shop. The vision to become a doctor was clear, the question was, “what kind?” In 1932, there simply wasn’t anything you could do for heart disease, if a patient had a heart attack the long-term prognosis wasn’t good. While he was still in school in 1932, DeBakey invented the roller pump—a critical part of the heart-lung machine that takes over the functions of the heart and lungs during open-heart surgery. This not only created the era of open-heart surgery, it cemented DeBakey’s passion to make a mark in the world of cardiovascular medicine. Engagement is about pouring your heart, mind and soul into a dream that causes you to fire on all cylinders. Does your career fulfill your desires? Or, have you sacrificed a dream that could make you come alive for a life of duty and routine that simply “works”?

6. Play to your genius.

DeBakey said, “I like my work, very much. I like it so much that I don’t want to do anything else.” Most people who are happy in life spend time doing what they love. This usually makes them extremely good at what they do. Dr. DeBakey exemplified the power of what can happen when our work requires what we are good at and passionate about. Playing to your genius is about using your gifts and talents to pursue a passion that makes a significant contribution to the people and the world you serve. Playing to your genius also promotes autonomy and self-direction, cultivates commitment, stimulates personal growth and makes work fun. Are you engaged in work you’re good at and passionate about—work that makes a contribution and needs to be done? Or are you just biding time?

7. Balance passion with discipline and focus.

With regard to his patients, the indefatigable DeBakey had an uncompromising dedication to perfection. He was known as a taskmaster who set very high standards, yet he never demanded more from others than he demanded from himself. Heart surgeons who trained under DeBakey say he was hard to keep up with when making patient rounds. They joked that he was from another world because he could maintain his focus and intensity for hours. In a world of competing priorities and information overload it’s easy to lose focus and get distracted. But, if you are playing to your genius and doing what you love, it’s easier to be disciplined and maintain a maniacal focus. Are you disciplined? Do you have a maniacal focus? Would your customers (internal and external) say you are relentless when it comes to pursuing perfection?

8. Find a void and figure out how to fill it.

Michael DeBakey’s innovations are on par with the likes of Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Jonas Salk, Henry Ford and Alfred Nobel. During World War II, he helped establish the mobile army surgical hospitals or MASH units. He was a key player in the development of artificial hearts, artificial arteries and bypass pumps that help keep patients alive who are waiting for transplants. He was among the first to recognize the importance of blood banks and transfusions. He also helped create more than 70 surgical instruments that made procedures easier and clinical outcomes more effective. If something couldn’t be done, DeBakey found a way to do it. In 1967, Dr. Christiaan Barnard performed the first human heart transplant in South Africa. Dr. DeBakey was among the first to begin doing the procedure in the United States. The problem was that recipients’ bodies rejected the new organs and death rates were high. In the 1980s cyclosporine, a new anti-rejection drug paved the way for organ transplants. Again, DeBakey was among the first to develop new protocols and advance the field of heart transplants. Where are the gaps in your organization or industry? What would happen if you developed a reputation for filling these voids?

9. Show people that their work matters.

Michael DeBakey is known not only for his prolific contributions to the medical field, but also as a symbol of hope and encouragement to his colleagues. Many years ago a colleague of ours shadowed Dr. DeBakey for a day at The Methodist Hospital in Houston, Texas. He was struck by DeBakey’s capacity to affirm each person he saw in the course of the day. In one particular encounter, DeBakey began chatting with an elderly janitor who was sweeping the floor. DeBakey asked the man about his wife and children. He told the older man, obviously not for the first time, that the hospital couldn’t function without the janitor because germs would spread, increasing the chances of infection in the hospital. Later in the day, our colleague tracked down the janitor and asked him, “What exactly do you do? Tell me about your job.” With pride, the janitor replied: “Dr. DeBakey and I? We save lives together.” He’s right. After all, consider what would happen to our healthcare systems if the cleaning crews went on strike. DeBakey understood that showing the janitor exactly how he contributes to a larger, more heroic cause is crucial. This creates a powerful dynamic. Realizing that he is working toward a worthy goal, the janitor’s perceptions about his work changed. It had new meaning and his enthusiasm for the job was rejuvenated. Great leaders make time to help people see how their work is connected to something bigger. For a surgeon like DeBakey, those five or ten minutes each day were costly, unless, of course, you consider the productivity generated by a janitor whose work has been transformed. Right now, how many people in your organization are engaged in work that five years from today no one will give a rip about? Can you make the link between what you do and a noble or heroic cause? Can you make this link for others?

10. Be generative—inspire others to pursue the cause.

Generativity is the care and concern for the development of future generations through teaching, mentoring, and other creative contributions. It’s about leaving a positive legacy. All great leaders are generative and Michael DeBakey was no exception. He inspired many medical students to pursue careers in cardiovascular surgery. His reputation brought many people to Baylor College of Medicine and helped transform it into one of the premier medical institutions in the world. DeBakey trained and mentored almost 1,000 surgeons and physicians. In 1976, his students founded the Michael E. DeBakey International Surgical Society. Many of his residents went on to serve as chairpersons and directors of their own successful academic surgical programs in the United States and around the world. Are the people you’ve touched in your career learning, growing and making a difference as a result of your influence? Have they been inspired to build a better world than the world they inherited? Michael DeBakey applied his problem-solving skills to many parts of medicine that have changed our way of life. Timothy Gardner, M.D., president of the American Heart Association said it well, “DeBakey’s legacy will live on in so many ways—through the thousands of patients he treated directly and through his creation of a generation of physician educators, who will carry his legacy far into the future. His advances will continue to be the building blocks for new treatments and surgical procedures for years to come.”

Michael DeBakey’s life and legacy proves that one person who chooses to play to their genius can change the world and make it a better place for all. What legacy will you leave behind?

O CIRURGIÃO (POEMA)

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O CIRURGIÃO

Um corpo inerte aguarda sobre a mesa
Naquele palco despido de alegria.

O artista das obras efêmeras se apresenta.
A opereta começa, ausente de melodia
E o mascarado mudo trabalha com presteza.

Sempre começa com esperança e só términa com certeza.

Se uma vida prolonga, a outra vai-se escapando.

E nem sempre do mundo o aplauso conquistando
Assim segue o artista da obra traiçoeira e conquistas passageiras.

Há muito não espera do mundo os louros da vitória
Estudar, trabalhar é sua história, e a tua maior glória
Hás de encontrar na paz do dever cumprido.

Quando a vivência teus cabelos prateando
E o teu sábio bisturi, num canto repousando

Uma vez que sua missão vai terminando
Espera do bom Deus  por tudo, a ti, seja piedoso.

SOIS VÓS INSTRUMENTO DA TUA OBRA.

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The Qualities of a GOOD SURGEON


Following is a list of Dr. Ephraim McDowell’s personal qualities described as “C” words along with evidence corroborating each of the characteristics.


Courageous: When he agreed to attempt an operation that his teachers had stated was doomed to result in death, he, as well as his patient, showed great courage.

Compassionate:  He was concerned for his patient and responded to Mrs. Crawford’s pleas for help.

Communicative: He explained to his patient the details of her condition and her chances of survival so that she could make an informed choice.

Committed: He promised his patient that if she traveled to Danville, he would do the operation. He made a commitment to her care.

Confident: He assured the patient that he would do his best, and she expressed confidence in him by traveling 60 miles by horseback to his home.

Competent: Although lacking a formal medical degree, he had served an apprenticeship in medicine for 2 years in Staunton, Virginia, and he had spent 2 years in the study of medicine at the University of Edinburgh, an excellent medical school. In addition, he had taken private lessons from John Bell, one of the best surgeons in Europe. By 1809 he was an experienced surgeon.

Carefull: Despite the fact that 2 physicians had pronounced Mrs. Crawford as pregnant, he did a careful physical examination and diagnosed that she was not pregnant but had an ovarian tumor. He also carefully planned each operative procedure with a review of the pertinent anatomic details. As a devout Presbyterian, he wrote special prayers for especially difficult cases and performed many of these operations on Sundays.

Courteous: He was humble and courteous in his dealings with others. Even when he was publicly and privately criticized after the publication of his case reports, he did not react with vitriol. The qualities of character demonstrated by Dr. Ephraim McDowell 200 years ago are still essential for surgeons today.

Dr. Ephraim McDowell exemplified the essential qualities that define a great surgeon. His courage was evident when he accepted to perform an operation deemed fatal by his mentors, facing the unknown with determination. His compassion shone through in his genuine concern for the well-being of his patients, responding to cries for help with sensitivity and empathy. He was communicative, ensuring that his patients were well-informed about their conditions and the risks involved, enabling decisions based on knowledge. Additionally, Dr. McDowell demonstrated unwavering commitment to his patients, keeping promises and ensuring that each received the best possible care.

His confidence in his abilities, even without a formal degree, was supported by a robust education and a continuous dedication to learning. Dr. McDowell was competent, the result of years of study and practice, conducting meticulous physical examinations and planning each procedure with precision. His courtesy and humility in interactions, even in the face of criticism, showed a character that valued respect and integrity. These qualities, demonstrated two centuries ago, are timeless and continue to define ethical practice in modern surgery. As William Osler aptly stated, “The practice of medicine is an art, not a trade; a calling, not a business; a calling in which your heart will be exercised equally with your head.”

Tratamento Cirúrgico da COLECISTITE AGUDA



I. INTRODUÇÃO 

Os cálculos de vesícula (COLELITÍASE) estão presentes em mais de 10% da população ocidental e esta incidência aumenta com a idade. A colelitíase é a doença do aparelho digestivo com maior número de  indicação cirúrgica. Anualmente, cerca de 200.000 colecistectomias são realizadas nos Brasil. Os fatores de risco para o surgimento dos cálculos são: obesidade, diabetes mellitus, uso de estrogênio, gravidez, doença hemolítica, hereditariedade e cirrose. Acomete principalmente as mulheres na idade reprodutiva.

São várias as complicações da colelitíase, entre elas:

1. COLECISTITE AGUDA

2. PANCREATITE AGUDA

3. COLEDOCOLITÍASE

4. FÍSTULAS INTERNAS

5. CÂNCER DA VESÍCULA

VEJA AQUI ONDE REALIZAR A CIRURGIA DE COLECISTECTOMIA COM CIRURGIÃO DO APARELHO DIGESTIVO

II. FISIOPATOLOGIA

A colecistite aguda é uma doença comum em emergências em todo o mundo. Na maioria dos casos, é causada pela inflamação da parede da vesícula secundária à impactação de um cálculo no ducto cístico obstruindo-o, o que causa uma crise repentina de dor abdominal, conhecido como ABDOME AGUDO.

Colecistite litiásica

A colecistite aguda está associada à colelitíase em mais de 90% dos casos. O quadro ocorre devido à obstrução do ducto cístico por um cálculo. Se a obstrução continua, a vesícula se distende e suas paredes tornam-se edematosas. O processo inflamatório inicia-se com espessamento da parede, eritema e hemorragia subserosa. Surgem hiperemia e áreas focais de necrose. Na maioria dos casos, o cálculo se desloca e o processo inflamatório regride. Se o cálculo não se move, o quadro evolui para isquemia e necrose da parede da vesícula em cerca de 10% dos casos. A formação de abscesso e empiema dentro da vesícula é conhecida como colecistite aguda gangrenosa. Com a infecção bacteriana secundária, principalmente por anaeróbios, há formação de gás que pode ocorrer dentro ou na parede da vesícula. Esse é um quadro mais grave conhecido com colecistite enfisematosa.

Colecistite aguda alitiásica 

A colecistite aguda também pode ocorrer sem a presença de cálculos em cerca de 5% dos casos. Tem uma evolução mais rápida e frequentemente evolui para gangrena, empiema ou perfuração. Ocorre em pessoas idosas ou em estado crítico após trauma, queimaduras, nutrição parenteral de longa data, cirurgias extensas, sepses, ventilação com pressão positiva e a terapia com opioides também parece estar envolvida. A etiologia é confusa, mas a estase, a isquemia, a injúria por reperfusão e os efeitos dos mediadores pró-inflamatórios eicosanoides são apontados como causas.

VEJA AQUI ONDE REALIZAR A CIRURGIA DE COLECISTECTOMIA COM CIRURGIÃO DO APARELHO DIGESTIVO

III. QUADRO CLÍNICO

O quadro se inicia com uma cólica biliar caracterizada como dor no hipocôndrio direito com irradiação para escápula direita e região epigástrica. Como sintoma mais comum, o paciente apresenta dor e pressão no hipocôndrio direito, mais duradoura das que nas crises de cólica biliar a que ele frequentemente se refere. Esse é o primeiro sinal de inflamação da vesícula. A dor pode intensificar-se quando a pessoa respira profundamente e muitas vezes estende-se à parte inferior da escápula direita e à região epigástrica. A febre, assim como náuseas e vômitos, que podem ser biliosos, são habituais em 70% dos pacientes. A febre alta, os calafrios e a distensão abdominal com diminuição da peristalse costumam indicar a formação de um abscesso, gangrena ou perfuração da vesícula biliar. Nestas condições, torna-se necessária a cirurgia de urgência. A icterícia pode indicar coledocolitíase ou compressão externa do colédoco pela vesícula inflamada.

IV. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

O hemograma habitualmente apresenta leucocitose com desvio para esquerda. O hepatograma está alterado com elevação das transaminases, da fosfatase alcalina, bilirrubinas e amilase. A hiperbilirrubinemia pode ser devido à compressão extrínseca pelo processo inflamatório grave, pela coledocolitíase ou pela síndrome de Mirizzi, que é causada pela impactação de um cálculo no infundíbulo que pode fistulizar para o colédoco e obstruí-lo. A hiperamilasemia pode ocorrer devido à obstrução do ducto pancreático levando à pancreatite concomitante.

A ultrassonografia é o exame inicial e permite a identificação de alterações que não são visíveis no exame físico e permite uma classificação. É considerado o exame “ouro” nesses casos. Tem alta sensibilidade para a detecção de cálculos e o espessamento da parede que é considerado anormal quando maior que 4 mm . Também pode haver visualização de líquido perivesicular, distensão da vesícula, cálculos impactados no infundíbulo e o sinal de Murphy ultrassonográfico. Este sinal é relatado quando, após a identificação da vesícula inflamada, o ultrassonografista comprime o abdômen na topografia da mesma com o transdutor e o paciente refere dor intensa. A ultrassonografia laparoscópica intraoperatória tem sido usada no lugar da colangiografia no diagnóstico da coledocolitíase.

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V. TRATAMENTO

A colecistectomia (retirada cirúrgica da vesícula biliar) é o tratamento definitivo dos pacientes com colelitíase associada à colecistite aguda. Em geral, após sua hospitalização e preparo pré-operatório (hidratação, analgésicos e antibióticos)  realiza-se a cirurgia nas primeiras 72 horas de início do quadro. A colecistectomia videolaparoscópica é o tratamento de escolha na colecistite aguda litiásica e alitiásica. A cirurgia videolaparoscópica tem como característica básica diminuir a agressão e consequente trauma cirúrgico. Tem sido demonstrada, nesta abordagem, uma menor repercussão orgânica, representada por menor reação metabólica, inflamatória e imunológica quando comparada a uma cirurgia aberta. Isto representa um grande benefício para o paciente, principalmente àqueles mais graves, já com comprometimento de órgãos e sistemas, mesmo nos pacientes com idade avançada. A taxa de conversão de cirurgia videolaparoscópica para cirurgia aberta é maior nos casos de colecistopatia calculosa aguda do que na crônica, podendo ocorrer até em 30% dos casos. O fator que mais dificulta a realização do procedimento videolaparoscópico é a alteração anatômica ou se não há uma adequada visualização das estruturas. A colecistite aguda associada ao sexo masculino, IMC > 30, idade superior a 60 anos, cirurgia abdominal prévia, ASA elevado, espessamento da vesícula maior que 4 mm e diabetes são considerados fatores de risco para a conversão para a cirurgia aberta.

VI. CONCLUSÃO 

A colecistite aguda continua sendo uma doença com a qual o cirugião se depara frequentemente. A cirurgia videolaparoscópica veio mudar o manuseio e evolução dos pacientes tornando o pós-operatório mais curto e menos doloroso. A literatura médica tem levado alguns cirurgiões a retardarem a indicação cirúrgica, entretanto novos trabalhos, inclusive com análise de medicina baseada em evidências, têm demonstrado que a intervenção na primeira semana do início do quadro é a melhor conduta.

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Etiqueta Médica : Postura Cirúrgica na U.T.I.

ImagemA etiqueta no ambiente hospitalar vai além das regras de boa convivência. Ela oferece recursos para que os profissionais construam relacionamentos sólidos, além de ensiná-los a lidar com os “sabotadores da carreira”, como indiscrição e a falta de educação. Logo as atitudes no trabalho devem ser pautadas pelo bom senso, pelo bom gosto e pelo equilíbrio. Esses três fatores têm um único objetivo: fazer-nos pessoas melhores na convivência com os demais. Certamente, pensar muito antes de agir nos protege de escolhas equivocadas de comportamentos. As relações de trabalho e os ambientes hospitalares mudaram muito nos últimos anos, assim como as regras de convivência e as competências relacionais. Hoje, muitas empresas adotam estações de trabalho em que todos compartilham o mesmo espaço. Tudo o que se fala pode ser ouvido. A privacidade é muito menor, o que exige discrição. As atribuições das lideranças também evoluíram: em vez de mandar, os líderes devem convencer as suas equipes para serem respeitados. Outro desafio é promover a boa convivência entre gerações diferentes nas empresas. Os avanços tecnológicos exigem muito mais dos relacionamentos com colegas de todos os níveis. Portanto, o uso de emails, redes sociais e mensagens instantâneas, entre outros recursos, deve preservar sempre a cortesia, o respeito e a devida atenção ao outro. Sendo a “regra de platina” das relações humanas: trate os outros melhor do que você gostaria de ser tratado!

Ao encaminhar o paciente no pós-operatório para U.T.I. o Cirurgião legalmente mantém sua responsabilidade sob os cuidados cirúrgicos deste paciente, sendo a partir daí um dos profissionais que participará na orientação das condutas clínicas relacionadas ao procedimento cirúrgico do paciente. Desta forma deve ficar á livre disposição dos INTENSIVISTAS para dirimir qualquer dúvida ou prestar orientações quanto a evolução cirúrgica do paciente em questão.

Alguns cuidados são importantes para serem lembrados nesta relação CIRURGIÃO e o Corpo Clínico das Unidades de TERAPIA INTENSIVA…

  1. Ao executar um procedimento cirúrgico, lembre-se que se algum evento adverso pode ocorrer, este um dia irá acontecer (Lei de Murphy). Prepara-se o pior possível. Se pensas que após uma complicação cirúrgica as coisas não podem piorar, acredite que podem. E serão justamente esta equipe de Especialistas que nos ajudaram a conduzir melhor o caso.
  2. Nada na Medicina permanece constante, em especial no pós-operatório,  e nenhum órgão falha isoladamente.
  3. Cuidado com a Lei da Especialização: se fores um martelo, o resto do mundo é um prego. Aquele que pensa que sabe tudo, não sabe nada.
  4. Um “abdómen agudo cirúrgico” é diagnosticado após o exame físico por parte de um cirurgião EXPERIENTE e COMPROMETIDO, podendo ou não ser ratificado pelos exames complementares. Não existe nenhum teste complementar isolado para isso.
  5. Antes de solicitarmos um exame complementar, precisamos planejar o que faremos se for positivo ou negativo. Se as respostas forem iguais, não o solicitaremos. Corolário: Se o teste não altera a nossa estratégia, não solicitaremos.
  6. Não existe nenhum efeito adverso que não possa ser causado por um determinado fármaco. Se o fármaco não é essencial no tratamento, não usaremos.
  7. Geralmente a qualidade do cuidado prestado ao paciente é inversamente proporcional ao número de especialidades (consultores) envolvidos nesse caso particular. Todo paciente cirúrgico possui um único cirurgião responsável pelo procedimento em questão.
  8. Se as orientações médicas forem passíveis de má interpretação pela equipe multidisciplinar, elas certamente serão mal interpretadas. Portanto precisamos sempre nos perguntar: “Eu fui claro nas minhas orientações?”.
  9. Nunca ignore uma chamada de atenção de um dos membros da equipe Multidisciplinar, em especial do corpo de enfermagem. É função destes colegas nos informar. A nossa função é decidir. Seja cordial e serás retribuído da mesma maneira. Se fores desagradável, terás uma vida miserável. Jamais confunda o carteiro com a mensagem da carta.
  10. Se não sabes o que fazer, não faças nada e pede ajuda. Fazer mal não é melhor que não fazer nada. Pede e insiste na ajuda se tiveres dúvidas ou complicações que você nunca conduziu. Erros de inexperiência em doentes críticos podem ter consequências catastróficas.

Deixe nos comentários a sua contribuição.

BOM PLANTÃO.

PERIOPERATIVE MEDICINE


ARTICLE REVIEW_ PERIOPERATIVE MANAGEMENT


The outcome of patients who are scheduled for gastrointestinal surgery is influenced by various factors, the most important being the age and comorbidities of the patient, the complexity of the surgical procedure and the management of postoperative recovery. To improve patient outcome, close cooperation between surgeons and anaesthesiologists (joint risk assessment) is critical. This cooperation has become increasingly important because more and more patients are being referred to surgery at an advanced age and with multiple comorbidities and because surgical procedures and multimodal treatment modalities are becoming more and more complex. The aim of this review is to provide clinicians with practical recommendations for day-to-day decision-making from a joint surgical and anaesthesiological point of view. The discussion centres on gastrointestinal surgery specifically.

Prof. Dr. Henrique Walter Pinotti (Gastrão 2009)

“A cirurgia lida com a VIDA, logo não existe cirurgia banal.”

A cirurgia do aparelho digestivo deve ser conceituada como ciência e arte que, através do progresso técnico e da melhor organização das sociedades, expandiu seus horizontes. Hoje, essa especialidade médica se aproxima cada vez mais do indivíduo, compreendendo suas enfermidades, emoções e função na sociedade. Ao cirurgião digestivo, protagonista dessa especialidade, cabe o papel não só de tratar eficientemente, mas também de conhecer as causas das doenças e criar atitudes preventivas. Além disso, deve considerar os ônus sociais e econômicos das enfermidades cirúrgicas e adotar uma visão bio-psico-social do paciente.

O fundamento Filosófico da Cirurgia Digestiva

Hipócrates, o Pai da Medicina, já havia estabelecido os elos entre medicina e filosofia. Ele afirmava: “O médico que é, ao mesmo tempo, filósofo assemelha-se aos deuses. Não há grande diferença entre a medicina e a filosofia, porque todas as qualidades do bom filósofo devem ser encontradas no médico: desinteresse, zelo, pudor, dignidade, seriedade, tranquilidade de julgamento, serenidade, decisão, pureza de vida, conhecimento do que é útil e necessário na vida, reprovação do que é mau, alma livre de suspeitas e devoção à divindade.” Claudius Galenus, conhecido como Galeno, complementou essa visão com sua vasta produção literária, afirmando que “o ótimo médico necessita ser também ótimo filósofo”. Para ele, a prática da medicina exigia um profundo conhecimento filosófico.

A Filosofia da Cirurgia

A filosofia como ciência lida com o saber racional, sendo uma reflexão crítica sobre os fundamentos do conhecimento e seus valores normativos: lógica, ética e estética. A Filosofia da Cirurgia é uma ciência cujos conhecimentos e objetivos transcendem os de outras filosofias, pois lida diretamente com a vida humana e toda a complexidade que sua prática requer. Conduzida sob o signo da ética, visa gerar felicidade para o operado e seus dependentes. Essa filosofia é robustecida tanto na direção individual quanto na missão social, especialmente quando o profissional possui grande sensibilidade humana e uma ampla formação técnica e ética. Enquanto no Direito existe o princípio de “tratar de maneira distinta os desiguais”, a Cirurgia, embora recomende procedimentos diferentes conforme a doença e o estado do paciente, trata igualmente os socialmente desiguais. Na doença, todos são iguais; o paciente anestesiado pertence ao mundo dos iguais.

Doutrina Filosófica da Cirurgia Digestiva

A doutrina da Filosofia da Cirurgia tem finalidades elevadas, superando as de muitas outras profissões, pois coloca as necessidades do paciente acima dos interesses pessoais. A prática cirúrgica, conduzida com ética e conhecimento profundo, busca não apenas a cura, mas o bem-estar e a felicidade do paciente e de seus familiares. A cirurgia é uma especialidade médica dedicada ao tratamento de doenças, traumas e complicações de saúde por meio de intervenções manuais e instrumentais realizadas por médicos especializados. No contexto da cirurgia digestiva, essas intervenções são focadas no sistema digestivo, englobando uma série de órgãos essenciais para a digestão, absorção de nutrientes e eliminação de resíduos do corpo.

O Sistema Digestivo e Suas Funções

O sistema digestivo começa na boca e se estende até o ânus, incluindo órgãos como intestino grosso e delgado, estômago, duodeno, faringe e fígado. Esses órgãos são responsáveis não apenas pela digestão dos alimentos, mas também pela absorção de nutrientes e eliminação de substâncias desnecessárias ao organismo. Todo o processo digestivo é regulado pelo sistema nervoso e por hormônios, com o cérebro desempenhando um papel crucial na percepção da fome e no início da digestão.

A Importância de Escolher um Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo

Qualquer procedimento cirúrgico é delicado, exigindo uma combinação de conhecimentos técnicos, éticos e humanísticos. No campo da cirurgia do aparelho digestivo, essa responsabilidade é ainda maior devido à complexidade das doenças tratadas e à precisão exigida nas intervenções. Portanto, é fundamental que o cirurgião responsável tenha a formação e a experiência necessárias para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes.

Formação e Qualificação do Cirurgião do Aparelho Digestivo

Um cirurgião do aparelho digestivo é um profissional altamente capacitado, com pelo menos 10 anos de estudos obrigatórios, que envolvem:

  • 6 anos de graduação em Medicina;
  • 2 anos de Residência Médica em Cirurgia Geral;
  • 2 anos de Residência Médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo, regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Esse período de treinamento permite ao cirurgião não apenas adquirir o conhecimento teórico, mas também desenvolver as habilidades práticas necessárias para realizar procedimentos complexos com segurança e eficiência. Além disso, o cirurgião do aparelho digestivo está habilitado a utilizar tanto técnicas convencionais quanto métodos minimamente invasivos, como a cirurgia laparoscópica e endoscopia diagnóstica, que resultam em menor tempo de recuperação e menos dor para o paciente.

Áreas de Atuação e Doenças Tratadas

Os cirurgiões do aparelho digestivo são especializados em diagnosticar, tratar e prevenir uma ampla gama de doenças que afetam os órgãos abdominais. Entre os principais tratamentos realizados por esses especialistas estão as cirurgias de câncer do estômago, esôfago, intestinos, reto, pâncreas, fígado, vesícula biliar e vias biliares. Esses profissionais não apenas realizam os procedimentos cirúrgicos para tratar esses tipos de câncer, mas também atuam na prevenção, oferecendo aconselhamento e exames regulares aos pacientes em risco.

Além disso, o cirurgião do aparelho digestivo trata diversas outras condições comuns, como:

  • Refluxo gastroesofágico e esofagite;
  • Hérnia de hiato e da parede abdominal;
  • Obesidade mórbida (cirurgia bariátrica);
  • Gastrite e úlcera gástrica/duodenal;
  • Tumores malignos do aparelho digestivo;
  • Transplante de Órgãos do Aparelho Digestivo;
  • Pancreatite e cálculos biliares;
  • Doença diverticular (diverticulite);
  • Retocolite ulcerativa e doença de Crohn;
  • Hemorróidas, fístulas e fissuras anais;
  • Hérnias da parede abdominal, entre outras condições.

Escolhendo o Cirurgião

Antes de se submeter a qualquer procedimento cirúrgico, é crucial que o paciente verifique a formação e as qualificações do médico responsável. Aqui estão alguns pontos importantes a serem considerados:

  1. Formação Acadêmica: Certifique-se de que o médico possui os requisitos de formação necessários, incluindo residência em cirurgia do aparelho digestivo.
  2. Afiliado a Entidades Científicas: Verifique se o cirurgião é membro de alguma sociedade científica representativa, como o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) ou a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
  3. Atualização Constante: O campo da medicina está sempre evoluindo, e é essencial que o cirurgião mantenha-se atualizado com os últimos avanços em sua área.
  4. Feedback de Pacientes: Converse com pacientes que já foram operados pelo médico para conhecer suas experiências e opiniões sobre o profissional.

Considerações Finais

A decisão de se submeter a uma cirurgia é sempre delicada, e a escolha do cirurgião é um passo fundamental para garantir o sucesso do procedimento. Procurar um especialista em cirurgia do aparelho digestivo, com a devida formação e experiência, pode fazer toda a diferença no resultado final. Além disso, é recomendável sempre buscar uma segunda opinião médica para garantir que o diagnóstico e o tratamento proposto sejam os mais adequados para sua condição de saúde.

Lembre-se: procure sempre um médico especialista e informe-se adequadamente antes de qualquer procedimento.


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