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Visão Crítica de Segurança (Colecistectomia)

A colecistectomia laparoscópica (CL) é o padrão-ouro para tratamento de cálculos biliares. No entanto, o risco de lesão do ducto biliar (BDI) continua a ser preocupação significativa, uma vez que CL ainda tem taxa de BDI maior do que a via laparotômica, apesar de muitos esforços propostos para aumentar sua segurança. A Visão Crítica da Segurança (CVS) proposta por Strasberg é a técnica para a identificação dos elementos críticos do triângulo de Calot durante a CL. Esta técnica foi adotada em vários programas de ensino e com a proposta de reduzir o risco de BDI e o uso da adequado da CVS está associado a menores taxas de BDI. O objetivo deste #Webinar é abordar a Anatomia Cirúrgica Fundamental para a realização de uma Colecistectomia Laparoscópica.

Causas de conversão da VIDEOCOLECISTECTOMIA

OZIMO_GAMA_CIRURGIÃO_DIGESTIVOEstima-se que atualmente 90% das colecistectomias sejam realizadas pela técnica laparoscópica, percentual este atingido nos Estados Unidos da América no ano de 1992. Os motivos para tal preferência na escolha da técnica cirúrgica aplicada são claros: menor dor no pós-operatório, recuperação pós-cirúrgica mais rápida, menor número de dias de trabalho perdidos e menor tempo de permanência hospitalar. A colecistectomia laparoscópica foi claramente estabelecida como padrão-ouro para o tratamento cirúrgico da litíase biliar, no entanto 2 a 15% das colecistectomias vídeolaparoscópicas necessitam de conversão para cirurgia convencional, sendo as razões mais comuns a inabilidade para se identificar corretamente a anatomia, suspeita de lesão da árvore biliar e sangramento. A identificação dos fatores associados a um maior índice de conversão possibilita à equipe cirúrgica estimar o grau de dificuldade do procedimento, preparando melhor o paciente para o risco de conversão e permitindo a participação de um cirurgião mais experiente num procedimento de maior risco.

Relacionados ao Paciente: 1. Obesidade (IMC > 35), 2. Sexo Masculino, 3. Idade > 65 anos, 4. Diabetes Mellitus e 5. ASA > 2.

Relacionadas a Doença: 1. Colecistite Aguda, 2. Líquido Pericolecístico, 3. Pós – CPRE, 4. Síndrome de Mirizzi e 5. Edema da parede da vesícula > 5 mm.

Relacionadas a Cirurgia: 1. Hemorragia, 2. Aderências firmes, 3. Anatomia obscura, 4. Fístulas internas e 5. Cirurgia abdominal prévia.

Lesão de Vias Biliares na Colecistectomia: Prevenção e Tratamento



A via laparoscópica tem sido reconhecida como padrão de excelência para a colecistectomias. Phillipe Mouret foi quem primeiro a realizou em 1987, mas outros procedimentos já haviam sido realizados por laparoscopia e foram descritos por ginecologistas. Desenvolvida no final da década de 80 e início dos anos 90, a videolaparoscopia mudou os conceitos de acesso cirúrgico e campo operatório, introduzindo a concepção de “cirurgia minimamente invasiva”.A colecistectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo. Com o advento da videolaparoscopia, tornou-se uma cirurgia menos traumática, mais estética, com períodos mais curtos de internação. Em contrapartida, observou-se o aumento da incidência de lesões de via biliar extra-hepática quando comparado ao procedimento aberto, fato preocupante devido à morbidade elevada desse tipo de lesão, cuja mortalidade não é desprezível.

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