PRESCRIÇÃO MÉDICA
“de nada adianta um diagnóstico brilhante se o seu tratamento não for compreendido”
Em 2000, o Institute of Medicine dos Estados Unidos da América, publicou o estudo que marcou o cenário mundial na discussão sobre erro no processo de assistência à saúde. O estudo “To Err is Human”. Dentre outras informações, o relatório continha registros de que 44.000 a 98.000 pessoas morriam por ano nos EUA, em decorrência de erros na área da saúde. Dentre estas, 7.000 morte/ano podiam ser atribuídas a erros de medicação, sendo esse número maior que o de pessoas que morriam com câncer de mama, AIDS ou acidentes de veículos. O total dos custos, atribuído aos eventos adversos preveníveis, foi estimado em 17 a 29 bilhões de dólares. Os Princípios da Prescrição Médica Hospitalar na Clínica Cirúrgica são descritos abaixo:
Os itens básicos são:
- Alerta sobre ALERGIAS
- Dieta Oral (Tipos: Liquida restrita, Pastosa, etc…)
- Suporte Nutricional: Enteral ou Parenteral
- Prevenção da Úlcera Gastroduodenal de Stress
- Hidratação Venosa
- Correção dos Distúrbios Hidroeletrolíticos – Hemoderivados
- Antibioticoterapia (Dias de Uso/Dias Previstos)
- Analgesia
- Tratamento e Prevenção das NVPO
- Tratamento e Prevenção do TEP
- Medicações de Uso Contínuo
- Nebulizações
- Fisioterapia Motora e Respiratória
- Glicemia Capilar – Esquema de IR
- Posição do Paciente (Ex. Cabeceira Elevada) e Mudança de Decúbito
- Cuidados com Drenos, Sondas e Ostomias
- Curativos
- Controles dos Sinais Vitais
- Controle da Diurese nas 24h
- Avaliações Especializadas e Interconsultas
- Programação de Exames Complementares ou Procedimentos Cirúrgicos
- Uso Obrigatório de EPIs (Pacientes com HVB, HVC ou HIV)
- Outras Recomendações
Recomendações para um BOA PRESCRIÇÃO
- Identifique alergias e interações medicamentosas.
- Utilize sempre letra legível ou opte pela prescrição digitada;
- Evite o uso de abreviaturas.
- Utilize denominações genéricas. Não utilize fórmulas químicas para nominar os medicamentos e jamais utilize abreviaturas nos nomes dos medicamentos;
- Confira as doses prescritas em fonte de informação atualizada e preferencialmente baseada em evidências;
- Utilize sempre o sistema métrico para expressar as doses desejadas (ml, mg, g, mcg, etc). não utilize medidas imprecisas tais como: “colher de sopa”, “colher de chá”, dentre outras, pois tais unidades de medida acarretam variação de volume e consequentemente de dose;
- Arredonde as doses para o número inteiro mais próximo, quando apropriado. isso deve ser particularmente analisado em prescrições pediátricas;
- Não utilize “vírgula e zero” depois da dose/quantidade, evitando que a prescrição de “5,0” se transforme, em uma leitura rápida, em “50”, ou “0,5” se transforme em “5”, gerando um erro de 10 vezes a dose desejada;
- Verifique se todos os elementos necessários ao adequado cumprimento da prescrição foram escritos;
- Não suprima nenhuma informação de identificação do paciente.