O CIRURGIÃO (POEMA)
O CIRURGIÃO
Um corpo inerte aguarda sobre a mesa
Naquele palco despido de alegria.
O artista das obras efêmeras se apresenta.
A opereta começa, ausente de melodia
E o mascarado mudo trabalha com presteza.
Sempre começa com esperança e só términa com certeza.
Se uma vida prolonga, a outra vai-se escapando.
E nem sempre do mundo o aplauso conquistando
Assim segue o artista da obra traiçoeira e conquistas passageiras.
Há muito não espera do mundo os louros da vitória
Estudar, trabalhar é sua história, e a tua maior glória
Hás de encontrar na paz do dever cumprido.
Quando a vivência teus cabelos prateando
E o teu sábio bisturi, num canto repousando
Uma vez que sua missão vai terminando
Espera do bom Deus por tudo, a ti, seja piedoso.
SOIS VÓS INSTRUMENTO DA TUA OBRA.
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